Guerra de Deuses - Capítulo 9

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[Campo dos Touros]

Área Intermediaria

Tipo: Área de Caça

Um pasto grande e largo. Touros Encouraçados vivem pela área, pastando e lutando uns contra os outros.

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Você é o primeiro a pisar no [Campo dos Touros]

Recompensas dobradas por um dia

Você recebeu um aumento em inteligência

+1 Ponto Inteligência

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Arskan sorriu com satisfação. Recebeu um ponto em inteligência e um bônus de primeiro descobrimento. Animado, continuou a observar.

Os seus olhos focaram-se em dois touros que começavam um duelo logo abaixo.

Eles eram enormes, corpos pesados, músculos e poderosos. Ainda mais fortes que Touros normais; ainda mais resistentes.

Pareciam tanks feitos de carne. Alguns dos mais poderosos eram tão grandes quanto um hipopótamo e ainda havia os afiados chifres que apontavam para o inimigo.

Os dois se encararam e partiram para um conflito frente a frente; uma batalha de homens. Eles decidiam as coisas dessa forma.

O dos Touros era menor, mais jovem e mais arrogante. Invadiu o território do adversário para desafiá-lo. Tinha confiança, mas não experiência.

O maior, porém, tinha tudo o que o menor não possuía e queria dar-lhe uma lição para que não se repetisse. Os dois partiam um contra o outro com impactos que ressoavam no ar.

Arskan acreditava que, com um único golpe, seria despedaçado. Agradecia por não estar entre os dois, pois, caso estivesse, talvez só encontrassem uma gosma feita de ossos e carne.

As criaturas continuavam em seu conflito. Eles eram conhecidos como Touros Encouraçados, monstros de uma categoria acima dos goblins.

Possuíam uma velocidade e força boa, mas sua principal arma era a defesa inabalável. Goblins não se comparavam a eles.

Arskan decidiu caçá-los por dois motivos. Eles o ajudariam a se fortalecer e a sua carne. Uma especiaria extremamente valiosa.

A carne dos Touros era revigorante, saborosa, macia, sem gordura e ajudava no crescimento de status. Ela era quase um item que potencializava a força.

Arskan até limpou o canto da boca. Estava babando por lembrar-se do sabor. Até Reis apreciavam e buscavam por essa carne.

— Esses Touros quase estão extintos em Athenas. Provavelmente essa vai ser minha última chance de comer essa carne.

Retornando à luta, o par continuava. Como previsto, o menor sofria para se manter de pé. O seu corpo estava todo perfurado e o maior não parava.

A diferença de poder era enorme.

Logo, o maior acertou um poderoso golpe no peito do menor, jogando-o para trás e se decretando o vencedor. Ferido, o menor fugiu o mais rápido que pôde.

O touro batia com as patas dianteiras no chão. A poeira subia pela comemoração e os rugidos do vencedor. O maior então virou-se e foi descansar com o orgulho da vitória.

Arskan olhou para o perdedor e o ignorou. Seus olhos fixaram no vencedor que se deitava no tronco de um árvore.

Ele viajou até ali porque queria aumentar seus status e ganhar alguns itens, mas principalmente o primeiro. Enfrentar um perdedor não valeria o esforço.

Buscava pelo vencedor, pois era assim que Athenas funcionava. Enfrentar os fortes lhe daria maiores recompensas.

Deitado debaixo da sombra da árvore, dormia pesadamente. Ele defendeu o seu território do invasor, protegeu o que era seu e o expulsou. Estava orgulhoso e despreocupado.

Contudo um humano sórdido se aproximava e ele não notara.

Arskan estava próximo do animal. Começou então a planejar sua morte. A pele resistente impossibilitava ataques externos, portanto usar armas era inviável.

Preferiu vencer pela inteligência.

— Talvez sufocar? — murmurou.

Primeiro, ele pegou na região dúzias de galhos de árvores. Teve muito cuidado para não acordar o monstro. Caso acordasse, precisaria fugir imediatamente.

Custaria caro permanecer ali.

Arskan criou um círculo ao redor do Touro e ateou fogo. O vento contribuiu ao ir na direção do dorminhoco.

O envenenamento por dióxido de carbono fazia com que a circulação de oxigênio do corpo fosse comprometida. Isto acarretava em problemas graves e, possivelmente, à morte.

O animal estava coberto de fumaça por um longo período e não acordou em nenhum instante. Logo, o fogo se apagou e surpresa surgiu no rosto de Arskan.

O sistema não havia o notificado da morte.

“Talvez morreu, mas não contabilizou como minha morte?”, pensou, mas era improvável. Uma vez, por acidente, causou uma avalanche e o sistema contabilizou todas as mortes como sendo suas.

Aproximou-se do corpo. Nenhuma mensagem ainda. Então, a resposta veio no formato de dois chifres afiados correndo em sua direção.

Ele desviou por um reflexo.

Viu que o touro se levantou rapidamente, cambaleando e tropeçando nas próprias patas. Notou também que os olhos estavam vermelhos e ele ainda estava meio desnorteado.

Porém, mesmo confuso, encarou Arskan e estava pronto para atacar.

Arskan se virou e começou a fugir dali enquanto era perseguido. Nunca imaginou que teria um dia em que seria perseguido dessa forma.

Tentava desesperadamente escapar e só conseguia pelo estado grogue do monstro. Ele correu de volta para a árvore e subiu até o topo dela.

Respirou aliviado, mas o animal não desistiu. Bateu com os chifres contra a árvore. Uma, duas, três, quatro, cinco vezes. Cada golpe mexia com a rigidez da madeira.

Arskan percebeu que não teria jeito. Precisava lutar frente à frente.

— Ele não deveria estar tão obcecado… Será? — comentou.

De repente, a pele do animal se tornou vermelha.

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Touro Encouraçado entrou no Modo Fúria

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Vendo a mensagem, Arskan entendeu a situação. O modo fúria fazia com que monstros ignorassem a dor e ferimentos, tornando-se quase como máquinas de combate.

Ele só pararia morto.

O tronco de madeira começou a ceder. Arskan elaborou um plano. Com outra cabeçada, a árvore começou a despencar.

Arskan jogou-se para um dos galhos que estavam do lado do Touro, concentrando o peso naquela parte. A árvore entrou caiu em cima do touro.

A pancada poderosa o jogou no chão e Arskan caiu rolando com alguns ferimentos leves, mas bem. Porém o combate não acabou.

O touro se levantou com um sangramento grave na cabeça e bufava ainda mais enfurecido. Ele correu para um ataque.

Arskan sacou a adaga que roubou de um dos goblins e também atacou. Ele desviou por baixo, ficando nas costas do animal e saltou em suas costas.

Ele se segurou firme pois a criatura batia incansável. Tentava se livrar do parasita que lhe perturbava. A força era tanta que Arskan foi jogado para trás e acabou puxando o rabo do animal.

Um rugido forte ressoou e os olhos do Touro queimavam como fogo.

— Eu acho que não deveria ter feito isso.

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[Visualizador de Status]

Nome: Sem Nome | Raça: Touro Encouraçado

Grau: Comum | Maestria: E

Título: Nenhum

Estatísticas:

Força: 15 | Velocidade: 13 | Vigor: 20

Destreza: 9 | Inteligência: 3 | Mana: 1

Habilidades:

Ativa: Nenhuma

Passiva: Fúria

Especial: Nenhuma

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