Reencarnado Como um Inseto Humanoide - Capítulo 12
Ah, eles são loucos.” — Suspirou Gourt em desapontamento. Mesmo que ele já esperasse que seria essa a solução que sugeriam, não esperava tamanha burrice deles.
— Esplendida ideia, como esperada das grandes casas nobres que nomeie, isso é simplesmente brilhante! —Traidon aplaudi-o a ideia que foi apresentada, e os nobres da plateia seguiram seu exemplo e aplaudiram juntamente.
“Ótimo, agora até o gordão gosto da ideia. Será possível que eles se esqueceram da mensagem da Deusa!” — Gourt cobriu seu rosto com a mão em descrença, e deu um largo suspiro.
— Esperem um pouco por favor! — Uma voz ecoou sobre o local, atraindo a atenção de todos a um certo individuo no centro dela.
Gourt olhou para o homem. Ele se vestia com vestes com listras douradas, e um desenho da silhueta de uma mulher segurando uma espada apontada para baixo em sua frente, e um chapéu dourado com o desenho de uma espada nele. As roupas o faziam parecer gordo, sua pele era rígida e decaída com cabelos brancos, mostrando que estava entre seus 60 ou 70 anos, e possuía olhos castanhos.
“Padre Dreso!” — Pensou Gourt reconhecendo o Homem.
Quem era Dreso? Dreso era um padre da igreja da Deusa da justiça Istia. Quando Gourt era um pequeno garoto, ele constantemente via dreso em seu bairro com um grande pote de barro distribuindo sopa para os habitantes que morriam de fome, se não fosse a ajuda dele, sua mãe teria morrido assim como seu pai havia. Em todo aquele império, Dreso era o único homem que gourt era grato e respeitava.
— Com todo respeito com as grandes casas e com você vossa majestade, eu não creio que deveríamos explorar o abismo!
— E porque você diz isso, Padre Dreso, é bom que seja um bom motivo, porque considerando sua posição na hierarquia eu não diria que você merece sequer o direito de falar nessa reunião.
Dreso fraquejo por alguns instantes, mas logo se recuperou e ergueu sua cabeça — De acordo com nossas escritas sagradas deixadas pela própria Deusa Istia. ‘Iras ter minha benção enquanto em terras sombrias não pisares. E a min lealdade manter.’ Isso está escrito em nosso livro sagrado, o Jostiu. Sabe o que ela quis dizer com essa palavra?
Ambos olharam entre si. Não entendendo onde Dreso queria chegar. Gourt sorria vendo tudo aquilo, satisfeito ao ver a cara emburrada de traidon, especialmente a da duquesa que mordia suas unhas em aborrecimento.
— ‘Iras ter minha benção enquanto em terras sombrias não pisares.’ Você acredita que essa parte da citação da Deusa no Jostiu, se refere ao abismo correto Dreso. — Um homem surgiu da plateia roubando a atenção de todos.
Gourt se moveu alguns passos à frente para enxergar quem era. passando sem se importar com os que estavam em sua frente, empurrando quem estava em sua frente para o lado, e ignorando as reclamações dos que passou, e quando chegou perto viu o homem e Dreso com sua cabeça baixa.
— Vo… Vossa Santidade, perdão, eu não o havia notado diante de toda essa multidão. — Disse Dreso gaguejando.
Gourt olhou para o Homem. O corpo dele era coberto por vestes douradas e uma grande armadura dourada com a marca de uma mulher no peitoral e carregava uma larga espada de cabo com o mesmo tingimento que sua armadura, ele tinha um tom de pele parda, olhos de cor roxa, uma barba e bigode ruivos cobrindo suas bochechas, e seu cabelo longo e crespo, possuía uma cicatriz que ia de boca até o nariz. E ao seu lado estavam duas cavaleiras em armaduras douradas chamativas.
“Droga, tinha que ser logo você Martin. “— Pensou Gourt aborrecido com o homem.
Drolvos quando viu quem era se levantou de seu assento — Oh, olá Martin velho amigo, vejo que você ficou mais barbudo ainda, desde a última vez que nós encontramos. E também mais gordo. — Riu drolvos
— A não enche, eu não estou mais gordo! Eu estou mais musculoso, não confunda as coisas! — Martin bufou, raivoso. Martin era um cavaleiro santo, que havia sido agraciado com poderes divinos pela própria Deusa Istia. Ele também possuía o suporte da igreja, e de vários nobres do império. Sendo o principal deles, Drolvos o qual havia lutado várias batalhas ao seu lado — Hm, mas voltando ao assunto, se eu não me engano, caro padre Dreso Você acabou de citar sobre o abismo ser o local que nossa gloriosa deusa não deseja que entremos correto?
— Si… Sim, vossa graça era isso que quis dizer — Disse Dreso desconfortável enquanto suava frio.
— Mas acho que você não deve ter lido essa escrita direito Dreso, ela falou também, ‘E a min lealdade manter.’ Junto a frase ‘Iras ter minha benção enquanto em terras sombrias não pisares.’ logo a frase não quer dizer algo como, uma terra proibida para nós, e sim sobre nosso estado de espirito, em outras palavras nossa lealdade a Istia, a frase no geral é uma parábola, algo com um sentido que necessita ser interpretado.
— Mas… Mas até mesmo na entrada do território do abismo existem seres místicos como arcanjos e anjos protegendo a entrada, isso deve significar algo não? Como se eles não quisessem que algo saísse ou entrasse lá. Como se…
— Já basta — interferiu Traidon, já frustrado com a insistência de Dreso.
— Mas majestade…
— Eu disse basta! Ou prefere perder o cargo de padre da igreja, e ser descomungado.
O rosto de Dreso ficou mais pálido que nunca, e seu corpo tremeu com o que ouviu. Mesmo que tentasse avisa-los, não dariam ouvidos não importa como, E ele sabia disso, por conta dessa revelação ele, aceitou esse fato com suas mãos se apertando, e abaixou sua cabeça — Entendido Vossa majestade peço perdão pela minha intromissão, nessa tão importantíssima reunião.
Todos ficaram alegres com aquela ação de Dreso pois sentiram ter se livrado de uma pedra no sapato. Já Gourt cerrava seus dentes de fúria com a forma que o trataram — “Será possível que esses desgraçados, não conseguem ver que ao menos alguém tentou evitar mortes desnecessárias aqui! Droga não sei nem porque ainda me irrito com isso, eu já devia estar acostumado!” — pensou ele
— Muito bem! — Conclui-o Martin — Vossa majestade, sei que isso é bem mal educado de minha parte considerando o caminho que fizeram para todos chegarem aqui. Mas a partir daqui gostaria que pudesse pedir para todos aqui nos deixa a sós para essa discussão agora se não for muito incomodo. É algo mais discreto entre as grandes casas eu e o senhor.
Alguns nobres e santos, olharam para Martin inacreditáveis com o que ouviram, e uma outra confusão começou. Porém Traidon olhou para o cavaleiro santo com um pequeno sorriso no rosto e respondeu:
— Sem problemas, já que é algo mais discreto, é logico que darei esse espaço. E os outros nobres também pensam o mesmo, não é mesmo, afinal é sobre o rumo do país correto? — disse olhando fixamente para a plateia de nobres.
Todos, exceto Gourt, suaram frio com o olhar do imperador, e instintivamente acenaram suas cabeças em acordo com ele.
— Ótimo, então por favor, a Saída é por ali, senhores cavalheiros e santos. — Os nobres e santos se dirigiram para a saída reclamando enquanto saiam.
Gourt iria segui-los pois não queria estar mais um segundo sequer naquele lugar, mas foi parado pelas duas mulheres em armadura dourada que bloquearam sua passagem com suas espadas finas.
— Eu sei que disse que todos os outros nobres deveriam sair dessa sala, mas considerando sua fama e conquistas militares, eu gostaria que você pudesse ficar Sir Gourt, ou prefere que eu te chame de serpente flamejante? O nome que seus inimigos o chamam. — Disse Martin sorridente.
Gourt agradeceu por ter seu elmo vestido naquela hora. Caso contrário teria mostrado sua cara de aborrecido para Martin, e criado uma grande confusão — Apenas me chame pelo meu nome, é melhor do que um nome meia boca como esse.
— Ótimo! — Martin fez um sinal com sua mão, fazendo as cavaleiras guardarem suas espadas, e começou a sacudir seus ombros para aliviar a tensão neles enquanto esperava todos saírem da sala do trono. E quando o ultimo nobre havia saído do local, olhou para Drolvos, e perguntou — Agora, qual será a equipe enviado para explorar o abismo, possui alguma pessoa capacitada em mente para tal tarefa, ou prefere que eu lidere a exploração? — disse sorridente.
— Depois falaremos isso, mas gostaria de primeiramente assegurar os suprimentos necessários para a tropa de exploração. — Drolvos olhou para dafine e Histor.
— Não precisa se preocupar com isso Drolvos. — Confirmou Histor — Certificarei de dar a nova tropa de exploração comida e água suficiente para manter alimentados mais de vinte mil homens, por dois meses ou mais. — Disse com o peito estufado, e depois direcionou sua atenção a dafine que segurava um soroban.
— De acordo com os cálculos, será possível, financiar esse esquadrão com pouco mais de seis mil cavalos, 50 carroças de carga de material, e quinhentas picaretas para os mineradores e construtores que estarão sendo acompanhados pela tropa. agora para os soldados será possível no máximo dar a eles quatro mil cavalos, e um pouco mais de cinquenta mil flechas. — Ela suspira profundamente — Quem diria que uma exploração custaria tanto assim, pelo menos o preço n pode subir mais que isso já que tudo citado são da melhor qualidade.
— Os cavalos não serão necessários muita preocupação. — Interferiu Traidon — eu mesmo me certificarei que recebam os cavalos da melhor qualidade que o mercado externo e interno desse país tem a oferecer.
— Então nesse caso investirei o que seria para os cavalos, em armamento para os nossos soldados. — Complementou a Duquesa.
— Ótimo! — Exclamou Drolvos — Agora em resposta a sua pergunta Martin — Martin o olhou sorridente esperando a resposta. — Peço desculpas por estragar sua felicidade, mas eu já tenho alguém em mente.
O rosto sorridente de Martin se tornou de um feliz, para um aborrecido e decepcionado — Muito bem então, de qualquer forma confiarei em seu julgamento.
— Agradeço essa sua confiança, garanto que você não irá se decepcionar. — Drolvos desceu de seu lugar e aproximou-se de Gourt — Agora eu primeiro devo testa-lo para ter certeza se a decisão é a correta a se tomar. — Ele olhou para Gourt com um sorriso no rosto, e estendeu sua mão — O que me diz Gourt, se importaria de aceitar esse meu pedido?
Gourt olhou para Drovos irritado, e afastou a mão dele de perto — Não obrigado, não vou fazer parte de uma operação como essa, sem nem sequer saber o que me espera, é burrice.
— Olhe seus modos sir Gourt! — Gritou Traidon — Mesmo sendo um nobre, você ainda teve uma origem plebeia, enquanto Drovos foi criado como nobre desde o nascimento! sinta-se ao menos honrado de ter sido oferecido tal tarefa, e a aceite!
Gourt o olhou com um olhar assassino, um que mesmo com seu elmo escondendo seu rosto, era capaz de emanar uma aura assassina. Todos tremeram com aquela gigantesca intenção assassina que ele emanava.
Tanto que Drovos, Martin e as outras cavalheiras sacaram suas espadas, instintivamente em posição de defesa, enquanto a duquesa Dafine, as filhas e a mulher de Drolvos e o Nobre Histor Drabos, se esconderam atras de seus assentos, e Traidon ficou parado em seu trono suando frio, de tão amedrontado que haverá ficado.
Gourt continuou os observando por alguns momentos, E soltou um leve sorriso satisfeito — A qual é por que sacaram as espadas. Eu não sou inimigo de ninguém aqui não. — Disse num tom brincalhão, e logo em seguida caminhou até a saída do lugar — Você disse que queria me testar se eu não me engano? — Gourt abriu as portas da sala do trono e caminhou para fora — Então porque não vamos para o campo de treinamento dos guardas para isso. Afinal lá é bem mais espaçoso que aqui não acha, Drolvos!
Drolvos o olhou seriamente por um tempo, e então embainhou sua espada, fez um sinal para Martin e as cavalheiras, e ambos fizeram o mesmo.
— Vossa majestade, por favor espere aqui voltarei assim que terminar os últimos preparos para a exploração. — Disse Drolvos, esperando confirmação de Traidon. Porém apenas houve silêncio.
— Majestad… — Quando ambos se viraram, viram Traidon sentado com seus olhos sem cor, babando em sua roupa, como se fosse um bebe.
— Majestade!
— Relaxe, ele não está morto, só está inconsciente, e mesmo que acorde ele não se lembrara de nada, que aconteceu nos últimos trinta segundos, agora venha vamos resolver logo isso que você queria. — Disse Gourt indiferente, e aborrecido.
— O que foi que você fez para ele ficar nesse estado?! — Exclamou Martin
— Apenas o olhei. Nada além disso. — Respondeu Gourt de costas a Martin — Agora, antes de sairmos daqui, quero que coloque algo em sua cabeça Drolvos. — Gourt retirou seu elmo e se virou para eles.
Dafine, Histor, Martin, as cavaleiras e até Drolvos e sua família viram sua expressão de fúria. As veias dele estavam inchadas de tanta raiva que sentia, sua expressão demonstrava, o desgosto e seu aborrecimento, e seus olhos pareciam olhar diretamente em suas almas.
Gourt deu um pequeno suspiro e proclamou — Hoje não foi um dia muito bom para mim. Por isso espero que possam me perdoa caso eu cometa mais erros de conduta do que fiz agora ao deixar minha raiva consumir.