Em Outro Mundo Como um Oni - Capítulo 13
— Vamos, só precisamos ser um pouco mais rápidos! — Kyhali grita enquanto sou carregada igual um saco de batatas. Cavalo dado não se olha os dentes, não é? Droga, paz e esse mundo aparentemente nunca foi uma opção.
Estou cansado de ser carregado, acho que já estávamos a uma boa distância., mas queria ser posto no chão logo, era humilhante ser carregado assim por uma garota. — Droga, quando eu falar pula, você pula para o lado! — Olhando para frente, via o por que deu ter que pular, um mago está bem na frente do caminho.
— PULA! — Ela grita e me larga, pulando para a esquerda, enquanto suspiro eu me jogo para a direita e girando como uma pedra pelo chão até perder o momento e parar A Kyhali pega uma pedra e joga em direção a placa? Qual a função disso?
Yeah, uma bola de fogo passa por onde estávamos e logo um som de uma pequena explosão de chamas vem. Claramente, até em outro mundo, os magos sempre pegam bola de fogo. Kyhali já se recuperou, estando em pé e com duas… dois… o que raios é essa arma? É quase como um prego em formato de espada. Sem tempo para pensar nisso agora. Ficando em pé, olho à minha volta, estamos em um beco, talvez uns quatro metros de distância entre cada parede e outra? Talvez. Mais importante, olho para a minha roupa, ela rasgou enquanto rolava. Alguém vai pagar por isso.
— Shrip. — Um som agudo e rápido de uma lâmina sendo arremessada. Nem precisei olhar para sentir o cheiro de sangue se alastrando no ar, Kyhali jogou uma daquelas facas, adagas, pregos? No mago. Eu me considero relativamente rápido, mas nem assim pude ver quando ela jogou um desses pregos. Sério, que droga?
— Você está bem, Etria? — Kyhali corre até mim, e eu repito, até ficarmos poucos centímetros longe uma da outra e nós damos as costas, eu encarando a retaguarda dela, e ela cuidando da minha. Ela virou para o lado da onde o mago veio e eu do qual fugimos. Um grupo de aventureiros chega, de frente para mim, provavelmente Kyhali deve ter um grupo na frente dela também.
— Yeah, por agora sim
— Morra! — Uma voz gutural ecoa pelo beco, um cara de dois metros avançava em minha direção. Gritar não é um bom ataque surpresa, há menos que você seja um certo alguém. Ele não era humano, nunca vi alguém com a pele verde e escamosa como de um réptil, porém ao contrário dos tritões que tem cara de peixe, esse daqui tem a cara de uma pessoa. Toda a sua metade superior está sem roupa alguma… será que ele nunca ouviu falar em armadura? Ao menos ele está de calças, apesar de estar sem sapatos… enfim. Foco. Começo uma simulação em minha cabeça. Acho que posso testar um método novo de usar esse poder, ver “pôs imagens” simuladas, vendo que ações o homem poderia fazer, só que no espaço físico.
Minha percepção de tempo fica dúbia, ficando em “câmera lenta” para dizer o mínimo, vendo várias possíveis ações que ele poderia tomar como pós imagens e também via possíveis ações que ele poderia tomar. O ataque do homem lagarto parece ser um soco direto e reto. Talvez confiança na força física dele? Fighters geralmente usam artes marciais, ou estou confundindo com Monks? Méh, penso nisso quando minha vida estiver menos conturbada. Usando seu punho direito, ele aponta na minha direção, levando seu antebraço direito para trás, e abria a mão e recolhia seus dedos, ela daria um golpe com a palma de sua mão. Quando o punho do homem entra no alcance de meu braço eu o empurro para frente, acertando o punho do homem lagarto com a palma da minha mão.
Tsc, esse cara é forte. Pela primeira vez em muito tempo, eu senti um tranco na minha mão, não doeu, mas mesmo assim foi um tranco. Com o choque do punho dele contra a minha palma, esmago sua mão com a força do impacto e com a força colateral. O osso do antebraço rasgou para fora, fazendo uma ferida exposta. Com meu outro braço, aplicou outro golpe com a palma da minha mão direita, diretamente no plexo solar dele, eu esmagava escama, carte e costelas dele que estavam ali, o arremessando contra seus companheiros, os derrubando. Se tivesse usado mais força, poderia ter feito seus órgãos explodirem pelas suas costas, creio eu.
— Vocês podem parar de matar meus homens? — Um cara fala, no lado em que Kyhali está de frente. Só consigo ouvir sua voz, provavelmente deve ser uma pessoa importante. — Você sabe muito bem o porquê de eu estar aqui. Monma Nionio pretensioso — Ele fala com veneno e nojo… Hey! Eu não fiz nada para você, babaca.
— Por que você quer matar esse garoto? — Eu sou uma garota em corpo, mas tudo bem.
— Por quê? Por qual razão fiz isso? Somente uma vadia pertencente aos elfos impuros para não entender o óbvio e ajudar um demônio. — Babaca, mas racista, das duas a uma, ou ele é um elfo, ou é um ser humano.
— O que isso tem a ver? A guilda é livre para todas as raças. Você é bem débil e incapacitado para alguém que é um cabeça de uma Filial, não sabe nem mesmo as coisas mais básicas de uma Guilda. — Kyhali diz com veneno e deboche na voz… isso é… bem colocado, levando a situação, só seria melhor se não estivéssemos cercados.
Porém ela decide brincar com fogo uma vez mais… aaah. — Além disso, você não tem educação alguma, nem mesmo respondeu minha pergunta. — Agora acho que pisou em um galo que não deveria ser pisado.
— Como ousa, uma impura e imunda… Pois bem, você deve conhecer os Aventureiros de ranque desconhecido, os X, e os triplos S, como Araknophobia, e Zhrusta. Eu não posso deixar que monstros assim voltem a nascer no mundo. Monma Nionios quando crescem, se tornam monstros muito poderosos, como Zhrusta, eu não posso deixar isso passar. Nenhum outro monstro que abala a sociedade nascerá. Todos, ataquem… — Ele para de falar antes de continuar, e eu sei bem o porquê, os aventureiros do meu lado do beco começam a ser atirados para o alto como bonecos de pano… que merda?
— O que? — Um clarão vermelho passa por mim, tampando minha visão com longos cabelos laranjas esvoaçantes, uma pele branca, seus olhos grandes e bem abertos, com íris azuis, uma roupa de combate, posso dizer que ela era uma espécie de monge? Um corpo voluptuoso e ela é alta. Que sorte, uma super modelo acaba de passar por mim. Minha vida aparentemente não vai parar de me surpreender e ficar caótica… tão cedo. Saindo de trás de Kyhali, observo as três novas pessoas nessa luta.
— Melhor você recuar, Ghale, você está em menor número, e se você ousar continuar, comprará uma luta contra Madame Sabbaoth. — Um homem alto, tendo facilmente 210 cm de altura, fala para “Ghale”. Seu tom não sem agressividade ou mesmo frieza, ele apenas está usando um tom “normal” para conversar com o Mestre da Guilda. Espera… sobretudo branco… é o cara da guilda!
— Quem seria você, Ruiva? — Me viro para o lado, para ver o “mestre” da Guilda, cabelos loiros, pele bronzeada e orelhas de faca, heh, como o esperado.
— Me sinto ofendida que você conhece Cyrant e não eu, Sham Mei, prazer. Realmente quer comprar briga conosco? Se não der a resposta que queremos ouvir. Você sofrerá retaliações. — A ruiva, Sham, eu acho? Responder desinteressada e descontraída, como se ameaçar o mestre da guilda fosse nada.
— O QUE, COMO OUSA ME AMEAÇAR, UM MESTR- BLAAHAHAAAAAH — Esse Ghale grita com raiva, aparentemente esses dois ou são mais fortes que ele, ou pegaram ele de surpresa… vou com a segunda opção. Quem eu assumo ser Cyrant enfia suas duas mãos através dele, perfurando as costas fazendo sangue jorrar pela ferida, com um líquido prateado saindo de seus antebraços, entrando na ferida de Ghale.
Essa tal de Sham em vez de socar a cara do Mestre de Guilda, apenas segura o rosto dele, e imitando um certo personagem, de anime, faz uma explosão ocorrer ali, eu já vi isso antes. Chamas consumiam parte do rosto dele, se alastrando por seus cabelos, os consumindo em chamas furiosas, eu tenho poder de fogo, eu quero aprender essa técnica. O outro cara tira suas mãos nas costas dele. Brutal.
— Que bom que chegaram. — Olhando para cima, vejo a elfo sorrir, tanto esse Cyrant, quanto essa Sham têm expressões extremamente sérias e rígidas. Suar frio escorria pelas minhas costas, isso não me cheira bem, e o que raios esse cara da guilda está fazendo aqui?