Ascensão Divina - Capítulo 8
No salão real, o rei demônio se levantava de seu trono, andava em direção ao general.
O cabelo branco destacava os olhos amarelos do rei.
Parava na frente do mesmo, deixava todos presentes na sala nervosos, com medo do que iria acontecer.
Tirando o general que não demonstrava medo algum e ainda olhou nos olhos de sua majestade.
— General Ghrift, onde se encontra minha irmã?
Seu olhar estava muito sério, com a informação passada pelo general sobre sua irmã o deixou feliz e, ao mesmo tempo, com raiva.
Não saber onde é que ela está era muito desconfortável para ele.
— Se levanta e me diga.
— Bem, para ser mais exato e sem enrolação — disse enquanto se levanta — Ela está no reino dos heróis — Indo em direção a uma cadeira.
Os presentes no momento ainda estavam suando frio e nervosos, com medo.
Havia um velho senhor de orelhas pontudas e mais algumas pessoas na enorme mesa.
— I-impossivel. Por que ela estaria no território inimigo há tanto tempo sem nos dizer nada? — interrogou o senhor de meia-idade.
— Também não faço a mínima ideia — respondeu Ghrift, enquanto botava os pés na mesa.
O rei se sentou no trono novamente.
Estava pensando enquanto os outros dois discutiam sobre o assunto. Após isso, surgiu em sua mente uma teoria.
— Ela pode estar sendo controlada — falou o rei.
Os dois pararem imediatamente a suas discussão para entender o’que havia dito.
— Como? — perguntou o Ghrift.
— Se-senhor, isso não pode ser verdade — O velho gaguejava.
— Isso é só uma teoria… — Cruzando os braços. — por enquanto.
Os demais ficaram aliviados por ser apenas uma teoria, mas não tão aliviados. O general estava pensativo de como as coisas poderiam acontecer se essa teoria fosse verdadeira. O mais óbvio seria a destruição do reino, na cabeça dele.
Por outro lado, na cabeça do velho, seria qual a magia que a estaria controlando e quem seria o conjurador da magia.
Todos com pensamentos diferentes, mas, com o mesmo propósito que seria a sobrevivência do reino demoníaco.
— O que podemos fazer nesta situação? — perguntou o general Ghrift.
Olhando para os participantes da reunião, o velho respondeu:
— Deveríamos pensar na capacidade de haver uma habilidade capaz desse tal feito — Com a cabeça baixa para o rei.
A sala ficou em silêncio mais uma vez, pensamentos e diversas teorias começaram a chegar mais e mais.
Um dos integrantes disse:
— Senhores, tenho uma teoria — Um demônio se levantava.
— Fale — disse o general
— Conheço um livro que tem algo desse tipo de magia, não sei se vai ajudar em alguma coisa.
— Hmm… Interessante — Cruzando os braços — Diga, o que pode ser essa magia? — interrogou o velho
O homem estalou os dedos fazendo abrir uma espécie de fenda dimensional da cor roxa ao lado dele.
Pondo a mão na fenda, puxou um livro antigo.
Esse livro tinha listras amarelas, parecia ouro.
Na capa do livro, havia escrito: “Os contos de Grhas”.
— Esse livro pode explicar sobre essa magia — Estendendo o livro e pondo na mesa.
Todos olhavam o livro sem entender.
— Um romance? — perguntou o velho levantando as sobrancelhas.
— E você fez tanto suspense para isso? — indagou Ghrift com as mãos na cabeça.
— Mas senhores, esse livro pode nos ajudar com esse mistério — insistiu o homem.
— Garoto… — disse hesitando — Isso é uma ficção criada por um qualquer — terminou o velho — Como isso nos levará ao nosso destino?
O homem hesitou em falar, baixou a cabeça. Sem ideias, resolveu dizer como é a magia sem enrolação.
— A magia se chama: dominância. É uma magia sem precedentes, cuja única forma de dominar ela, seria alguém com uma extrema capacidade de dominá-la ou a própria magia o escolheria.
— Essa magia é bem estranha — afirmou Ghrift balançando a cabeça com os braços cruzados.
— Está reunião não vai a lugar nenhum com isso — alegou o velho.
— Me desculpe, senhor. Mas, isso é o que eu sei. — Pondo o livro de volta em sua fenda.
O rei ainda se encontra pensativo sentado em seu trono.
— Por hoje é só isso. Voltem para seus afazeres — ordenou o rei.
— Sim, senhor — todos obedeceram.
Assim, ficando somente o rei e seus guardas em volta.
Se levantava de seu trono, andando lentamente a uma janela.
— Vocês também, fiquem lá fora — Olhando para fora do castelo — Quero ficar sozinho.
Olhando a paisagem de seu reino.
As árvores, os gramados, o vento que os sacudia.
Era um clima bonito para o reino, mas isso o deixava muito tenso.
O rei fecha os olhos, voltando para seu trono.
O salão que antes tinha muita falação, agora deixou de ouvir barulho, apenas silêncio pode dominar o salão.
Isso o deixava confortado.
Sentando no trono estava ele de olhos fechados.
Abrindo os olhos, olhou para o local em que estava, não estava mais no salão e sim em outra sala.
Uma sala onde tudo era de ouro, o teto era de diamantes, as luminárias eram de esmeraldas brilhantes.
Após olhar tamanha riqueza, foi interrompido por uma voz de um homem.
— Quanto tempo, meu amigo
Olhando para trás, estava um homem de cabelos branco, sua íris amarela.
Ele estava vestindo um terno branco e gravata preta, seus chifres pontudos.
Sentado em uma poltrona, em sua mão pegava uma taça de vinho.
O rei demônio chegou perto em uma distância considerável do homem.
Estalando os dedos, atrás dele surgia outra poltrona.
— Por que não deixou eu fazer isto?
— Para não fazer você estalar os dedos — Estalando os dedos de novo, surgiu mais uma vez uma taça de vinho que flutuava no ar até ele a pegar.
— Nossa… — Bebendo um gole — Que consideração você tem por mim, lorde demônio.
O homem falava de um jeito
— Me chame de Belial, como normalmente.
— Certo, Belial. O que o traz aqui?
— Bem… Quero que você responda umas perguntas para mim — indagou. — Você sabe o que é a magia da dominância?.
O vinho que o homem estava bebendo pulou para fora rapidamente.
— PFFT!!! cuf, cuf — engasgando — Domi-O que?
— Isso mesmo — Afirmou com a cabeça — Parece que você sabe. Talvez entender essa magia me ajudaria a encontrar minha irmã.
— Sua irmã, é?
Belial afirmou com a cabeça. Esperando a resposta, o homem finalmente decidiu falar.
— É uma magia que controla, como o nome diz — Enquanto segurava a taça elegantemente — O usuário precisa de uma enorme concentração de magia ou uma grande sorte para dominar ela — disse rindo
— Beleza, e como isso vai me ajudar?
— Não sei, hahaa. Afinal, foi você que perdeu sua irmã, né?
— Eu não perdi, idiota. Ela sumiu faz alguns anos.
— Sei… Você acha que sua irmã esteja sendo manipulada?
— Eu não acho, eu sei.
— Bem… já que você precisa de mim, o que de ruim pode acontecer? — levantando a taça para o garoto.
— Vai me ajudar? — levantando.
— Claro, se não esses planetas iriam virar um caos.