Ascensão Divina - Capítulo 4

MAGIA DA DOMINAÇÃO

A mulher começa a acariciar o peito de Maximilian, em seguida, puxa para a cama e faz com que ele se deitasse.

Ela se posiciona em cima dele de uma maneira íntima, como se fosse um animal de estimação. 

Dando um sorriso safado e com o dedo na boca para seduzi-lo.

— Eu senti tanta a sua falta, mestre — fala a moça encostando no peito do príncipe.

Ela tinha uma aparência humana, embora com chifres curvados e uma pele levemente rosada. 

Seu cabelo era um pouco cinza, sua beleza era notável. 

Vestia uma roupa sensual, semelhante às succubus das histórias.

Sua longa cauda só acrescenta à sua sensualidade, capaz de enlouquecer qualquer homem que a visse.

— Seu pai quer nos separar, não é? Mas você vai ficar comigo, não é? — Aproxima o rosto.

Esse comportamento dela já era esperado pelo príncipe.

Maximilian já previa essa atitude dela, como se estivesse protegendo sua presa.

— Você sabe que isso não vai acontecer. Você é minha e eu sou seu, não é mesmo? — Fazia um cafuné na cabeça dela.

O príncipe muda de personalidade rapidamente, transicionando de uma expressão séria e fria para os olhos de um menino ingênuo em um piscar de olhos.

A garota, aparenta ter uns 18 anos, olha para o príncipe com brilho nos olhos.

O príncipe acaricia a cabeça dela, proporcionando um cafuné que a deixa calma.

— Nyx, ninguém te viu aqui, né? — pergunta Maximilian

— Claro que não. Isso seria impossível com a minha habilidade ativa, mas mudando de assunto, eu estive muito solitária, sabe? — provoca com o dedo na boca enquanto está sentada nele — Você ficou muito tempo fora, me deixou aqui sozinha no quarto — terminou em seguida se esfrega no príncipe.

O comportamento provocante de Nyx era irresistível, capaz de despertar desejos em qualquer um.

Ela começa a remover a blusa de Maximilian, beijando apaixonadamente o pescoço dele.

Maximilian não ficou para trás e começa a acariciar a parte traseira dela, apertando e segurando na cauda que balançava.

— Niann!

Depois de uma noite agitada, o dia finalmente chegou.

Maximilian acorda com uma leve dormência no braço direito e, ao olhar para o lado, viu Nyx dormindo.

 Ele se levanta cuidadosamente, evitando movimentos bruscos para não acordá-la.

Saindo da cama, o príncipe se dirige ao banheiro para tomar banho.

Ao terminar, ele se olha no espelho e sua mente retrocede a um tempo distante, cerca de sete anos atrás.

Reino dos heróis, sete anos atrás

O príncipe Maximilian está em mais um dia de sua vida, com apenas dez anos.

Ele se encontra no pátio do palácio, dedicado ao estudo de magia e esgrima.

Como membro da realeza, estudar todo o espectro do poder é de extrema importância para Maximilian, especialmente considerando que ele é o príncipe de um grande império destinado a se tornar um rei no futuro.

Conforme mencionado, Maximilian está no pátio treinando, acompanhado por outras pessoas, incluindo Fred, seu mestre de esgrima e Guendor, seu mestre de magia.

Após um longo treino, Maximilian caminha para o palácio para tomar um banho.

Na sua banheira, ele aproveita um bom momento de descanso.

— Aaah… Nada melhor um banho depois de um bom treino.

Um longo tempo depois, o príncipe aparece em seu quarto.

Já tendo completado sua refeição, que faz parte de sua rotina de treinamento.

Agora, ele está em seu confortável sofá, lendo um dos livros de magia que seu mestre lhe deu, chamado de “CANÇÃO ETERNA”.

Este livro era de ficção, com a explicação de que isso poderia contribuir para seu desempenho. 

Enquanto lia, o príncipe se depara com algo que acha particularmente interessante.

Havia um desenho de um círculo mágico, consigo, um pequeno texto que continha o nome do feitiço e a descrição do mesmo. Nele dizia:

[Magia da Dominância: Feitiço a qual o conjurador tem total controle sobre a mana, conseguindo absorver-lá com mais facilidade, entretanto, não é só isso que essa magia faz. Como todas as formas de energias existem em tudo e todos, a mana não fica de fora, o conjurador terá controle dá queles que portão mana em seus corpos, sendo objetos como itens mágicos ou não. O conjurador poderá controlar esse corpo para fazer o que quiser. O feitiço também tem o controle da mente da vítima. Para isso, precisamos de alguns ingredientes…]

Maximilian pensa, levando as mãos ao queixo.

“Entendo… Achei interessante. Parece que eu poderia concentrar minha mana, direcioná-la e se eu tocasse em um objeto ou pessoa, eu poderia controlá-lo livremente. Isso é bastante fantasioso” refletiu consigo mesmo.

O menino ansioso para testar essa magia, mesmo ciente de que se tratava de um livro de ficção.

Ele pegou um boneco, modelado para representar um ser humano e o colocou em uma cadeira à sua frente.

Ficando em pé diante do boneco, Maximilian desenha um círculo mágico igual ao que está desenhado no livro.

Erguendo sua mão em direção a ele, tenta aplicar o que havia compreendido do livro.

Uma aura transparente e esfumaçada começa a se formar na mão direita de Maximilian. 

Ao testemunhar isso, o príncipe fica surpreso com o aparente resultado.

Ele se aproxima do boneco e coloca sua mão sobre ele, tocando-o.

A aura transparente começa a envolver o boneco, gerando uma intensa luz que ilumina todo o quarto.

O príncipe, surpreendido pelo resultado, não sabe o que fazer em seguida, tampouco como interromper a luz, pois sua compreensão da magia limita-se à invocação inicial.

A intensidade da luz diminui gradualmente até que o quarto voltou à sua iluminação natural. 

O príncipe, observa o boneco e vendo ele está intacto, concluiu que deve ter cometido algum equívoco na invocação da magia, ou a burrice de testar algo de uma ficção.

— Mais que merda foi essa? Isso foi impressionante, mesmo eu ter errado em alguma coisa. Vou deixar isso para amanhã e pegar algumas dicas do mestre.

O príncipe pega o boneco que está na cadeira e o coloca de volta em seu local designado, um grande baú.

Em seguida, foi buscar a cadeira para retorná-la ao seu lugar, mas foi surpreendido por uma súbita tontura.

Seus olhos começam a embaçar. Maximilian espreme os olhos e abriu-os novamente, mas a visão continua turva.

Maximilian pensa que infundir mana em seus olhos melhoraria sua visão, no entanto, ao invés disso, seus olhos começam a doer intensamente. 

Uma luminosidade brilhante emanou de seus olhos, seguida por faíscas. 

À medida que a dor aumentava, as faíscas também cresciam em intensidade. 

Maximilian, agonizando de dor, gritava por socorro, porém acabou caindo no chão de seu quarto.

Onze horas da manhã

Maximilian está deitado em sua cama. Ao despertar com uma forte tontura, tentou se levantar, percebeu que seus pés estão dormentes, impossibilitando-o de andar.

Abrindo os olhos, nota que uma faixa está atrapalhando sua visão.

Ao remover a faixa, Maximilian começou a observar o ambiente de uma maneira diferente, percebendo uma melhoria significativa em sua visão. 

Era como se tudo estivesse mais nítido do que antes.

Lembrando do boneco, dirigiu-se imediatamente para o baú.

Chegando lá, encontrou o boneco no mesmo lugar onde o havia colocado.

Ele pegou o boneco do baú e o coloca no chão, curioso para ver se o boneco obedece a seus comandos.

— Erga-se!

 O boneco permanece imóvel, sem mostrar nenhum sinal de movimento. O príncipe tenta mais uma vez, esperando uma resposta diferente.

— Erga-se!! Isso é uma ordem! — Aponta para o boneco.

Mesmo após várias tentativas, o boneco permanece na mesma posição, sem responder aos comandos do príncipe.

O jovem, insatisfeito com o resultado, decidiu deixar esse feitiço de lado, por enquanto. 

Ele está ansioso para explorar mais sobre essa magia em outro momento, pois naquele dia ele precisa se dirigir à academia infantil.

Alguém bate na porta.

— Entre — responde o príncipe

Ao abrir a porta, ele se depara com sua empregada, uma jovem, aparentemente tem dezoito anos, com cabelos cinzentos e olhos amarelos, vestindo um vestido vermelho de empregada doméstica.

— Mestre Maximilian, como foi a sua noite de sono? — pergunta com uma voz doce.

A jovem empregada carrega consigo um cesto de roupas destinado ao príncipe.

No cesto, encontra-se o uniforme da academia que Maximilian deve vestir.

— Foi um pouco agitada.

Com um leve sorriso indagou — Eu ouvi que você fez um tumulto na noite passada

Sem entender, pergunta — Quê? Como assim?

— Você está treinando magia, certo?

Sentando na cama — Isso mesmo, mas o que pode ter dado um tumulto?

Maximilian ficou surpreso ao descobrir que o feitiço que ele lançou na noite anterior não apenas iluminou seu quarto, mas sim todo o reino.

Essa revelação deixa o príncipe assustado, mas, ao mesmo tempo, sentindo uma mistura de emoções, incluindo alegria pela magnitude de seu feito mágico.

Tremendo, falou — Nossa, tudo isso… — Com um sorriso forçado.

Suando frio ao perceber que a luz mágica que lançou havia se espalhado por todo o território do reino. 

Ele não tinha noção do impacto que seu feitiço teve e para ele, era como se tivesse descoberto uma maneira de enxergar no escuro por meio da magia.

Pondo as mãos para trás — Você está ficando muito forte, senhor. — Com um sorriso doce.

— Obrigado pelo elogio, Cler! — retruca com um sorriso.

Ela, que inicialmente sorria, rapidamente transforma sua expressão em uma frieza que fez o coração de Maximilian gelar.

— Mas isso é uma pena, queria ficar mais nesse lugar com os humanos — diz a menina com uma voz diferente.

Recuando, pergunta — “Com os humanos”? O que você quer dizer com isso?

— Eu estava aqui para levar informações para o reino dos demônios, mas agora que você está aumentando sua mana rapidamente, logo, logo ficará mais forte. Isso se conseguir dominar sua mana e sua esgrima, mas não queremos esperar isso acontecer, né?

A empregada se levanta da cama e caminha lentamente até a porta do quarto. 

Olhou para fora na certeza que não havia ninguém lá e fecha a porta.

Maximilian está confuso com as informações que recebeu neste instante.

“Como assim? Demônios? Minha mana? Mais forte?” 

Esses pensamentos turbulentos invadiram a mente de Maximilian, deixando extremamente confuso com toda a situação.

O que está prestes a acontecer com ele nesta circunstância?

— Cler? O que você está dizendo?

Ela caminha lentamente em direção dele — “Cler”? Não, não. Meu nome é Nyx. Sou um demônio do império que veio para te matar.

Mostrando seu grande sorriso e seus dentes afiados e sua língua pontuda.

Sua roupa de empregada foi queimada, mostrando sua verdadeira aparência.

Nyx, agora com seu nome revelado e com sua identidade descoberta, não queria perder tempo, então desembainhou suas facas pontiagudas para matar o príncipe.

— Sua hora chegou — Com um olhar sério foi jogado no príncipe.

O príncipe, sem experiência em enfrentar situações de vida ou morte, sentiu-se paralisado, incapaz de compreender completamente a situação. 

Seus anos de treinamento não o prepararam para enfrentar algo tão ameaçador.