Trupe Elemental - Capítulo 100
— Hah… Finalmente resolveu levar isso a sério? Devo admitir que é impressionante que tenha conseguido danificar minhas defesas. PORÉM! Não será o bastante, isso é apenas uma esperança falsa e temporária para vocês! — Disse Philip.
— Odeio ter que depender desse poder maligno para poder ser útil, mas se isso significa proteger meus companheiros, não me resta escolha se não abraçá-lo como meu próprio. Você vai cair aqui, Philip. — Disse John, levantando sua espada.
— Muito bem dito! Então devo elevar ainda mais e começar a levar isso a sério e não como um passeio no parque! — Philip respondeu.
Carregando sua mão direita com raios, Philip lança uma saraivada deles contra John, que o força ficar na defensiva enquanto se desvia e utiliza o poder da Usurpadora para cortar entre eles à medida que passam raspando por ele. Ao se recompor, Tay se junta novamente com John para contra-atacar Philip em conjunto, atacando-o ao mesmo tempo, porém seu ataque falha miseravelmente já que Philip se defende com um grande escudo em torno de si.
Mas antes de tudo, o que John mais queria não era atacar Philip diretamente, mas sim se aproximar o suficiente dele para que a Usurpadora consiga drenar sua energia vital gradualmente, assim aumentando seu poder inato. Mesmo que os ataques deles fossem falhos, ele só precisava se manter próximo até que tivesse reunido poder suficiente para realmente contra-atacar com força total.
— Ugh…! O que faremos? Nossos golpes mal surtem efeito. — Tay perguntou.
— Eu preciso de mais tempo… Preciso que me ajude a ganhar mais tempo, só assim vamos conseguir levá-lo ao chão! — John respondeu.
Tay olhando para John, percebeu que sua espada emitia uma aura avassaladora em torno da lâmina que ficava gradualmente mais forte e assustadora conforme o tempo passava. Até ele estava sentindo um pequeno calafrio somente de estar próximo de John. Ele sentia sua força se esvaindo de seu corpo.
De longe o restante do grupo observa a feroz luta, enquanto isso Jesse terminava seu protótipo de elixir que ajudaria aumentar a resistência contra trovões. Misturando vários ingredientes de sua bolsa, Jesse foi capaz de criar pequenos frascos com a amostra do elixir o suficiente para que funcionasse.
— Está pronto…! Isso deve ajudá-los a suportar os trovões de Philip. Mas devo avisar que por ser algo inventado de última hora e sem nenhum teste de antemão, pode causar algum efeito colateral no usuário… — Disse Jesse.
— Efeito colateral? Qual efeito?! — Matt perguntou, aflito.
— Eu… eu não sei! Utilizei folhas que ajudam a inibir a dor, talvez eles possam entrar em um transe e não perceberem seus ferimentos por um tempo. — Ela respondeu.
“É melhor isso funcionar.” Disse Matt, tomando o saco com os frascos de Jesse.
— JOHN! TAY! PENSA RÁPIDO! — Matt gritou de longe, arremessando o saco com os elixires produzidos por Jesse na direção deles.
John se virou e correu rapidamente na direção dele, pulando e segurando o saco para si. Ao abrir para ver o conteúdo ele viu dois pequenos frascos com um líquido roxo dentro, sem pensar muito ele jogou um para Tay e em seguida bebeu o seu, Tay logo o fez em seguida também.
Jogando o frasco no chão, ao quebrar, a visão de John ficou turva por alguns segundos, quando ele abriu seus olhos novamente ele conseguia ver com clareza os raios e trovões que cercavam Philip, destacado das demais coisas ao seu redor.
— Eu vejo. Eu consigo ver! — Disse John.
— Humph. Não adianta! Meus trovões são puros, não há nenhum elixir que os possa impedir! Tolos ingênuos! — Disse Philip, atacando John em seguida.
O raio lançado contra John, atravessou sua espada, e quando atingiu seu corpo para sua surpresa, ao invés de causar dano, ele simplesmente desapareceu sem deixar rastros. O elixir de Jesse realmente havia funcionado. John e Tay imediatamente partiram para o ataque contra Philip, o golpeando consecutivamente com suas armas, desferindo poderosos cortes contra ele, graças ao elixir, Philip era incapaz de se defender utilizando o efeito refletivo de seu escudo de raios, já que John e Tay estavam praticamente imunes a ele. Por um breve momento, Philip foi ao chão sem suas defesas mágicas, o que permitiu um retaliamento completo do grupo.
Os outros que estavam de longe, aproveitaram a pequena brecha criada pelos dois para atacar em conjunto com suas magias também. Saraivadas de flechas de Ryutisuji e Matt, mascaradas com Amplificante Mágico de Mary seguido de Sarah e Jesse com Aguaceiro e Onda de Plasma respectivamente.
— Hah… Hahahaha! Hahaha! — Philip, ria enlouquecendo.
— Isso… ISSO É INCRÍVEL! EU NUNCA PENSEI QUE HAVERIA ALGUÉM CAPAZ DE CRIAR UMA DEFESA CONTRA MEUS TROVÕES! — Ele dizia, gritando.
— Vocês realmente são um bando de vermes que dão trabalho. — Completou.
Vendo aquilo, Philip lançou um flash para desorientá-los, se afastando e canalizando trovões em torno de si. um turbilhão deles se formava- em torno dele, como uma tempestade voraz, os trovões se agrupavam e começavam a tomar uma forma de um objeto. Philip começou a levitar ainda mais alto que antes, e seus trovões se formaram em duas grandes garras logo acima de seus ombros. Elas seguiam cada movimento que seus braços faziam, além de também poderem canalizar em dobro as magias que ele fazia.
— Droga…! Isso é ruim… — Tay sussurrou.
— Avante! Sem temer agora, estou com você nessa até o fim! — Disse John.
— Vão se arrepender de me fazer usar isso, garotos! — Disse Philip.
Philip num piscar de olhos, cria um círculo mágico que desaparece rapidamente.
John e Tay ao tentar atacá-lo, foram surpreendidos por sua incrível velocidade, Philip os passou cortando como um raio, eles mal percebem e quando se dão conta, uma explosão de raio os acerta, jogando cada um para lados opostos.
— Ack! Quanta velocidade! — Disse Tay, se levantando.
— Ele está mais rápido do que antes… Não tenho dúvidas, aquele círculo que conjurou anteriormente, devia ser uma magia de velocidade, mal consigo acompanhá-lo agora…! — John respondeu.
Tay olha para John novamente, e de novo ele fica aflito com a enorme aura vindo de sua espada, e se pergunta como ele não está vendo aquilo, muito menos se havia percebido. Mas antes que possa dizer algo, Phlip se teletransporta diante deles e golpeia o solo com suas garras, deformando o terreno, causando inúmeras rachaduras e fissuras carregadas com trovões.
John e Tay são forçados a recuar de Philip que cria um campo minado de raios e trovões, um passo em falso e eles seriam acertados por uma descarga mortal. Phlip se deleitava com aquela situação, rindo deles e os menosprezando. Suas garras começam a canalizar um enorme raio em formato de lança que é arremessado contra John e Tay. Ambos já tinham se dado conta que o efeito do elixir já estava acabando.
Ambos avançam para tentar impedir o ataque, Ao ver Tay ao seu lado, John o empurra para longe. Sem entender o que foi aquilo, ele o olha confuso. Vendo em seu rosto uma expressão que ele conhece bem. Olhos frios e vazios. “Não me atrapalhe.” E na sua espada, aquela aura maligna.
A lança de raios no impacto contra John explode causando descargas por toda parte e emitindo um enorme flash de luz, que cega a todos, até mesmo Philip. Quando é possível ver novamente, John está logo à sua frente, com sua espada carregada com o mesmo raio que Philip havia lançado contra ele. Impossível se defender, John crava sua espada contra o escudo dele, novamente penetrando suas defesas mágicas. Philip utiliza suas garras para jogá-lo para antes, mas sem antes ver um pequeno sorriso malevolente em seu rosto.
— Ugh… Maldição! John… você…! Eu deveria ter acabado contigo quando tive a chance, um grande erro! — Disse Philip, gravemente ferido.
— Eu te disse. É aqui que você cai, Philip! — John respondeu, ao utilizar sua habilidade de aumentar sua capacidade de combate, Amolar.
A Usurpadora, finalmente havia conseguido poder suficiente para si. Sugando a energia vital de Philip, Tay e de seu próprio portador, John. Ela ansiava por um banho de sangue, transformando a calorosa expressão no rosto de John em uma noite fria de inverno.
Mary observava o embate dos dois silenciosamente. Sem dizer uma única palavra, enquanto os demais estavam aflitos e agitados com o que estava acontecendo. Ela via cada detalhe da luta com cautela e minuciosidade. Desde o momento que a luta começou, as habilidades de Philip, a rápida mudança no comportamento de John e as tentativas de Tay em ajudá-lo.
— Hum… Aconteceu de novo… John…! — Mary sussurrou.
— Hã?! O que você disse, Mary? Dá pra falar mais alto!? — Disse Matt, irritado.
— John conseguiu utilizar o próprio trovão de Philip para atravessar suas defesas, e eu acredito que isso não seja decorrente do elixir de Jesse, e sim de outra coisa. Será que… não, não é possível… — Mary comentou.
— John realmente continua a me surpreender. E pensar que a respotava estava lá esse tempo todo e eu não a vi. Meu mestre teria vergonha de mim agora. — Ela sussurrou.
— É isso! Eu descobri a fraqueza de Philip! Hahaha, como eu não pensei nisso antes, até mesmo uma criança que começou estudar magia hoje teria percebido! Essa habilidade de Philip, ela é muito poderosa, mas tem uma falha crucial em sua essência! E nós vamos explorar ela. — Disse Mary aos outros.
— Ei, espera! Mary onde você está indo?! — Disse Matt, tentando impedí-la.
Correndo para mais próximo do campo de batalha, utilizando seu grimório ela rapidamente criou pequenas esferas elementais que podiam armazenar uma certa carga elemental. Mary gritou o mais alto que podia:
— JOHN! TAY! A FRAQUEZA DE PHILIP! A FRAQUEZA DELE SÃO OS PRÓPRIOS RAIOS E TROVÕES DE SUA HABILIDADE! ACUMULE ELES E O FAÇA SOBRECARREGAR!
Ouvindo o que Mary havia dito, todos se surpreendem. Philip, que por sua vez se desesperou, ao saber que ela havia descoberto um jeito de pará-lo. Sua fraqueza agora estava exposta e era questão de tempo até seu fim chegar. John e Tay abandonaram a luta e correram para pegar as esferas elementais que Mary havia jogado lá de cima para eles.