Ascensão Divina - Capítulo 2
Heróis, como posso dizer… O surgimento deles veio pelos deuses.
Não, não é o que você está pensando, eles não foram invocados para esse mundo a força, sem nenhum conhecimento. A coisa é mais em baixo.
Para a proteção dos planetas e sistemas solares, os deuses protegiam e mantinham a ordem no universo.
Porém, havia muitos outros problemas para eles se preocuparem, por isso queriam que houvesse outros seres além deles para proteger os planetas.
E foi assim que surgiram os heróis, ou pelo menos o porquê deles existirem.
Os deuses foram obrigados a fazerem uma reunião, chegando na conclusão de criar um novo limitador para os mortais e escolher quem será o portador desse poder.
༺════════⊱◈◈◈⊰════════༻
Duas semanas antes do aparecimento de Aetherius
Em uma sala ampla, onde havia sete estátuas, cada uma estava gravada com letras distintas de qualquer língua conhecida.
As estátuas representavam heróis de cada raça, circulando sete tronos.
Nos tronos, estavam sentadas sete pessoas, cada uma representada como herói de sua raça, envolvidos em uma conversa.
— Cada um de nós se encontrando novamente, né? — disse Arthur. Um homem alto com um corpo forte e musculoso, vestindo um terno preto com casaco de cauda longa.
— Realmente. Essa sala, com todos nós unidos, é um pouco nostálgica — comentou Finrod. Um Elfo de cabelo branco com um sorriso no rosto.
— É o destino nos encontrar novamente, senhores e senhoras — falou Thorin. Um anão com um copão de cerveja em mãos
— Prsszz haha. Parece que o velho Thorin ainda tem seu vício em bebidas alcoólicas. — Provocou Lichia. Uma fada com a aparência infantil.
— Hahaha. Deixa o velho aproveitar os dias de vida dele! — gargalhou Archut, em um tom de zombaria. Um homem-fera com um físico forte e uma aparência de um tigre.
— De tanto tempo e vocês ainda não mudaram suas ações, parecem crianças — papeou Ana. Uma ninfa de aparência jovem e expressão serena.
— Você que nunca muda! O que é de tão ruim curtir a vida, ehn? Hahaha — gargalhou Dargan. Um draconiano sorridente.
— Bem, vocês já sabem o porquê estamos nessa sala — disse Arthur, mudando de expressão para uma bem séria.
— Sim, nossa guerra está próxima!! — falou Dargan com uma expressão de animação.
— Aaaih! Isso me deixa com tanto medo! — expressou Lichia, apavorada com as mãos juntas.
— Esses demônios irão morrer nas nossas mãos hahahaa — exprimiu Thorin com muita confiança.
— De todo caso, não subestimar nossos inimigos, é a melhor coisa que podemos fazer, afinal você sabe muito bem, não é Thorin? — expressou Finrod com um sorriso irônico.
— Ora seu… — Thorin enfurecido, bateu na enorme mesa.
— Nossa situação não é ótima, mesmo sendo fortes, nós não temos poder para lutar contra o lorde demônio sozinhos — disse Arthur.
— Sabemos muito bem disso, Arthur. Preparei os melhores guerreiros e os melhores estrategistas do meu reino para guerrear — falou Ana com a mesma expressão de sempre.
— Muito bem, nossa guerra será no “Deserto da Morte” — falou Arthur.
— Esse será nosso campo de batalha? Essa guerra me deixa mais animado! — falou Dargan com os “olhos pegando fogo”.
— Isso mesmo, o campo de batalha mais importante da história! E nós estaremos lá em breve — exclamou Arthur com a mão fechada para cima.
— E quando será? — perguntou Lichia.
— Daqui a duas semanas, até lá vamos nos preparar. Conto com vocês — respondeu Arthur, pondo as mãos na mesa.
༺══════════⊱◈◈◈⊰══════════༻
Cidade khardel, capital do reino
Em uma enorme mansão, denominada como “Mansão Rutherford”.
Uma casa bonita, onde iluminava a noite com suas incríveis luzes coloridas aos arredores.
Sentada na janela do casarão, estava uma mulher com a aparência elegante, porém, seu rosto expressava uma tristeza persistente.
Ela observava as estrelas, enquanto as cortinas balançavam suavemente.
Arthur aparecia abrindo a porta do quarto em que estava.
— Continua acordada, querida?
A mulher, virou-se lentamente para seu marido, revelando um rosto coberto por lágrimas, antes de correr para seus braços.
— Você teve aquele pesadelo de novo? — perguntou enquanto a abraçava.
A mulher olhou para Arthur com uma expressão triste, balançou a cabeça, dando a entender que ela teve um pesadelo e que não conseguiu dormir por causa dele.
— Ele não está mais entre nós e mesmo se estivesse vivo, não conseguiria sair daquele lugar inteiro. Só precisamos olhar para frente e rezar para ele estar em um lugar melhor — Tentando confortar sua esposa.
Ele a pegou no colo e a pôs na cama, deitando-se ao lado dela.
Abraçando-a por trás e dando um beijo de boa noite.
Assim a noite do casal se encerrava.
༺══════════⊱◈◈◈⊰══════════༻
Em um bar bastante movimentado, alguns dos heróis se encontravam.
Buscando um momento de descontração antes da iminente guerra. Estavam aproveitando a estadia para saborear algumas bebidas antes da guerra.
— Aaaah, que bebida boa! — gritou Thorin, batendo o copo na mesa.
— Depois você morre de tanto beber e não saberá o porquê, seu velho! — gritou Lichia com o rosto vermelho de tão bêbada.
— Ha ha ha você está tão bêbada quanto eu, sua fadinha. Kikiki. Estava com tanto medo da guerra que chegou pedindo um litro de cerveja ha ha ha. — Tagarelou Dargon de modo sarcástico.
— Para Dargon! Você é tão maaaau. — Emburrada, Lichia apontava o copo para ele.
Enquanto os três bebiam como se não houvesse o amanhã, Finrod e Ana conversavam sobre a reunião que tiveram horas atrás.
— O que você acha dessa guerra? — perguntou Finrod.
— Já esperava essa guerra, só não esperava que chegaria tão rápido — respondeu Ana.
— Eeehh, saber sempre será o seu forte. O que foi isso? Um sonho? — cochichou Finrod de modo irônico.
— Ninguém pode saber nossos segredos, você sabe disso, não é Finrod? Nosso passado nos condena — retrucou Ana tomando uma taça de vinho.
— Lá vem você de novo com essa história — falou Finrod deitando a cabeça na mesa.
— Como será que está o casal de amantes? — interferiu Lichia chegando na mesa dos dois.
— Os dois pombinhos se casaram depois do incidente — relatou Thorin, também participando da conversa.
— “Incidente”? hahahaha, quanta piada que sai de você, velho. — Chegou Dargon batendo nas costas do anão.
— Não vamos começar relembrando isso, né? — perguntou Lichia. — Queria tanto esquecer isso, e vocês ainda falam disso. — De cara emburrada
— Mas parece que não somos só nós que lembramos disso. A senhorita Beatriz está tendo pesadelos sobre esse incidente — contou Finrod.
— Como você sabe disso? — questionou Ana.
— Não é só você que tem ouvidos em todos os lugares, ha! — gargalhou Finrod com um sorriso.
— Coitadinha, não tinha nada a ver com isso. — Lamentou Thorin com uma expressão triste.
— Mas, ela um dia vai superar a perda de seu irmão e viverá uma linda vida. — Profetizou Lichia alegremente.
— Realmente. Aquilo foi essencial e ele está morto, não podemos fazer nada agora — concordou Ana enquanto abanava a mão com os olhos fechados.
— O quanto foi que ele sofreu, hein? — perguntou Dargon sorrindo.
— Acho melhor pararmos com isso, vai que ressuscita e vem atrás de nós kikikiki — falou Lichia.
E assim os heróis presentes caíram na gargalhada sob a lua cheia.
Só faltam duas semanas para a guerra lendária acontecer, na qual todas as raças aliadas se uniram em busca da paz mundial.