Reencarnado Como um Inseto Humanoide - Capítulo 10
Uma forte batida era ouvida da entrada da casa do homem, tão alta que era capaz de ouvir de seu quarto que estava a mais de 20 metros com a porta fechada
“Vou me levantar nem fudendo, por causa daquele rei desgraçado eu tive que ficar a noite acordado patrulhando a cidade!” — ele se remexeu na cama, procurando melhor aconchego nela.
As batidas ficaram cada vez mais fortes, tornando impossível sequer para o homem ouvir seus pensamentos, quanto mais dormir, porem ele se recusava a atender a porta
Uma mulher abriu e entrou no quarto do homem — GOURT! — a mulher estava com um vestido preto, a cor de sua pele era branca, um corpo ajeitado, um rosto jovem apesar dos 38 anos de idade, e um busto de tamanho médio, e de principal era a mãe do homem deitado na cama — Acorda menino, se você não for atender a porta eu mesma vou!
Quem era Gourt? Gourt Era um cavaleiro nos seus 20 anos de idade, que tinha Cabelos longos e espetados, uma pele branca, um rosto dignamente “belo”, olhos cor vermelho sangue, e um corpo bombado com várias cicatrizes em seu corpo, vindas de todas as batalhas que haveria lutado.
— Epa, espera ae eu vou, eu vou, droga, a senhora sabe que essa foi a única coisa que eu pedi para você não fazer enquanto morasse aqui! — Gourt se levantou e correu até a porta da entrada, vestido apenas com uma calça, sem sequer se arrumar.
Quando abriu a porta, a sua frente estava 3 cavaleiros e uma mulher logo a frente dos outros, a mulher tinha cabelos longos e loiros, olhos azuis, pele branca, e uma estrutura física decente.
— Mãe por favor pode nos deixar a sós, parece que tenho assuntos sérios a falar aqui.
A mãe de Gourt olhou para o rosto de seu filho, o qual antes estava desajeitado e preguiçoso com algumas olheiras de quando estava na cama, havia se tornado uma expressão fria com uma seriedade estranhamente perigosa.
Sem questionar a sua mãe acenou com a cabeça e foi para o cômodo mais distante da entrada da casa.
A mulher olhou para Gourt de mau jeito — Tch, você deveria saber que com o título de nobre que adquiriu deveria agir como um a um bom tempo Gourt, e isso inclui as se vestir por completo, e não sair por aí apenas de calça mostrando essas cicatrizes horrendas! — Gourt fez uma cara de aborrecido com o comentário.
— Creio que você não veio aqui para corrigir meus erros de comportamento Heliz, desembucha logo! — disse impacientemente.
Heliz soltou um leve suspiro de alivio — Ainda bem, bom saber que pelo menos você é direto quando se trata desses assuntos! — ela estendeu a mão para trás, e um dos guardas entregou-lhe um pedaço de folha enrolado e marcada por um selo que tinha a marca da família imperial.
“A família imperial! Tinha que ser essa maldita família, de corruptos!” — Gourt fechou seus punhos tentando conter seu ódio.
Porque ele tinha tanto ódio da família imperial? O ódio de Gourt se dava por vários motivos sendo enviado para lutar batalhas desnecessárias, de maioria suicidas, sendo um bom exemplo uma na qual teve que comandar um exército de 100 homens para vencer um exército de 10.000, isso tudo só para proteger uma dentre milhares de madeireiras do reino, e ainda era a pior de todas.
Mas o principal motivo se encontra no seu passado, quando ele ainda era apenas mais uma das milhares de crianças de plebeias famintas do império, seu pai acabou morrendo de tanto trabalhar, e sua mãe teve que procurar empregos por todos os lugares, pois além de ter que dar um jeito de pagar a comida ainda tinha que pagar os impostos cobrados pelos guardas, e caso não pagasse virava um escravo. Na mesma hora.
Todas essas condições, acabaram levando gourt a entra no exército do império, e dessa forma com alguns acontecimentos ele conseguiu se destacar, e foi esse destacamento que salvou tanto a vida dele quanto a de sua mãe.
Heliz quebrou o selo imperial, e começou a ler o pergaminho — A família real convoca o nobre Gourt gol rock, para uma importante reunião, com o rei e os outros nobres do império, para a discussão dos próximos passos da nação, a presença é obrigatória, não será perdoado a ausência de nenhum nobre dessa reunião, deve comparecer ao palácio amanhã ao meio dia
Gourt franziu a testa, para a cavalheira, e a olhou friamente — Então eu devo comparecer a essa reunião, amanhã sem falta correto.
— Exatamente, e nós somos os responsáveis por garantir que você chegue na capital em segurança.
— Garantir minha segurança?! — Gourt riu — Como vocês acham que eu cheguei à essa posição que estou? ao contrário de vocês desculpas de nobres eu estive no campo de batalha lutando batalhas impossíveis de se vencer!
Um dos cavaleiros que estava ao lado de heliz deu um passo adiante com as mãos postas no cabo de sua espada — Como ousa falar assim com a senhorita Heliz seu…
Antes que o soldado pudesse terminar de falar, a nobre pôs o braço a sua frente — De qualquer forma uma ordem, é uma ordem, e nós temos a missão de o levá-lo, ao palácio, então se puder se preparar dignamente para a ocasião o mais rápido possível.
Gourt a observou por mais alguns instantes, analisando-os para ver se podia confiar neles — Muito bem esperem aqui, irei com vocês daqui alguns minutos. — falou relutantemente
Heliz sorriu e entregou a mensagem para a cavaleira logo atras dela — Ótimo esperaremos aqui para quando estiver pro…
Gourt sem perder tempo fechou a porta na cara da mulher e se dirigiu para sua sala de armas.
Quando chegou no local pegou uma roupa qualquer que parecesse ser feita para uma reunião, colocou uma camisa de malha por cima, e dirigiu-se para vestir sua armadura.
— Precisa mesmo disso? — Gourt se virou e viu sua mãe, com um olhar preocupado — você está sempre muito cauteloso quando se trata de qualquer nobre, e especialmente quando é com a família imperial meu filho, eles não são monstros!
— Eu devo descordar mãe, essa elite de nobres, cleros e especialmente o imperador, são todos tão corruptos que nem mesmo sequer ligam para o que acontece para o povo, contanto que consigam mais poder! E isso é algo que a senhora mais do que todo mundo deveria saber, afinal foi um dos motivos de eu me recusar virar um lorde de terra. — Gourt olhou para a armadura e observou seus detalhes.
Ela era embutida por uma cor branca como nuvem, não era pesada, tinha ombreiras pequenas e grossas que não interrompiam no manuseamento de espada, um peitoral com o desenho de uma cobra flamejante no centro, e um elmo que lembrava a cabeça de uma cobra, tornozeleiras com listras que lembravam olhos, a espada que era segurada pelas duas manoplas com formatos que pareciam chamas, tinha um cabo com uma joia vermelha no início e no centro que separava a lâmina da empunhadura.
— Eu me lembro bem do dia em que você havia virado um nobre. — A mulher se aproximou de seu filho — O imperador havia já feito toda aquela coisa de pôr a espada em ambos seus ombros e o consagrando-o um nobre e quando ele ofereceu o direito a um desejo que quisesse, ao império, você disse que queria um lugar para viver e uma armadura e espada, e o imperador ficou dizendo que era um grande desperdício, e ficava pedindo que você escolhesse outra coisa — A mulher deu leves risadas
— Eu me lembro disso, na época eu queria irritar o maldito com qualquer coisa que fosse. — Gourt pegou a espada e a ergueu com suas duas mãos como se fosse uma princesa.
A mãe dele o olhou com uma expressão alegre, que depois de alguns instantes virou uma de seriedade — Agora me diga uma coisa, eu não pude dizer aquilo pois acabei por… Digamos que esquecer, mas porque escolheu logo uma armadura e uma espada, ainda mais com esse tipo de design?
Gourt olhou para ela com uma expressão fechada por alguns instantes, e depois voltou-se a olhar a armadura — Bom, em parte foi porque eu não queria ter que governar uma terra com a qual eu não estivesse ciente da situação, e em outra parte… Foi por causa de uma história que o pai contava.
A mãe de gourt o olhou confusa — E de que se trata essa história, que fez você pedir uma armadura e espada ao imperador?
Gourt soltou um largo sorriso e começou a lentamente colocar a armadura — A história se trata de uma pequena cobra, que vivia em um mundo corrupto sem esperança, onde todas as outras cobras mandavam que ela fosse do jeito que elas queriam que ela fosse. Porem a cobra nunca quis obedecer a as outras cobras, e por causa disso as mais velhas que ouviram a pequena cobra foram para cima dela, com a intenção de matá-la. A pequena cobra rastejou o mais rápido que conseguiu tentando escapar das cobras mais velhas, até chegar numa escura caverna.
Gourt deu uma leve pausa para pôr o seu elmo, e depois de posto continuou a contar a história: — as cobras mais velhas com medo de adentrar a escura caverna que nunca haviam visto antes deram meia volta e voltaram para as cobras menores com a mentira de que a pequena cobra havia sido morta, mas a pequena cobra ainda estava viva, dentro da caverna. Mas ela tinha tanto medo de encontrar as outras cobras que nem sequer quis sair da caverna e nem mesmo queria abrir seus olhos mais por conta da tamanha crueldade que havia sofrido, e o tempo foi se passando, até que passou alguns dias, e esses dias viraram semanas, semanas viraram meses, meses viraram anos, e anos viraram décadas, e depois de todo esse tempo, a pequena cobra finalmente abriu seus olhos!
— E o que aconteceu depois?! — os olhos da mãe de gourt brilharam de curiosidade
Gourt que havia terminado de vestir sua armadura, agarrou a espada, e a prendeu em seu cinto — Bom… depois que eu voltar te conto o resto. — O homem deu algumas leves risadas.
— A mas não vem que não tem, você não vai me matar de curiosidade assim, moleque! — a mulher se colocou em sua frente com uma careta emburrada, e com as bochechas estufadas.
Gourt deu uma volta com os olhos — Vamos lá, os nobres malditos, estão lá esperando, e a senhora sabe que eles odeiam quando as coisas não vão do jeito que eles querem.
A mulher continuou olhando-o fixamente, mas depois de alguns instantes ela suspirou, e deu um beijo na testa de gourt — Tudo bem, mas depois eu quero ouvir toda a história, quando você voltar, ouviu!
O homem soltou leves gargalhadas — Ok é uma promessa então, prometo me lembrar.
— Acho bom mesmo!
Ambos se dirigiram até a entrada da casa, e quando abriram a porta se depararam com uma grande carruagem imperial presa a cavalos com pele negra com um dos cavaleiros no manuseio deles, dois cavaleiros montados em seus cavalos ao lado do transporte, e a frente deles estava Heliz sentada numa cerca, usando a lâmina de sua espada para ver seu reflexo enquanto arrumava o cabelo.
— Não sabia que espadas agora eram espelhos Heliz. — brincou Gourt
Heliz deu salto por conta da surpresa — Go…Go…Gourt desde quando você… — o rosto da cavalheira ficou vermelho como uma cereja de tanta vergonha que ficou no momento, mas rapidamente se recompôs — Já era a hora Gourt! Vamos o imperador não é conhecido por sua paciência. — Heliz caminhou desajeitadamente até a carruagem.
A mãe de Gourt a analisou, e logo deu um largo sorriso safado — Ui, ui, parece que meu filho é um garanhão!
— Ah para ela é da nobreza, provavelmente deve ser igual aos outros.
— Nunca duvide do amor Gourt, essa é a primeira lição que eu te dou como especialista no assunto.
— Hm, muito bem então. — Gourt se dirigiu em direção a carruagem, e antes que pudesse entrar para dentro dela, sua mãe gritou:
— Espera! — A mãe de Gourt correu para dentro da casa, e sons de panelas caindo foram ouvidos do lado de fora e em poucos segundos, ela voltou com um grande pano verde envolvendo um pote de argila — Leve isso, não vai ser bom ficar com fome no caminho!
Gourt sem hesitar pegou gentilmente o pote das mãos de sua mãe — Muito obrigado como sempre, mãe. — Ele então entrou dentro da carruagem e de dentro esperou a partida
Heliz que ainda estava para entrar no seu transporte olhou curiosa para a mãe de gourt e perguntou: — E qual seria o seu nome madame?
— Ah meu nome? É Maria.
— Hm, me lembrarei do seu nome. — Heliz entrou na carruagem e fez um sinal com a mão, e o cavaleiro no manejo dos cavalos deu a partida e eram sendo acompanhados pelos outros dois cavaleiros montados em seus cavalos.
Ao longe Gourt viu sua mãe acenando da entrada da casa num sinal de adeus, e levemente acenou de volta, e prometendo para si, voltar para sua mãe.