Reencarnado Como um Inseto Humanoide - Capítulo 17
O livro de Crista começou a soltar um brilho azul intenso, e de repente letras saíram de suas páginas, e circularam a pequena mesa no que estava entre os três.
Elas ficaram circulando entre si formando pequenos anéis a cada 3 segundos um acima do outro, e depois se juntaram causando um clarão azul e depois que o clarão se dissipou, na frente dos três estava uma imagem tridimensional.
O ser, era um homem alto, musculoso e com uma pelagem branca com listras negras que cobriam todo o seu corpo humanoide, e possuía uma cabeça de tigre branco. Vestia também apenas uma roupa simples como uma calça que grudava em suas pernas, e uma simples camisa reveladora, que cobria apenas suas laterais do corpo e estava sentado no meio da mesa.
— Mas o que! — Gourt olhou fixamente para a grande figura que apareceu repentinamente em sua frente, com uma expressão de choque — Esse ser… nunca ouvi falar dele! Afinal de contas o que ele é? Parente antigo de vocês? Porque ele não parece ser um Bestial!
Crista fitaria gourt com uma expressão compreensiva — Bom, não se preocupe a minha primeira vez ouvindo isso eu tive a mesma reação, agora sente-se ele irá explicar para nós e depois tudo fara sentido. — Crista deu um sorriso para Gourt enquanto apontava para a projeção do ser que estava sobre a mesa na frente deles.
Gourt a fitou por um momento, mas depois deu um largo respiro e depois se aconchego um pouco mais na cadeira — bom se puder o fazer falar logo. — Diria em um tom de voz preguiçoso.
Crista acenou com a cabeça e então proferiu algumas palavras em uma língua que nem Gourt e Dreso conseguiram entender — Io que ha deontre deo abyssolum natros — e logo após isso a projeção acenou a cabeça.
— O que foi que você falou para ele? — perguntou Dreso curioso com o que acabou de ouvir.
— Eu pedi para que ele nos contasse a língua antiga dos bestiais, agora prestem atenção que ele vai começar a falar.
O tigre humanoide, olhou para crista e acenou com a cabeça, e logo em seguida se ergueu-se e olhou para ambos. — Eu começarei do início, onde toda a criação começou. — O tigre estalou seus dedos e toda a sala de repente se tornou escura, e depois de um tempo uma pequena luz se fez no meio deles, e dessa luz se formou uma mulher de belo corpo e face, e com longos cabelos negros, com olhos de pupilas em forma de cruz com um brilho amarelo e se encontrava em posição fetal.
Dreso ao ver aquilo não pode se conter de tentar falar— essa por acaso é…
— Crea, a Deusa Anciã criadora de tudo, e todos no universo. — respondeu Crista, fazendo com que Dreso fizesse uma careta de chateado por não ter dito aquilo, primeiro.
O tigre apontou para a mulher com seu dedo, e então começou a falar — No início dos tempos do Universo. Crea foi a única coisa viva, e por conta de sua recente chegada ao vácuo ela passou um longo período de tempo vagando por ele. O estudando e analisando enquanto esteve inconsciente. —
o tigre novamente estalou seus dedos e então a mulher em posição fetal abriu seus olhos e se ergueu, e depois um clarão tomou conta e de repente Gourt, Crista e Dreso se viam pisando em um solo de rocha com uma luz pequena e fraca no céu
— Depois de várias centenas de bilhões de anos, Crea finalmente faria sua primeira criação. O nosso planeta, porém, ainda assim ela ainda não havia terminado, e então ela criou as 3 bilhões de estrelas que iluminariam nosso planeta trazendo assim o dia e a noite ao mundo.
Repentinamente um grande clarão surgiu de onde havia a pequena luz ofuscando a visão de todos, após um tempo em vez de um lugar escuro com um pouco de luz. acima de suas cabeças haviam centenas de sois, que iluminavam o lugar.
Eles olharam ao redor, e viram gigantescas planícies e planaltos rochosos. Alguns locais possuíam grandes penhascos pontudos outros apenas algumas rochas afiadas. Eram tantos que chega parecia como se o bioma em si fosse uma cadeia de rochas e penhascos espinhenta.
Gourt e Dreso começaram a ficar confusos com toda aquela situação. Porém antes que pudessem se questionar sobre aquilo, aos poucos viram que as rochas começaram a ficar menor à medida que o céu seguia rapidamente escurecendo e amanhecendo.
— Mas o que! — Gourt exclamou com o que ocorria, e depois que terminou a frase a paisagem que viam, antes um local cheio de rochas agora se tornava um mar de lava ardente com apenas alguns lugares para se pisar, e quando um terremoto de uma escala além da imaginação se início, de repente uma luz se novamente fazendo com que o planeta voltasse ao que era antes: um bioma rochoso pontudo, porem ao fazer isso novamente eles se tornaram em um mar de lava
O tigre com um pesar na voz voltou a falar — Ao ver que o mundo que haverá criado, se autodestruía sem que ela fizesse nada, Crea se viu em um momento de dúvida e fúria por sua criação o planeta que criou sempre ir para o mesmo fim, a auto destruição, e então anos se passaram até que a deusa finalmente, tomasse uma ação.
Repentinamente vários feixes de luz apareceram no céu, causando outro cegamento temporário nos três ali, e quando puderam ver novamente não puderam conter suas expressões de surpresa, para as milhões de figuras sobre o céu.
— São… São… Deuses! — exclamou Dreso ao ver as entidades flutuando sobre o céu.
— Espera aí! — interromperia Gourt se voltando para Crista — nos só pedimos que você nos mostrasse, o que há no abismo que despertou o interesse dos Nobre, eu não quero saber um monte de coisas como a origem do nosso mundo, das estrelas ou dos deuses! — Diria sem paciência.
Crista o olharia de forma torta — tenha paciência, ele está chegando lá, e acredite que se eu pudesse fazer algo para acelerar o processo, eu faria, agora pare de falar e deixe ele seguir! — diria fazendo um símbolo de silencio pondo seu indicador perto dos lábios.
— Espero só que seja verdade. — Gourt voltaria a olhar pelo local, e depois novamente prestaria atenção no tigre em sua frente.
Dreso que estava ali olhando fascinado para as figuras no céu, de repente viu cada uma delas criando pequenas esferas em suas mãos, de diversos tipos de cores, o fazendo estranhar aquilo por um momento.
O tigre voltou a falar — após criar o grande planeta outra vez, Crea juntamente com ele criou seus filhos os Deuses, e a eles deu a tarefa de dar vida ao mundo. Dessa forma, após todo seu trabalho de centenas de anos, Crea entrou em um sono profundo. Deixando os Deuses livres para criar o que quisessem.
As esferas nas mãos dos seres divinos de repente se juntaram criando uma nova e gigantesca esfera de tom cinza, de prováveis centenas de mega metros, e a mesma aos poucos foi caindo para o chão. e quando o tocou ela se desfez e dela um grande liquido preto e branco começou a jorrar para todos os lados engolindo tudo que era possível ver.
E após algumas Horas o liquido começou a desaparecer, revelando após seu total desaparecimento, um longo campo florido, com outros seres vivos humanoides de aparências exóticas como as do tigre que estava falando.
— Os Deuses deixados por Crea, ao verem como o mundo estava decidiram dar mais vida a ele, criando dessa forma os primeiros seres vivos do planeta. Os quais chamaram de Primordiais… Meus irmãos e irmãs — O tigre ergueria sua mão, e com os dedos, faria pequenos movimentos da esquerda para a direita, fazendo o tempo mudar, e assim todos se viram agora em uma cidade gigante, largas torres embutidas em círculos mágicos, que nem mesmo Gourt reconhecia, e a multidão ao redor totalmente diversificada.
“Primordiais… então esse cara também é um primordial” — gourt pensou olhando para o tigre humanoide.
— Nos primordiais éramos dotados de todas as coisas que os deuses nos haviam dado, comida, um belo mundo, e o melhor de tudo, uma vida boa e confortável. Literalmente tudo que se poderia pedir, nos possuíamos. — O tigre possui um grande sorriso no rosto a cada palavra que dizia, porem de repente esse sorriso se desfez — Mas por causa da ganancia de um certo alguém, esses tempos não duraram muito tempo.
O tigre moveu sua mão no ar e agora todos se viam em um tipo de sala de alquimia: ela possuía objetos como caldeirões, tigelas de rocha, baús, mesas feitas de madeira refinada desgastadas por conta de líquidos estranhos, e no meio da sala se encontrava uma gigantesca estrutura de barro com uma forma que lembrava a de uma serpente, só que com braços e pernas, com vários símbolos de runas espalhadas em seu corpo.
Um homem encapuzado entrou no local através de uma porta metálica, e começou a procurar por alguma coisa em meio aos vários baús que havia no local— não é esse, também não é esse… Droga! Onde está esse pergaminho! — reclamaria angustiado, como se tivesse perdido algo
— Procurando isso Human? — ecoo uma voz feminina logo atras dos três que estavam ali. Todos inclusive o homem que antes estava procurando se virou para ver quem era.
Ao se virarem se depararam com uma mulher: ela estava vestida com roupas nem muito longas e nem muito curtas; seu corpo no geral era magro e tinha uma altura aproximadamente entre os 1,60 e os 1,70; seus olhos tinham um tom de lápis lazúli, e possuía longos cabelos loiros, e com olheiras pontudas.
“… uma Elfa? “— pensou Gourt que depois voltou-se a olhar para o frasco na mão esquerda dela: o frasco possuía uma larga chama de cor vermelha que fazia pequenas faíscas negras.
— Oh! — Human deu uma leve risada, baixou seu capuz, revelando um cabelo curto e crespo, e com uma face estranhamente igual a de Gourt e foi até ela — sim é esse, por um momento eu achava que tinha perdido.
— Acho bom tomar mais cuidado onde bota isso, eu o achei na beirada da mesa, quase caindo, e você sabe que o Dragon não iria te dar outro, se esse quebrasse, e isso sem contar que faria um grande estrago que ocorreria se esse frasco quebrasse. — Diria a mulher com uma expressão seria no rosto.
— Ok, ok! Não é como se fosse ser um estrago tão grande assim também ne Elfein — diria human coçando a cabeça — porque tipo… é só um foguinho!
Elfein daria uma gargalhada com aquela afirmação — Claro… não é como se esse foguinho fosse forte o suficiente para reduzir até mesmo um Deus a cinzas, não mesmo! — diria Elfein num tom sarcástico.
— … Ok… Confesso que subestimei muito o fogo do Dragon — Human faria uma cara de envergonhado — mas de qualquer forma apenas vamos terminar o que estamos aqui para fazer.
— Claro, mas espere os outros eles também fazem parte desse trabalho, afinal não é todo dia que se cria um novo ser a partir do nada.
— Tudo bem.
Eles continuariam conversando sobre o que estariam a fazer enquanto esperavam os ditos convidados chegarem, porem enquanto faziam isso Gourt que estava ouvindo aquilo se voltou para a estátua de serpente e deu um olhar mais atento a ela.
— “Essa estatua, de alguma forma me é familiar… “— ele se aproximou mais ainda olhando os símbolos dela e o seu formato notando seus detalhes.
— Deuses… por acaso isso é?! — Gourt começou a olhar para os olhos da estátua e também para as runas escritas no corpo, fazendo seus olhos se arregalarem mais ainda. — Será possível isso… Shakar?