Um Alquimista Preguiçoso - Capítulo 112

A euforia tomou conta da cidade após a transformação de Shui. Mesmo os Mortais, que não entendiam muito sobre o mundo do cultivo, vibraram emocionados. No entanto, aqueles que mais comemoraram e se empolgaram com o ocorrido foram os membros da Família Xiao, tendo destaque para os ocupantes do palanque.

O tio Chang exibia um enorme sorriso no rosto que o fez parecer um adolescente que retornou aos seus tempos mais recentes, no qual não existiam preocupações e nem responsabilidades excessivas capazes de tirar seu sono. Ele pulava feito uma criança e celebrava de uma maneira poucas vezes vista ao longo de sua vida, balançava os braços e gritava igual a uma fera alegre, expondo os dentes, salivando, rugindo.

A comoção foi tamanha que mesmo as Famílias rivais se deram ao trabalho de parabenizar o 9º Ancião.

― Parabéns pela grande conquista! ― disse o Patriarca Jian, assumindo a liderança como representante da Família Xu. Ele se aproximou e apertou a mão do pai alegre que precisou se controlar por um instante para conseguir retribuir o gesto.

― Ahaha! Parece que sua filhinha vai sair de casa logo, logo. ― Embora Zhan Tengfei pretendesse ir deixar seus sinceros cumprimentos ao colega, o Supremo-Ancião tomou a frente e de uma maneira pouco formal deu alguns tapas grosseiros nas costas do 9º Ancião dos Xiaos enquanto expressava à sua própria maneira seus elogios.

O tio Chan não se importou com a falta de formalidade, pois retribuiu o gesto devolvendo os tapas e gargalhando alto.

Outro que se mostrou bastante animado foi o Patriarca Enlai. Após o descuido de Xiao Ning, ele ficou bastante tenso, procurando sombras onde não existia com o canto dos olhos, mas quando a transformação de Shui aconteceu sua postura relaxou e seu rosto assumiu uma expressão descontraída.

― Parabéns, irmão Chang! ― disse ele. ― Agora a pequena Shui vai se tornar ainda mais poderosa.

― O Patriarca tem toda razão, tem razão! ― repetiu o tio Chang não escondendo a imensa alegria que sentia. ― Agora ela pode até mesmo vencer este festival ― brincou.

― Você sabia que isto iria acontecer? ― questionou a 7ª Anciã Huo cujo rosto demonstrava certo espanto. ― Ela exibiu algum sinal de que iria se tornar uma Cultivadora Elemental?

― Se teve sinais, eu não percebi ― confessou o pai desatento. ― É verdade que sua Energia Espiritual vinha aumentando rápido nos últimos dias, mas pensei que isso fosse um efeito da pílula feita por Ning.

― Parece que ela vai superar o pai e o irmão. ― Quem fez tal comentário foi um sujeito que até o momento havia se mantido quieto e distante. O 8º Ancião Wing não conseguiu ignorar o assunto envolvendo o Alquimista ou ao menos fingir que não tinha importância, igual os demais fizeram. Mesmo agora, sua voz soava forçada e um tanto ansiosa. ― Desse jeito, mesmo a Seita Elementária irá tentar recrutá-la.

― Ah! Que os Deuses te ouçam! ― exclamou o tio Chang, fascinado com a sugestão. ― Seria uma grande honra. Pode apostar. Uma honra!

Não eram apenas os mais velhos que estavam animados com o acontecido. Ao longo de todo o palanque os jovens cochichavam entre si, impressionados e admirados com o acontecido.

― A Família Xiao foi muito abençoada este ano ― dizia Zhan Xin Qian.

― Será que a irmã Xia vai perder? ― questionava Xu Meifen, que tinha dúvidas autênticas referente a conclusão do atual duelo.

― Que grande fortuna! ― exclamou Qin Delun, comovido. ― Eu também queria me tornar um Cultivador Elemental.

No lugar ocupado pelos Xiaos, a filha da 7ª Anciã se encontrava grudada no parapeito, fitando a amiga com olhos expectantes. Havia inveja em seu rosto, admiração e até um singelo orgulho podia ser notado.

― A irmã Shui agora é uma das cultivadoras mais importantes da nossa Família ― afirmou.

― Ahahaha! Minha irmãzinha é demais ou não é ― vibrava Xiao Chan, tão alegre quanto o pai.

E Xiao Li compartilhava de sua alegria, pois se virou para encarar o irmão mais velho da amiga com um expressivo sorriso no rosto antes de falar:

― Agora ela é a segunda Cultivadora Elemental da nossa Família ― informou, emocionada.

― Segunda? Quem é a outra? ― questionou Xiao Ning, que diferente dos demais não ria e nem comemorava o acontecido.

― O 1ª Supremo-Ancião Feng ― respondeu Li.

― O Supremo-Ancião não é um Cultivador Elemental ― disse Xiao Chan, que logo tratou de corrigir a colega.

― É claro que é ― insistiu Li, certa de que tinha razão. ― Minha mãe falou.

― Mas eu ouvi dizer…

Os dois entraram em uma discussão para determinar quem estava certo. Enquanto isso, Xiao Ning permaneceu apenas como um espectador. Em nada poderia contribuir no assunto e pouca coisa sabia a respeito dos cultivadores dos Xiaos, tirando o nível de Energia Espiritual em que a maioria se encontrava.

Seja como for, uma coisa era certa, estavam todos empolgados para saber como a batalha seguiria daqui para frente. Com Xiao Shui evoluindo para o Reino do Despertar, isso a colocava muito próxima de sua rival, mesmo sendo uma evolução tão recente. Além do mais, o fato de ter Despertado um Elemento fazia sua força se tornar ainda mais temível.

Antes, a luta oscilou bastante, tendo horas em que as duas se igualavam e momentos nos quais Xu Xia se sobressaia. Mas agora a disputa tinha se renovado e a expectativa direcionada às duas crescido.

A certeza de quem sairia vitoriosa ou perdedora havia se extinguido e a dúvida criada fazia o coração do público vibrar de emoção.

No palco, Xu Xia conseguiu livrar suas pernas da camada de gelo que a prendeu usando sua Energia Espiritual e sem demoras se afastou o mais rápido possível, tirando proveito da desatenção de sua oponente e fugindo para um lugar seguro, no qual pudesse executar seus ataques.

A expressão em seu rosto se encontrava tomada por cautela e espanto. Sua postura estava alerta, com o tronco ligeiramente inclinado e os braços erguidos na frente do corpo numa posição defensiva. Foi uma mudança inesperada e diante da dificuldade que já enfrentava, nada bem-vinda. Ao seu redor, os pontos brilhantes restantes oscilavam, prontos para agir, mas ela não queria tomar uma ação imprudente e acabar gerando um problema que lhe custaria a vitória.

Nesse meio tempo, Xiao Shui permanecia paralisada, encarando a espada e o piso coberto de gelo. Seu corpo estava tomado por cristais de gelo, porém o frio se mostrava um presságio distante. Não tinha qualquer efeito sobre sua condição, era como uma manta cálida e confortável.

Gritos empolgados se espalhavam por toda a cidade. A euforia e a ansiedade haviam se apoderado do público que desejava ver um confronto marcante, inesquecível, protagonizado por duas Despertadas.

Foi então que de repente Xiao Shui largou a espada. Seu corpo tremia, mas não era o frio que lhe causava os calafrios. Contrária a todo o resto, a expressão em seu rosto não era de satisfação, entusiasmo, prazer e muito menos felicidade. Seu semblante havia se afundado em medo e desespero, os olhos tomados por uma vontade abominável de se entregar às lágrimas.

Ela estava em choque, perturbada por uma assombração que pertencia somente aos seus pensamentos. Tão profunda era sua aflição que por um longo tempo permaneceu paralisada, sem reações. Sua atitude foi tão estranha que levantou olhares indagadores de todas as partes. Mesmo Xu Xia se permitiu baixar a guarda, questionando o que poderia ter acontecido.

Xiao Shui permaneceu estática por algum tempo e então, do nada, começou a arrancar os cristais de gelo cobrindo o seu corpo com extrema violência, balançando o cabelo e o corpo sem se importar se estava parecendo uma louca, como se odiasse tudo aquilo. Quando enfim terminou, ofegante, olhou para o árbitro e falou:

― Eu desisto!

E assim, dispensando desculpas ou qualquer coisa do tipo, ela saiu do palco, deixando a espada para trás, caída, coberta de gelo.

A desistência abrupta surpreendeu a todos, deixando-os com o questionamento do que poderia ter acontecido. Por um instante, Xu Xia ficou sem reação. Olhava perdida para o lado, como se estivesse verificando se outras pessoas também tinham escutado o que escutou. A batalha estava tão intensa que a rendição pareceu mais uma armadilha para fazê-la baixar a guarda do que outra coisa.

Mas ficou claro para todos que não se tratava de uma artimanha quando Xiao Shui desceu do palco e saiu abrindo caminho entre a multidão, ignorando os pedidos de atenção que seus admiradores faziam enquanto passava atropelando quem se colocava em seu caminho.

Neste ponto o árbitro responsável pela partida subiu na arena e anunciou, confirmando o que todos já sabiam:

― A vencedora é Xu Xia! ― Depois de dizer isso, ele pegou a espada caída no chão e saiu, tomando todo o cuidado para não escorregar na camada de gelo que cobria o piso.

A campeã, ainda sem entender direito o que tinha acontecido, também desceu da arena e voltou a esperar pela próxima disputa no meio dos espectadores.

No palanque, o tio Chang tinha uma expressão curiosa no rosto, com as sobrancelhas juntas, a testa enrugada e os olhos acompanhando a filha indo na direção contrária daquela em que estava no momento.

― Acho melhor eu ir ver se aconteceu alguma coisa ― disse ele anunciando que estava para sair.

― Se o tio quiser, eu posso ir ― voluntariou-se Ning.

― Não. você fica aqui. ― O 9º Ancião negou a oferta. O afilhado era o único que não poderia sair desacompanhado, dado as atuais circunstâncias. ― Algo deve ter acontecido durante o avanço e ela pode estar precisando de ajuda, afinal não é normal alguém evoluir durante uma batalha. ― Terminando de falar, ele se virou e saiu, mas não antes de ter certeza de que alguém cuidaria do Alquimista em sua ausência.

Enquanto isso, para a felicidade dos competidores que conseguiram prosseguir para a semifinal, eles teriam um intervalo maior para descansar e recuperar as forças, pois além de atualizar a faixa que trazia os nomes de todos os participantes, seria preciso derreter o gelo que cobria o chão. Uma equipe logo foi designada para essa tarefa, mas o trabalho de derreter e depois secar tudo a fim de evitar acidentes desnecessários acabou consumindo um período excessivo.

Levou algum tempo, mas no fim o cartaz atualizado foi pregado na estrutura do palanque, trazendo as seguintes informações:

E então, quando todos os preparativos terminaram, a convocação para a próxima disputa foi feita:

― Os participantes Qin Yanyu e Xu Jong podem se apresentar agora!

O tumulto gerado pelo anúncio foi instantâneo. Era impressionante assistir todos aqueles jovens lutarem para conseguir uma boa colocação no festival, vê-los usando tudo o que aprendeu nos treinamentos e ainda se desafiando para se superar, mas nada se comparava a testemunhar a apresentação de uma estrela.

Jong não era apenas o campeão do último Festival da Geração do Caos, era também o maior prodígio da Família Xu ― na verdade, o maior prodígio entre todos os jovens nas últimas décadas ― uma grande promessa que carrega a esperança de ultrapassar as lendas do passado e superar os nomes do presente.

No ano anterior, quando ainda tinha quatorze e já havia se tornado um cultivador do Reino do Despertar, suas demonstrações ao longo das partidas chocaram a todos, fazendo com que muitas Seitas poderosas o desejassem, mesmo ele tendo escolhido permanecer na cidade. E agora, na 2ª Camada com apenas quinze anos, as expectativas sobre ele eram imensas. Esse era um feito não inédito, porém conquistado por poucos ao longo de centenas de anos.

Não havia dúvidas para ninguém que Xu Jong é um grande praticante e que no futuro conquistará façanhas insuperáveis. Mas no momento, a única coisa que todos desejavam saber era o quanto esse jovem promissor tinha evoluído ao longo desse ano que se passou.

O público gritava extasiado. Chamavam pelo nome daquele considerado o jovem mais forte. No alto, as curiosas figuras que vinham de longe à procura de talentos voavam ansiosas.

Depois da convocação do juiz, como era de se esperar, a primeira a chegar foi Qin Yanyu, que ao se posicionar na arena mostrou toda sua animação através de um olhar destemido. Estava empolgada para essa disputa, afinal seu adversário era alguém cuja força se fazia bastante conhecida. Essa seria uma luta difícil, mas a derrota sequer rondava seus pensamentos. Tinha plena confiança na própria força e daria o máximo de si para ser a única a permanecer de pé.

E diferente do que aconteceu na maioria de suas partidas, o oponente não demorou para se apresentar e nem mesmo se acovardou diante do confronto.

Durante sua breve caminhada até a arena, Xu Jong experimentou certa dificuldade, pois diversas pessoas entraram em seu caminho desejando receber alguma atenção ou ganhar um aperto de mão daquele que estava prometido para moldar o futuro da cidade. Mas ele continuou avançando e apenas direcionou um singelo sorriso aos seus admiradores.

Apesar de já ter alcançado os quinze anos, seu rosto era mais jovem do que a idade indicava ser ― aparenta ainda estar no começo da pré-adolescência, com onze, talvez doze anos. Seu corpo era alto e esguio, do tipo que se vê quando uma pessoa passa por uma acelerada fase de crescimento. Os braços e pernas eram magros, desprovidos de musculaturas mais desenvolvidas. Ele vestia roupas bem ajustadas, que indicavam terem sido escolhidas a dedo para o seu tamanho.

Sua aparência no geral não era nada chamativa, extravagante e nem requintada, mas se fazia notável que havia dedicado algum tempo para se arrumar. Um exemplo disso era o seu cabelo curto, penteado para trás e que brilhava à luz das lanternas como se alguma substância tivesse sido usada para deixá-lo no lugar perfeito, esticado e amassado ― na ordem. No geral, era o típico penteado que uma mãe faz para deixar o filho apresentável.

Quando subiu na arena, Xu Jong não buscou uma posição para ficar da maneira que era de se esperar. Ao invés disso, ele foi direto para o local em que Qin Yanyu estava e parou ao seu lado. Ela, por sua vez, olhou de esguelha, estranhando o acontecido, mas resolveu não questionar e se limitou a afastar alguns passos.

Porém, assim que ela se afastou, Jong a seguiu e mais uma vez parou ao seu lado.

― Dá um pouco de vergonha, não é… ― De repente ele começou a falar, agindo como se estivesse conversando com um conhecido. ― Ficar na frente de tantas pessoas ― concluiu.

Qin Yanyu o encarou por meio de um olhar estranho. Não entendia o motivo para tanta intimidade com alguém que teria de lutar contra dentro de poucos instantes.

― Minhas mãos estão até soando. Olha! ― disse ele jogando os dedos suados na cara da adversária.

― Eu já estou acostumada ― afirmou Yanyu, que mais uma vez afastou alguns passos.

― Ahaha! Sério mesmo? ― Xu Jong esboçou um sorriso sem graça. ― Para ser sincero, eu não queria que chegasse minha vez tão cedo. Eu fico pensando que se fizer alguma coisa errada todo mundo vai ver. Já imaginou escorregar e cair de bunda no chão? As pessoas vão rir e falar disso para o resto da minha vida.

Essa era uma interação muito esquisita. Ela não entendia o motivo daquela familiaridade toda e ouvir tais coisas do favorito para campeão era, sem sombra de dúvida, muito estranho.

― No ano passado ― ele continuou ― durante minha primeira luta, fiquei tão envergonhado que até hoje não lembro do que aconteceu direito e no final… dei muita sorte de ganhar. O problema é que agora parece existir ainda mais pessoas me assistindo. Minhas pernas tremem só de imaginar.

Qin Yanyu estava ficando desconcertada por causa da maneira amigável com que seu rival agia. Os dois não eram íntimos e ela jamais deu a entender que poderiam ser amigos ― disso tinha certeza ― até porque eles eram de Famílias opostas e foram poucas as vezes que estiveram no mesmo ambiente e em nenhuma dessas ocasiões trocaram mais do que cumprimentos.

Mesmo assim, ali estava ele expondo suas fraquezas e tentando se aproximar de uma maneira nada convencional para um evento competitivo.

Ela se mostrou bastante relutante no começo, mas depois de escutá-lo falar tanto, acabou cedendo e decidiu adicionar algo à conversa.

― É só você não ficar olhando para as pessoas. Concentre-se no que está acontecendo aqui, que logo esquecerá da multidão ― aconselhou. ― Se eu ficasse pensando nas pessoas que estão assistindo, também ficaria nervosa.

― Oh! Você é tão atenciosa. Obrigado pela dica. Agora entendo porque meu irmão parece gostar de você.

― Hm… Seu irmão? ― De tudo que ele tinha dito até então, essa foi a coisa mais estranha para Qin Yanyu.

― Ele não falou de mim? ― Xu Jong esboçou um meio sorriso. ― Bem, acho que não é tão surpreendente assim, já que ele é um pouco “desligado”.

“Um pouco desligado”

Essa alegação despertou a imagem de um rosto que tomou conta dos pensamentos de Qin Yanyu. Embora não fosse uma descrição precisa, daquelas que conhece, só existe uma pessoa que se enquadra na palavra “desligado”.

― Seu irmão é o Xu Guiren? ― exclamou, surpresa.

― Sim ― confirmou Jong, meneando a cabeça.

― Vocês não se parecem nem um pouco! ― grunhiu ela, tendo dificuldade para acreditar na afirmação.

― Mesmo? ― indagou abrindo os olhos numa legítima expressão de surpresa. ― Meus pais dizem que somos iguaizinhos. Bem, meu irmão é um pouco distraído, mas ele é muito esperto ― declarou, confiante na alegação. ― E ele também é muito bom com garotas. ― Nesse ponto, Xu Jong apertou os olhos e esboçou um semblante significativo que veio acompanhado de um sorriso insinuante.

Sua atitude chamou a atenção de Qin Yanyu que por um segundo se permitiu esquecer a surpreendente descoberta e indagou:

― Como assim? ― falou, intrigada.

No entanto, antes que uma resposta fosse dada, uma agitação começou no canto da arena e a árbitra, Zhan Ju, subiu.

― Ah! Parece que vai começar ― observou Xu Jong. ― Acho melhor eu me posicionar ― dizendo isso ele se afastou.

Qin Yanyu ficou bastante curiosa com o que tinha escutado, mas agora não era o momento certo para pensar nesse tipo de coisa.

― O primeiro confronto da semifinal que será entre Qin Yanyu, 1ª Camada do Reino do Despertar, e Xu Jong, 2ª Camada do Reino do Despertar, começa agora.

Niveis do Cultivo: Mundano; Despertar; Virtuoso; Espirituoso; Soberano do Despertar; Monarca Místico; Santo Místico; Sábio Místico; Erudito Místico.

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