Trabalhe! - Capítulo 78
Ano novo
Dia 31
3:37
Depois do natal o inferno começou. Eu, de certa forma, fui aprovado, então faltava começar os preparativos para o casamento.
Com dinheiro, essas coisas são fáceis, né? É só contratar as melhores pessoas para organizar tudo, né? Não temos que nos preocupar muito com gastos, né? Mais importante, não temos que trabalhar, NÉ?
Mas minha esposa é a Susi.
Então, ela decidiu que arrumar as coisas por nós mesmos seria divertido. Sim, organizar, em menos de uma semana, uma fuking festa de casamento seria divertido! DIVERTIDO!
Preciso dizer que não foi?
Bem, não entrarei em detalhes, mas, nos últimos 5 dias, dormi tanto quanto alguém que cursa medicina, trabalha num restaurante, tem vida social e ainda mora sozinho
Foi uma tortura, me sinto tão cansado,q ue nem consigo reclamar direito. Mesmo assim, afirmo, nos últimos dias, descobri que o tempo de fato é relativo, basta querer o suficiente, é dá para fazer qualquer coisa em uma hora, principalmente se for um monstro como Susi.
No momento, estou numa bela pousada, Susi acabou de organizar as ultimas coisas e caiu morta na cama, já que, quis observar um pouco a lua antes de dormir. Também quero…
Caio na cama.
Durmo. O corpo humano tem um limite.
14:10
Acordo, no caso, Susi me acorda, porque, por vontade própria, não sairia do lugar de jeito nenhum. Apenas o de sempre, já estou até acostumado.
Honestamente queria só dormir, mas, logo logo, vão começar as coisas que organizamos. Nada tão grandioso, um casamento apenas para nós foi, além dos fotografos, insistência da Susi, e alguns convidados especiais.
Inclusive, graças a deus, não teremos padres porra! Depois de muitos argumentos, ganhei esse embate. Padres são inúteis! Por que precisaria de um cara falando por um tempão no meu casamento? Pô, é meu momento de diversão, não de morrer de tédio.
Resumindo o plano, vamos tirar fotos na praia, fazer a festinha, ai beijarei a noiva e, por fim, teremos uma grande queima de fogos particular.
Nada inovador, um plano comum, diria, por isso vou pular…
23:45
Um bom dia.
Sim, pode ser surpreendente, mas não tenho nada de ruim para dizer sobre hoje.
Na verdade, dizer simplesmente: um bom dia, seria um eufemismo tosco. Foi o melhor de todos os dias.
Sorrio. Não preciso de motivo ou razão, apenas sorrio. Mesmo o cansaço, sumiu completamente do meu corpo. Energia flui, flui e flui, é estranho, a preguiça deixa meu corpo. Como se um poderoso espírito maligno me deixasse. Só posso descrever como um sentimento estranho, energia… ou seria felicidade? alguma coisa nessa linha.
Sento no sofá, ao meu lado, uma janela gigante, por ela, espio a bela luz do luar. Susi foi pegar uma garrafa de vinho, deve estar de volta a qualquer momento. Claro, na nossa frente, tem uma tv enorme, e põe grande nisso! Também tem outras coisas luxuosas nessas casa, mas meio inuteis, foda-se.
— Eu realmente amo você. — Do nada, um doce sussurro afaga meu ouvido. Sinto, logo, braços quentes envolvendo meu pescoço. Nessa pose, ficamos longamente curtindo o tempo.
Liberado do abraço, inclino minha cabeça para cima, com isso, meu olhar cruza com a paixão da Susi. Seu rosto lindo, um pouco corado, ela me encara com um belíssimo sorriso.
— Também amo. — Abro um sorriso feliz,.
— Não diga isso tão facilmente, precisa pelo menos ficar corado. — Faz biquinho um pouco incomodada.
— Já me acostumei, haha!
Olhamos para o nada por um tempo, uma sensação aconchegante me enche por completo. Susi saca o vinho que tinha alocado numa mesinha perto, além de duas taças, uma para cada. Nos sentamos lado a lado.
— Sinto como se tivesse focado de mais no trabalho esse ano, minha meta e objetivos a construir são importantes, mas no fim acho que cada vez mais, tudo isso apenas se torna uma desculpa conveniente que eu sempre uso quando não quero pensar sobre algo.
Repentinamente Susi começa a se abrir. O conforto que sentimos ao estar um do lado do outro, nos permite mais facilmente admitir várias coisas e dizer várias coisas. Juntos, criamos um ambiente onde sentimos, sem nenhuma dúvida, que podemos ser nós mesmos, não importa o que sejamos.
E, por influência da Susi, nesse momentos, além de só reclamar das coisas, como gosto de fazer, também pensamos na parte chata, soluções. Resumindo, quando estamos juntos, entramos no clima de ano novo e começamos a fazer várias metas, não importa se é ou não ano novo.
Por fim, para concluir tudo, também tem que ter a parte boa, as conclusões de ano novo. Sim, ao invés de pensar no que vai vir, faz mais sentido olhar para o ano que está a passar, analisá-lo… ou algo do tipo. Aí você categoriza as decisões em: me arrependi e não me arrependi, por fim, segue o caminho de mudanças.
Por exemplo, Susi acaba sua análise dizendo:
— Foi um bom ano, estou muito feliz de ter te pressionado um pouco, além de divertido, isso me levou a melhor conclusão possível.
— Não diria que foi um pouco, senti a morte espreitando pelas minhas costas em vários momentos, mas sou realmente grato.
— Relaxa, foi só algo que estava afim de fazer.
— Não, sério, sou muito grato a você, espero poder te recompensar um dia. — Pela primeira vez, admito esse fato.
— Não diga coisas idiotas, se queremos ter uma relação devemos estar no mesmo nível, sabe disso.
Para evitar entrar numa discussão que, obviamente, não vai ter fim, dou de ombros e aceito que as coisas são assim. Tomamos um gole de vinho.
Inclusive, vinho bom para porra!
Ahan! Fitamos a bela lua mais um pouco, sua luz ilumina o céu, o relógio não muito longe, mostra que o ano se aproxima a passos rápidos do seu fim.A luz, ainda mais rápida, vem para anunciar esse fim.
— Kabum!
Olhando pela janela, posso ver o primeiro fogo de artifício explodir, indicando o início de um novo ano. Não tenho nada contra a comemoração, mas devo admitir, o barulho é um pouco irritante, só quero me concentrar nos meus jogos em paz, porra!
Ainda bem que rapidamente acaba, Yup! Posso voltar a relaxar como de costume, boa! Comemoro, apenas para ser contrariado 1 segundo depois.
— Ding ! Ding! Ding!
— Quem é? Já estou indo atend
Olhando pela janela pude ver o primeiro fogo de artifício explodir, indicando o início de um novo ano. O ambiente estava relaxante e gosto. Também não tenho nada contra a comemoração, na verdade eu até gosto, sinto como se…Kabum! O porra! No fim o barulho é realmente irritante, só queria me concentrar no momento em paz! Agora basta ter um próximo ano tranquilo.
— agora vamos comemorar seu aniversário, estava pensando em fazer algo bem legal, tipo…”
Posso voltar a relaxar como de costume, foi o que pensei, apenas para ser contrariado 1 segundo depois.
— claro, vamo”. Apenas posso responder com um sorriso.
FIM
Notas:
E eu acabei mais uma novel aqui, foi bastantes tempo escrevendo isso aqui, hein?
Enfim, obrigado por ter lido…
Até a próxima.