Hino da Criação: A Reencarnação da Deusa - Capítulo 11

Tal como Kaiserin, a Deusa Formadora da Criação, Edea, era uma das Grandes Entidades que governavam o Universo Narrativo Canônico. 

Ela tinha uma aparência extremamente bela e jovial — por volta da casa dos seus dezenove anos — possuía uma estatura média, cabelos lisos e prateados, olhos luzentes, pele alva, nariz pequeno e uma presença angelical. 

Como Deusa da Criação, ela representava a Criadora conhecida como: A Virtuosa. Uma jovem professora de uma dimensão superior, que escrevia histórias para contar aos seus alunos. 

Passados alguns minutos, interagindo com Lycoris; Edea cedeu o seu lugar para Catherine, moveu-se para o lado de Kaiserin — que até então, conversava animadamente com Jhon — pediu licença e, com uma expressão serena, falou: 

— Ela não mudou nada nestes últimos anos, não é mesmo, velha amiga?! 

A serva de Lycoris ergueu uma de suas sobrancelhas, esboçou um sorriso malicioso e respondeu em um tom bastante humorado: 

— Não mesmo. Ela continua uma gatinha acanhada! 

— Ruler!!! — bradou Lycoris, completamente envergonhada. 

O som de várias gargalhadas ecoou pelo quarto, e a garota — que era o foco daquela comoção — ergueu as suas mãos e tentou esconder seu rosto. 

— Minhas desculpas, Mestra — disse Kaiserin, enquanto exibia uma falsa expressão de arrependimento. — Você não tem culpa nenhuma de possuir um lado tão delicado e tímido. 

Com uma expressão indignada, Lycoris retrucou: 

— Você possui uma língua bastante afiada, Ruler… rs! — disse, exibindo um sorriso desajeitado. 

— Quem diria, que essa garotinha toda envergonhada na minha frente, é a mesma que até algumas horas atrás; estava rindo descontroladamente enquanto golpeava o estômago de sua adversária! Hahaha! — bradou Jhon, batendo palmas. 

— Isso se chama: Versatilidade! — acrescentou Catherine, estufando o peito. 

— Flexibilidade! ヽ(*▽*)ﾉ — pontuou Galatéia, toda animada. 

— Não, não. Ela só é duas caras mesmo! — completou Kaiserin, com uma expressão debochada. 

Enquanto ria, Edea pontuou: 

— De todas as suas expressões, a minha favorita é justamente esta! — disse, olhando para ela. — A de uma garota tímida e delicada. É realmente uma visão linda, e muito preciosa! 

Desejando colocar ainda mais lenha na fogueira, Kaiserin acrescentou: 

— Edea, você está deixando-a sem jeito! — advertiu, enquanto observava a sua mestra toda corada. — Ela vai te arranhar se continuar falando assim! 

Uma série de risadas tomaram conta daquele espaço, e após algumas gargalhadas, a atmosfera agitada dentro do quarto logo se acalmou. Em seguida, uma batida na porta chamou a atenção de Lycoris, e intrigada com aquela nova presença, ela falou: 

— Pode entrar! 

Após abrir a porta, uma figura masculina adulta — vestindo um jaleco branco e segurando uma prancheta — se apresentou diante dela. 

— Boa noite, senhorita Étoile! Sou o seu médico responsável: dr. Zalera! Como vai? — disse o rapaz, entrando no quarto. 

— Boa noite, doutor! Estou muito bem agora, obrigada! — respondeu a garota, exibindo um sorriso largo. 

— É muito bom ouvir isso! Saúde em primeiro lugar! 

Em seguida, ele voltou sua atenção para os demais presentes no quarto — com a intenção de cumprimentar cada um deles — e no instante em que seus olhos se encontraram com os de Edea, o seu coração calmo logo ficou agitado. 

— Minha Senhora! — disse o rapaz, surpreso, enquanto se curvava em sinal de devoção. — É verdadeiramente uma honra, pra mim, estar diante de vossa presença! Por favor, perdoe-me por interromper sua visita! 

A Entidade esboçou um sorriso gentil, moveu-se na direção dele, e o cumprimentou, calorosamente. 

— Não se preocupe com isso, minha criança. Você está fazendo um excelente trabalho cuidando de sua paciente! — respondeu a deusa, em um tom alegre. — O seu ofício honra o meu nome! 

— Obrigado! Muito obrigado, minha senhora! — respondeu o rapaz, emocionado. 

“Para um médico, alguém que é responsável por salvar diversas vidas, nada deve ser mais gratificante, do que receber o elogio, e o reconhecimento, daquela que é responsável por criar a vida em si, rs.”, pensou Lycoris, sorrindo, enquanto observava aquela cena. 

— Minha criança, preciso me despedir de você agora. — disse Edea, se virando na direção de Lycoris. — Apesar do pouco tempo que tivemos juntas, fiquei muito feliz em poder vê-la! 

Ela deu um passo para frente, aproximou-se da primeira, e em seguida, a abraçou. 

— Agora, descanse bem e recupere as suas forças! Vamos nos ver muito em breve, Lycoris! Te desejo um feliz Natal e muita sorte em suas próximas lutas! 

Com uma expressão amável estampada em seu rosto, a garota de olhos cor-de-rosa respondeu: 

— Obrigada, mamãe Edea! Estou muito feliz por tê-la visto hoje! Por favor, venha visitar o nosso restaurante! Tenho certeza de que a mamãe Müse, ficaria muito feliz em vê-la também! 

— Assim que surgir a oportunidade, minha criança! — disse a entidade, sorrindo. — Até lá, espere por mim! 

E após cumprimentar cada um dos presentes, Edea se despediu: 

— Até breve, meus filhos! Cuidem da Lycoris por mim! 

— Não precisa dizer duas vezes! (v^ヮ^)v — exclamou Galatéia, animada. 

— Pode contar comigo, Divina! — disse Catherine, sorrindo. 

— Seu desejo é uma ordem, meu deus! — bradou Jhon, fazendo uma reverência. 

— Seguirei a sua vontade, minha senhora! — respondeu o médico, radiante. 

— Não precisa se preocupar, velha amiga. Ela está em boas mãos! — completou Kaiserin, em seu tom habitual. 

Em seguida, a deusa Edea virou o seu rosto para o lado, abriu uma fenda para o plano astral e desapareceu logo em seguida. 

“E lá se foi ela, com o peito quentinho e o coração repleto de alegria, rs.”, disse Lycoris, em seu íntimo. 

Após isso, Zalera deu um passo para frente, aproximou-se de sua paciente e perguntou: 

— Podemos começar os exames? — disse ele, sorrindo. 

— Por favor, doutor! Quando quiser! — Respondeu Lycoris, em seu tom lírico. 

E após obter os resultados de sua avaliação médica, ela saiu do hospital.