Reencarnado Como um Inseto Humanoide - Capítulo 6
- Início
- Reencarnado Como um Inseto Humanoide
- Capítulo 6 - Capítulo 6- O inicio de uma batalha sangrenta
“Como eu não havia percebido antes” — Pensou Kairo
Em sua frente, sentado, estava o inimigo responsável por todas as coisas que estavam acontecendo com os trokans, Akuri.
Porem o que era mais importante, sua aparência. Ele era exatamente igual a quando a deusa o haveria mostrado, antes de ele ser reencarnado.
— Opa garoto, não vai tentar acordar seus companheiros não?! Porque só te mata sem nenhuma resistência não teria graça — disse Akuri, com uma voz profunda, brincando com a cabeça do trokan morto, e rindo sadicamente.
Naquele momento Kairo se perguntava como que aquele monstro havia conseguido matar o a Kross sem fazer um barulho sequer, e ainda não acordar os outros membros do esquadrão, afinal não poderia ser possível ter conseguido mata-lo instantaneamente, antes dele conseguir avisar sobre a sua chegada para os outros isso era impossível.
— Ei! — interrompeu o monstro, que se levantou e começou a caminhar lentamente para Kairo, e cada passo deixando uma marca de queimado no solo — sabia que ignorar os outros pode ferir os sentimentos deles? Não então deixa eu te mostrar o que seres ignorantes merecem.
O ser tocou o ombro de um dos braços esquerdos do jovem
De início ele não aconteceu nada, mas alguns instantes depois, Kairo sentiu seu ombro queimar.
— HAAAAAA!! — gritou ele.
Akuri retirou sua mão sobre o ombro dele, revelando o estrago. Seu ombro agora não tinha mais um exoesqueleto o protegendo, agora era só uma parte queimada a ponto de parecer carvão, nem mesmo seu sangue escorria da ferida. Porem a dor ainda estava lá.
— AAAAAAHAAAAH!! — gemia ele de dor
— Parece que agora chegamos a um acordo, não é pirralho?!
Kairo estava amedrontado, além do fato de estar sentindo muita dor, em sua frente está o ser que a deusa haverá dito ser o mais, senão um dos mais poderosos, que existia no abismo.
Porém ainda assim ele não estava disposto a morrer ali, ao menos não daquela forma.
“Se for para morrer que ao menos eu me orgulhe” — era o que ele pensava
— Você não tem graça! — Disse Akuri soltando suspiros de tedio — Seus gritos não tem aquele som de desespero que eu gosto. Bom não importa depois que eu te matar eu vou me divertir torturando os outros.
Ele se virou na direção de um dos membros que estava de alguma forma dormindo mesmo diante do que havia acontecido até agora, que era por coincidência a Kress
— NÃO se atreva!!
Kairo rapidamente se ergueu do chão, ignorando a dor de seu ombro queimado, e tentou atacar o monstro.
Porem antes que pudesse fazer qualquer coisa Akuri havia saído voando para longe dele e só depois de um segundo após isso acontecer, que ele ouviu um som ensurdecedor, e uma forte corrente de vento arremessou ele e os outros para a parede da caverna.
— Mas o que?!
Quando se recuperou do choque, e sua visão se ajustou, a primeira coisa que viu foi Gauss, com um de seus 2 braços direitos gerando ar quente.
— O que foi que aconteceu?! — disse Kairo que logo em seguida virou para o lado, para ver o que havia acontecido com Akuri. A visão o deixou de boca aberta.
A paisagem havia deixado de ser um lugar montanhoso rochoso com ondulações, e se transformado em um lugar totalmente plano com um largo caminho em linha reta que parecia ter centenas de quilômetros a frente.
— Bom ele deve demorar para nós alcançar agora. — Todos que estavam dormindo acordaram e se depararam com o cenário.
— Santa Colônia — disse um dos que havia acabado de acordar.
— Ele fez de novo não é Gauss? — disse Kress preocupada.
— Sim! — concordou ele — e ele ainda conseguiu matar Kross! — disse Gauss cerrando os punhos.
— Não a muito que possamos fazer agora, Akuri sempre foi do tipo que gosta de brinca com nossas mentes! — explicou Kress revoltada.
Eles continuavam conversando entre si decidindo o que fazer em seguida.
Enquanto isso Kairo estava olhando para a paisagem. Ele ainda não acreditava no que havia acontecido, e nem no que estava vendo. Toda aquela destruição causada apenas por um simples soco.
— “como que isso é possível? “— pensava ele.
— Kairo, preciso que você me faça uma coisa — disse Gauss, seriamente.
— Ah…Ah sim, o que seria — respondeu Kairo ainda se recuperando do choque de realidade.
— Você acompanhara Kress, e os outros, para dar continuidade a missão, eu ficarei aqui e atrasarei Akuri! — ele olhou para o centro da nova paisagem com os punhos cerrados
— Espera um pouco ele ainda ta vivo?! Depois de um ataque desses! — disse Kairo espantado
— Se ele morresse só com isso, essa missão não seria necessária, agora vá!
— Espera ae, se for assim você precisa de toda ajuda possível para poder ao menos fazer algo contra ele! Eu posso ajudar nisso! — disse Kairo insistente
— Não seja tolo! — interrompeu Kress — Você só serviria de atraso para Gauss!
— Por que diz isso? — perguntou Kairo confuso
— Porque Gauss é o trokan mais forte que já existiu! Literalmente nenhum outro trokan conseguiu chegar ao nível de poder que ele chegou! Você seria só uma preocupação para ele na hora do combate
— Eu sei, mas…
— Mas nada, venha vamos logo — Kress liderando os outros começou a descer do que antes era a caverna.
Kairo apesar de saber de que não seria útil na luta, ele queria ainda, mesmo que seja só um pouco, ajuda Gauss, afinal ele estava contra o ser mais poderoso do abismo que a Deusa lhe havia falado. Porem ele não conseguiria fazer nada para ajudar, e com muita frustração ele cerrava os seus 4 punhos
Gauss notou sua frustração, isso o fez pensar por um tempo, e logo em seguida se aproximou de Kress.
— Kress mostre a ele como que faz a regeneração e libere um pouco do poder dele.
A trokan olhou para Gauss sem acreditar no que havia ouvido.
— Você não pode estar falando sério, não num momento como esse
— Kress…
— Você não se lembra do que aconteceu a última vez!
— Kress…
— Você literalmente perdeu a sua mão, não posso permitir que faça de novo!
— KRESS! — gritou Gauss — Eu vou sair vivo dessa, não importa como. — Gauss a puxou para junto dele e a abraçou.
depois disso lagrimas começaram a sair dos olhos de Kress, ela chorou por alguns segundos, nos quais pareciam ter durado uma eternidade. Após ter se recuperado das emoções, ela caminhou até Kairo.
— Mostre a ferida — disse ela calmamente
Kairo apesar de não entender o que havia sido tudo aquilo, apenas pelo climão que havia presenciado, obedeceu sem nenhum tipo de resistência. Se agachando e mostrando o ombro queimado para Kress.
— Ótimo — no mesmo momento a trokan enfio seu dedo na ferida, causando uma tremenda dor para Kairo
— AAAAAH — gritou ele
— Só mais um pouco e…. pronto — Kress retirou seu dedo da ferida queimada
Kairo estava prestes a reclamar com Kress sobre o que havia feito, porém, antes de fazer isso, olhou para seu ombro.
A carne que antes estava queimada agora estava se ligando com os outros ligamentos do ombro, seu ombro antes parecendo um carvão agora havia se tornado novamente uma parte de seu membro porem com uma cicatriz no local. E não era só isso, ele tinha uma estranha sensação que não conseguia descrever.
— Como você se sente?
— Eu…Não sei dizer…
— Se sente mais forte, leve, ágil, ou alguma coisa parecida?
— Bem agora que você falou, eu diria que é isso que sinto sim.
— ótimo, com o que mostrei você deve saber como fazer os primeiros socorros no pior tros! Ah quase ia me esquecendo! — Kress se aproximou mais ainda de Kairo, exatamente perto do ouvido — Cuide para que Gauss não faça loucuras, por favor! — sussurrou ela para kairo.
— Eu prometo fazer o melhor que posso! — respondeu ele
Após isso Todo o resto do grupo acompanhou Kress para sair de lá, deixando Gauss, e Kairo sozinhos no local.
Alguns minutos se passaram. Gauss estava sentado numa rocha perto do penhasco, já Kairo estava deitado no chão
“O que foi que aconteceu com Gauss para Kress agir daquela forma?” — pensava Kairo
Ele se levantou e caminhou para perto de Gauss, que estava olhando atentamente para a direção que ele arremeçou akuri.
— Ei… Gauss
O trokan voltou-se para Kairo — Sim, o que foi, quer dar o fora depois de todo aquele discurso? — disse sarcasticamente
— Nem brinca com isso, já falei que eu vou te ajudar da melhor forma que der!
Gauss soltou uma leve risada — Qual é, não aguenta uma piadinha?
— Eu aguento até a mais que você, mas não é pra isso que queria falar com você.
— E o que você queria falar? — perguntou Gauss num tom alegre
— Queria saber porque Kress agiu daquela forma quando você me permitiu ajuda-lo, poderia me dizer?
Gauss o fitou com um olhar de surpresa, mas depois voltou-se a olhar a paisagem:
— Então era isso que você queria saber! Porque será que não estou surpreso? — disse num tom depressivo — Apenas aconteceu de eu acabar lutando contra o Akuri um dia junto com ela!
— E nessa luta você perdeu sua mão, só isso? — perguntou Kairo
— Exatamente!
— Acho difícil de acreditar.
— Ta me chamando de mentiroso agora?
— Não! É só que… Kress não choraria daquela forma para algo tão simples como isso!
Gauss o olhou com dúvida — Você acabou de conhece-la, e fala como se fosse de longa data, tem certeza que não está se precipitando?
Kairo se calou por um momento — Bom, você deve estar certo… acho que estou me precipitando ha há! — ele deu uma leve risada e caminhou para alguns metros longe de dele.
Gauss o observou enquanto se distanciava — Ei me posso pergunta uma coisa Kairo.
Kairo voltou-se para Gauss — Depende do que for posso tentar te dar uma resposta. — Confirmou ele
— Eu estive notando algumas coisas, sobre você quando o conheci, como o jeito de você ter agido após ter nascido a forma como você age quanto a coisas básicas, como o nosso rápido aprendizado e força, e a sua posição na hora que Akuri estava aqui, quando o normal para um recém-nascido como você seria fugir… — Gauss se aproximou de kairo olhando em seus olhos — Porém, o mais estranho dentre tudo isso foi você ter sido o único a nascer, dentre todos aqueles outros que estavam lá, algo que não deveria sequer ter acontecido. Então eu te pergunto, quem é você de verdade?
Intimidado pelas palavras de Gauss, Kairo recuou alguns passos — Eu não se…
Uma explosão repentina aconteceu ao lado dos dois criando uma cortina de fumaça que ia de onde estavam até o chão e os arremessando para o solo abaixo da caverna que estavam
Gauss rapidamente seguro kairo com seus braços direitos e se prendeu na parede com seus braços esquerdos e deslizou pela parede, e então pousaram no solo.
Kairo se recuperando do choque, olhou em volta dele, procurando o responsável pela explosão.
— Humm! — Grunhiu Gauss, Fazendo Kairo olhar para a situação em que estava, que logo em seguida saiu dos braços dele e voltou-se a ficar de pé e envergonhado disse
— Isso nunca aconteceu!
— A negociação fica pra depois, porque o capeta chego! — exclamou Gauss.
A fumaça causada pela explosão foi desaparecendo aos poucos revelando o corpo de Akuri totalmente destroçado sem a cabeça e com apenas uma perna e um braço esquerdo com os ossos a mostra.
— Pera lá, que porra é essa, como que esse bixo ainda ta vivo sem a cabeça?! — disse Kairo surpreso.
— Eu te disse que só isso não mata ele. — respondeu Gauss.
— Ele está certo! — disse uma voz vindo do corpo sem cabeça.
— ELE FALO?! — Exclamou Kairo.
No mesmo momento que disse isso, chamas começaram a envolver o corpo, músculos começaram a crescer nos ossos, dos membros restantes, outros 3 braços e 1 perna creceram de seu corpo, substituindo os que restavam, e sua cabeça um crânio flamejante se criou e nele toda sua cabeça reapareceu, deixando exatamente como o Akuri era antes.
— Caralho! — disse Kairo abismado
— Não é boa hora para se impressionar Kairo! — disse Gauss olhando fixamente para aquele monstro.
Akuri fez alguns alongamentos em seu corpo recém regenerado, e depois voltou-se para eles.
— Sabe Gauss eu não esperava que você me atacaria no momento em que estava com a guarda baixa, isso foi um tanto sujo não acha?
— Hipocrisia você dizer isso sendo que nos atacou enquanto dormíamos, isso sim foi covardia, se bem que faz sentido sendo que você é um! — disse Gauss insultando Akuri.
— Você continua com uma boca afiada como sempre, isso só me faz querer te matar mais ainda, que nem fiz com seu irmão! — disse Akuri enquanto ria sadicamente.
Kairo quando ouviu isso, finalmente entendeu o porquê de Gauss sempre falar do Akuri com ira, era pelo seu irmão. O jovem voltou-se para o trokan que parecia que iria atacar a qualquer momento por conta de sua raiva impossível de notar.
— Akuri… Você morre hoje! — exclamou Gauss
— Quero ver tentar! — respondeu o monstro.
Ambos se encararam por um breve momento. E depois avançaram um contra o outro, numa velocidade impressionante fazendo fumaça se erguer do chão, e quando seus golpes se encontraram, uma grande onda de choque, fez escombros voarem para todos os lugares.
— Incrível! — Kairo estava estonteado, ele não queria perder nem sequer um segundo daquela luta, e por isso usava todas as suas forças apenas para se defender das ondas de choque causadas pelos golpes dos dois.
O jovem sabia que não podia interferir, pois caso fizesse a única coisa que o esperava era a morte. Mas se tinha um pensamento que ele tinha na cabeça, era que:
“Como é que eu faço pra sair vivo agora.”