O Monarca do Céu - Capítulo 338
Colin vs Safira.
— Senhor Colin… — balbuciou Sirela, sua voz segurando o choro. — Me desculpe, eu não consegui salvar ninguém, eu tentei e-
— Não precisa se preocupar. — Colin a encarou por cima dos ombros, seu semblante estava em paz, com um sorriso amigável desenhando seus lábios. — Pegue Heilee, Leona e vá para bem longe. Elas continuam vivas.
Sirela não conseguiu conter o choro, catarro escorria de seu nariz e ela apenas assentiu.
Aquelas duas foram envoltas por mana, e seus ferimentos começaram a se fechar, deixando-as estabilizadas.
A Pixie e Safira continuaram paradas, enquanto Sirela foi até Leona e a colocou no ombro. Depois, foi até Heilee e a colocou debaixo do braço, dando uma última olhada em Scasya.
— Senhor Colin… tome cuidado…
— Não se preocupe — ele abriu um sorriso e ergueu o polegar —, vai ficar tudo bem!
Era assustadora a segurança que ele passava. Sirela apenas assentiu e se afastou.
Colin caminhou até o corpo de Scasya que estava se desintegrando, retornando para os alicerces do plano astral, mas ela ainda estava consciente.
— Você demorou… — Ela forçou um sorriso. — Pensei que fosse ficar naquele lugar para sempre… fico feliz que conseguiu…
Colin continuou em silêncio e agachou-se, segurando as mãos dela.
— Posso…
— Me curar? É impossível… já estou morta, meu corpo já está se juntando ao plano astral… — Ela esticou a mão ensanguentada, tocando no rosto do companheiro. — Até que não foi uma vida ruim, né…?
Colin retribuiu o sorriso.
— É… não foi…
— Aqueles dias na Antares… eu não queria admitir já que éramos inimigos, mas… eu gostei… o hambúrguer, o cinema, os vídeo games, as histórias em quadrinhos e aquele clima agradável de uma família… é… até que você não é um completo cretino… — Lágrimas brotaram do canto de seus olhos. — Merda… Me sinto patética chorando na frente do homem que eu deveria matar…
As pernas dela já haviam desaparecido, restando apenas o seu torso que aos poucos desaparecia.
— Colin… obrigada… você foi um bom amigo… vou na frente… te espero do outro lado, tá…?
Ele assentiu, seu rosto estava sereno. Manteve a postura, queria transparecer paz, para que sua companheira partisse com o coração leve.
— Não pretendo partir tão cedo, então me desculpe, mas você vai ter que me esperar por um bom tempo.
Scasya deu uma leve gargalhada.
— Idiota… a gente se vê…
O corpo dela havia sido desfeito por inteiro.
Ele continuava calmo, e então olhou para Safira.
— Você cresceu muito nesses dois anos. Talvez tenha mais se somar o tempo que estou no plano astral, mas isso não importa.
Concentrada, ela usou a análise em Colin.
Status:
Nome: Colin
Idade: 26
Árvore primária: Céu. Nível: 09.
Árvore secundária: Pujança. Nível: Monarca.
Árvore secundária: Caos. Nível: 06.
Mestre da espada: nível 05.
Invocador: Nível Máximo.
Título Ativo: Pele de Aço.
HP: 350. 100.
MP: 0.
Habilidades:
Força: 510.
Destreza: 350.
Agilidade: 460.
Inteligência: 442.
Estamina: 5950.
Oratória: 530.
Seres Vinculados:
Leona: Nível Lendário.
Jane: Nível Lendário.
Valagorn: Nível Místico.
Heilee: Nível primordial.
1720 pontos em caos. Para alcançar o próximo nível, é necessário mais um pacto de alma.
3900 pontos na habilidade primária, pontos necessários para o nível Monarca: 7800 pontos.
Consortes:
Brighid Silva Wrinklebud.
Ayla Silva Lorarel.
— Um monarca da pujança — balbuciou Safira. — Mas… você não tem mana, então como…
— Não é isso — disse a Pixie. — Esse homem, não acredito que ele fez isso…
— O quê? O que ele fez?
Nix franziu o cenho. — Ele sacrificou a própria mana para obter esse poder todo. Uma pena que não valha de nada.
Colin abriu um sorriso convencido. — Será mesmo?
Safira ergueu a mão, conjurando sua foice.
— Nix! Comigo!
Suspirando, o errante coçou a nuca. — Quer mesmo fazer isso? Devia chamar o devorador, você está com ele, não está?
Engolindo em seco, Safira deu um passo para trás.
“Por que meu corpo continua tremendo? Merda! Eu deveria fugir? Não, claro que não… eu… não quero lutar contra ele”
— Safira! — chamou Nix. — Se concentre! Esse homem não é comum, ele é perigoso!
— T-tá!
Ela girou a foice e a Nix banhou o corpo de ambas com mana.
Colin ergueu a mão direita onde repousava Claymore. Após o ribombar de um trovão, uma espada enorme estava em suas mãos. Ela brilhava em um forte tom celeste, e faíscas a serpenteavam.
Abrindo um sorriso de canto, Colin a apoiou no ombro.
— Como…? — disse Safira. — Como consegue usar magia se você não tem mana?
— Essa é fácil, essa mana não é minha, é a de Claymore.
— O quê?
[Dias antes, dentro da Antares.]
Colin estava afundado na parede de cristais. Seu corpo estava cheio de cortes e sangue escorria de sua cabeça. Claymore, a criatura assustadora, estava ainda sentada como um cão, balançando sua cauda de um lado para o outro.
— Você não vai me vencer, garoto, não aqui.
Mais cristais se quebraram e Colin deixou lentamente o buraco na parede.
— Enquanto você me jogava de um lado para o outro, comecei a pensar em uma coisa… — Ele alisou o cabelo encharcado de sangue para trás. — Se me matar, você não poderá sair daqui, né? Dessa prisão de pedra.
— Por que eu iria querer sair? Posso recriar mundos e mais mundos conforme a minha vontade.
— Se levarmos em conta que possam ser os mundos que detêm os fragmentos da falsa Claymore, você fica limitada, não fica? E, além disso, você sabe tudo sobre mim. Enquanto eu estiver com a Claymore original, você pode ver tudo que vejo, né? Está satisfeita em viver sobre a ótica de outra pessoa?
A criatura ficou em silêncio e esticou seu pescoço, ficando cara a cara com Colin.
— Aonde quer chegar, garoto?
Ele abriu um sorriso de canto.
— Quero que me deixe usá-la em sua totalidade, seja completamente minha.
— E por quê? Você é o portador mais forte que já me usou, mas ainda assim não passa de uma formiga.
— Pode me jogar de um lado para o outro, mas eu não vou parar, e você sabe. Esteve comigo por todo esse tempo, sabe muito bem que, hora ou outra, eu conseguirei te subjugar, te fazer minha.
— Não se eu arrancar sua cabeça!
— Se quisesse mesmo me matar, eu já estaria morto. Sabe o que eu acho? Acho que você precisa de mim o tanto quanto preciso de você.
— …
A criatura recuou o pescoço.
— Você é exatamente como observei por seus olhos; atrevido, prepotente e arrogante.
Ele deu de ombros e abriu um sorriso. — Fazer o que, é o meu charme.
— … Quando eu e meus irmãos fomos forjados, nosso poder foi selado aqui, e artefatos que faziam ligação com o nosso poder foram feitos e jogados no plano da raiz. Com o tempo, meus irmãos foram subjugados por guerreiros poderosos, já que nosso nível de poder não é equivalente. Existiam seres mais fortes, e essa disparidade fez muitos de meus irmãos serem levados e domados por seres do plano da raiz que vieram até nós. Sou a última que sobrou, garoto. A última de minha irmã foi subjugada, não tem tanto tempo.
A criatura ergueu-se, caminhando até Colin e sentando-se frente a ele.
— Brighid, aquela sua esposa com mana do abismo, ela possui um de meus irmãos, mas as habilidades dela não permitem que ela use toda habilidade da espada. Aquela outra garota, Safira, foi a que subjugou uma de minhas irmãs.
— Safira está aqui? No plano astral?
— Acredito que sim… bem, com tudo que eu te disse, não há outro meio de chegarmos a um acordo. Você precisa me matar se quiser usar o meu poder total, e eu preciso matá-lo se quiser continuar viva.
Colin apoiou a mão no queixo, pensativo.
— Você é uma entidade, certo? E eu sou um errante. — Ele sentou-se no chão, cruzou as pernas e começou a rabiscar o solo de cristal com uma adaga. — O seu plano é uma prisão, certo? Um plano dentro de um plano. Consigo criar um plano simulado, uma vez lá dentro, é como se você sumisse, fosse para outro lugar, mesmo não mudando o local de onde o plano simulado foi conjurado.
— Quer enganar uma Antares? Magos poderosos construíram esse lugar, não acha que eles pensaram em um modo de deter isso?
— Eles não contaram que quem fizesse isso fosse um errante. Conjurarei meu plano simulado, ao mesmo tempo que absorvo a mana desse lugar. Meu objetivo é causar uma fissura para a gente poder sair.
— … não posso fazer isso, você seria muito afetado no processo, pode até mesmo morrer.
Ele cruzou os braços e suspirou.
— E por que está levando isso em conta? Não importa o que seja, eu aguento.
A criatura desviou o olhar.
— Eu não iria matá-lo… queria que ficasse aqui comigo para sempre… posso recriar o plano simulado onde sua mãe está, não quer isso?
Colin suspirou.
— Eu iria adorar, mas minha mãe já está morta, além disso, tem muitas coisas que quero fazer fora daqui. — Ele levantou o polegar. — Se o meu plano funcionar, prometo que solto você no plano da raiz, deixo sentir a brisa, correr pelo céu de verdade, sentir o cheiro das flores…
Tudo que Colin havia dito, ela imaginou.
Imaginou de maneira tão vívida que ficou inquieta. Como era sentir uma brisa de verdade? O gosto da comida, a terra sobre os dedos, o calor de uma alma verdadeira?
O garoto na sua frente com um sorriso amigável era a primeira pessoa de verdade que ela conversava em todos os milênios de sua existência.
— Esse seu plano é perigoso, e não quero que morra… Vi o mundo por seus olhos, se lembra? Sei muito bem o que está em jogo, e você é útil vivo. O anel em seu dedo, o artefato original. Enquanto você se concentra para equilibrar, farei dele minha nova Antares, o meu novo lar, mas como tudo isso acontecerá em seu plano, haverá o risco de algo corromper dentro de você…
— O quê?
— Sua reserva de mana. É provável que seu corpo sobrecarregue e você nunca mais consiga produzir mana… iria tão longe assim por uma criatura que acabou de conhecer, garoto?
— Ainda posso usar a sua mana?
— Não tenho certeza, mas acredito que sim…
— Toda ela?
— … o plano tem que ser um sucesso…
Colin coçou a nuca. — Por que nunca é fácil? Tá, eu faço.
— Tem certeza? E a sua mana?
— A gente não vai saber até tentar.
“Esse garoto…”
— Você mesmo disse que cedo ou tarde me venceria, então por que ir tão longe? Arriscar um plano por uma criatura que conheceu a pouco? Eu não entendo…
Ele ergueu-se com um sorriso no rosto e estendeu a mão para Claymore.
— Porque quero que seja minha.
— … Isso é motivo o suficiente para você?
— Não é para você?
“Esse garoto é louco…”
[…]
Colin continuava olhando direto para Safira. Pedaços da ilha flutuavam entorno, destroços, cadáveres de alados. Tudo isso se misturando no ar.
A tensão havia se impregnado como um âncora.
Em um movimento rápido, Nix lançou uma espada de mana na direção de Colin que a estilhaçou em um movimento sutil da espada.
Seus olhos encontraram com os de Safira e se ouviu o rimbombar de um trovão.
Cabrum!
Um corte arqueado de raios foi em direção à caída, ouvindo-se uma ressoante explosão.
Ela deixou a fumaça e foi a vez dela de lançar um corte arqueado.
Woosh!
Colin somente ergueu o braço direito, e o corte se desfez.
“Ele absorveu?”
A pixie ergueu as duas mãos conjurando um círculo mágico frente a sua palma. Lentamente, a ponta de uma enorme lança começou a ser criada, e Safira avançou por trás de Colin, pronta para degolá-lo.
Clang!
Imbuída de mana elétrica, a lâmina dançarina Gram o defendeu sem Colin sequer precisar dar atenção a Safira.
Não havia como a pixie parar aquele golpe nessa altura, então ela o lançou.
Ziuum!
A lança cortou o campo de batalha.
Parado, Colin concentrou-se usando a análise, encontrando o ponto mais fraco daquela lança e, com o movimento da espada, devolveu a intensidade daquele golpe para a mesma, fazendo-a ser estilhaçada.
Scrash!
Ele girou rapidamente atingindo Safira com um chute arqueado, lançando-a longe. O errante apanhou a lâmina Gram e aplicou um corte duplo na direção de Safira.
Ting!
Usando o cabo da foice, ela defendeu-se do corte de mana, mas as construções atrás dela não tiveram a mesma chance. Concentrando sua mana, a Pixie conjurou duas espadas de mana e partiu na direção do errante com um bater de asas.
Safira dobrou os joelhos e fez o mesmo.
O que se seguiu foi uma chuva de faíscas que dançavam entorno dos três conforme suas lâminas se encontravam. Iam de um lado para o outro causando marcas profundas no solo, destruindo as construções de mármore que teimavam em ficar de pé, elevando o nível daquele embate.
Com um bater de asas, a pixie afastou-se, e suas lâminas de mana convergiram em uma esfera minúscula que ela lançou na direção de Colin.
Antes da esfera atingi-lo, ela se expandiu, prendendo-o em uma redoma. A pixie sabia que ele logo conseguiria sair, mas era essa fração de tempo que ele ficaria imóvel que ela precisava.
Woosh!
Safira apareceu atrás de Colin e o cortou nas costas milésimos de segundos após a redoma desaparecer.
Swin!
Foi um corte efetivo e profundo, mas Colin não se abalou, ele ficou ainda mais empolgado.
Deu uma estocada na direção da pixie, porém ela ergueu uma barreira antes.
Bam!
A barreira rachou, e com a mana da barreira ela fez outra lança que passou zunindo pela orelha de Colin.
O alvo dela era Safira.
A lança não a feriu, mas a encharcou com mana, e em um movimento rápido a Caída desferiu outro corte em Colin.
Swin!
Ele conseguiu esquivar-se a tempo.
O corte de Safira foi poderoso, criando uma onda de choque que afastou ambos.
Colin foi para cima do escombro de um edifício, suas espadas em punhos.
A Caída estava sorrindo, diferente de sua pandoriana que estava séria. O errante havia sido, como ela previu, um oponente perigoso de se enfrentar diretamente.
A análise dela concentrou-se no errante, mais precisamente em seu braço direito, onde estavam suas tatuagens e a espada Claymore.
“De algum modo ele continua absorvendo mana… é lento, quase imperceptível, mas conforme a luta avança as chances de minha mana simplesmente zerar são bem altas, sem falar que ele mal usa magia.”
— Safira, esse homem não vai cair com tão pouco, precisamos elevar o nível desse combate, ir além do seu limite.
Ela assentiu. — Por mim tudo bem!
A pixie fez uma posição de mãos e atrás dela abriu-se dois portais mágicos enormes de onde saíram dois soldados feitos de mana portando armas e trajando armaduras.
Eles tinham quinze metros de altura.
Um deles ergueu a enorme lança e a desceu em um corte.
Swin!
Colin saltou, conseguindo esquivar-se do golpe, mas viu parte da ilha em que estavam ser partida ao meio. Quando ele olhou para cima, viu o outro soltado descendo sua espada com tudo em sua direção.
— Passos Fantasma!
Colin foi para trás do soldado, deixando-o acertar o ar.
A pixie ergueu o indicador, e uma miríade de espadas de mana encheram os céus, caindo como chuva.
“Esperta!”, pensou Colin. “Não dá para absorver tantas assim de uma vez sem ser atingido, nem dá para usar os passos fantasmas tantas vezes. Certo, se esse é o seu desafio, eu aceito!”
Ambos os braços dele tensionaram, então em movimentos quase imperceptíveis, Colin rebatia as espadas, lançando-as em todas as direções.
Ting! Ting! Ting!
Era como se aquelas ilhas estivessem sobre um intenso tiroteio.
Nix franziu o cenho enquanto suas espadas eram cravadas como balas entorno dela.
“Esse homem… ele não tem um ponto fraco?”
Safira estava lá embaixo. Fez sinal de arma com as mãos, dobrou os joelhos e apontou para Colin. As veias de seu braço saltaram, e uma esfera de chamas ganhou forma.
— Se seu corpo é tão resistente, tente resistir a isso, senhor Colin!
Bam!
Uma rajada de fogo fora disparada. Sua circunferência era minúscula como à de uma agulha.
Colin sentiu aquele golpe vindo no último segundo, mas era tarde demais para desviar.
Boom!
Uma bola de fogo cobriu os céus, trazendo uma onda de choque violenta capaz de afastar as ilhas próximas, deixando um grande vácuo.
Em um movimento simples dos dedos, a pixie fez a fumaça dissipar, prendendo Colin dentro de um cubo de mana, o deixando imóvel.
Metade do corpo dele estava queimado, mas ainda estava vivo.
Um dos soldados gigantes saltou para cima e desceu com sua espada no meio-elfo.
Bam!
O cubo foi quebrado e Colin foi lançado em outra ilha, a atravessando. Ele se recompôs, metade do seu rosto queimado, então usou os passos fantasma duas vezes, indo para trás da pixie.
Ting!
Sua espada encontrou a barreira dela, e ele saltou para trás.
Clang!
Um dos soldados o atingiu jogando-o longe, por sorte ele conseguiu proteger-se cruzando as espadas frente ao torso.
Safira o seguia com a análise, apontando para ele, pronta para outro disparo.
Boom!
Outra explosão engoliu Colin.
Não havia mais cidadela, tudo estava aos escombros, queimando. Fragmentos de ilhas planavam, assim como os corpos de alados.
Safira estampava um sorriso orgulhoso.
Mesmo com a ajuda de Nix, os companheiros de alguém como Colin foram nocauteados, restando somente o próprio Colin para ser abatido.
O Errante estava de pé em um círculo mágico, parte do seu corpo ainda estava queimado. Ele não usava mais camisa, e as bordas de sua calça assim como o seu calçado haviam sido destruídos.
Somente o medalhão que ganhou de Brey balançava em seu pescoço.
— Isso foi impressionante… — comentou Colin. — Você ficou mais forte do que me lembro.
— Quando começará a usar mana, hein? — provocou Safira. — Um usuário do céu nível nove usando somente o corpo… está me subestimando?
— Nunca — respondeu Colin. — Não uso mana porque eu não tenho. O que uso, pego emprestado de Claymore.
— Devia pegar mais!
— Eu deveria, mas por enquanto a usarei somente para me curar. Você terá que se esforçar mais para me vencer.
— É melhor se preparar, senhor Colin! — disse Safira. Não havia ódio em sua voz, muito menos medo.
Ela o tratava de maneira respeitosa inconscientemente, e Colin mantinha certo cuidado para não a ferir gravemente. Parte dele ainda a amava como uma irmãzinha, e algo dizia que o que aconteceu em Ultan não era culpa dela.
Crunch!
O espaço rachou, e o verdadeiro devorador apareceu no céu com a cabeça de um deus em mãos.