Vida em um Mundo Mágico - Capitulo 21
Em uma época onde o mundo vivia em guerra, em uma missão de espionagem ordenado pelos humanos para descobrir uma arma secreta dos elfos, foi o berço de uma conexão nunca criada antes.
Os humanos conseguiram se infiltrar com facilidade, não tinha muitas diferenças óbvias entre um humano e um elfo, usar uma orelha longa falsa era fácil, afinal os humanos sempre foram bons em truques sujos.
Em uma dessas missões um soldado encontrou um pedaço de cristal, o cristal era verde fluorescente, o homem fardado não sabia o que fazer com aquilo pois não parecia ser nada importante para os elfos já que ele encontrou em um local aleatório jogado no chão. Era uma grande tumba subterrânea, aquele cristal estava jogado por lá.
Então o soldado decidiu guardar o cristal em suas vestes, talvez sua esposa gostasse daquilo e aceitasse como um presente, querendo ou não era muito bonito.
— Senhor Han! Tem alguma coisa se aproximando! — gritou um soldado
Seu aviso veio tarde demais, o soldado foi esmagado por uma clava deixando apenas uma poça de sangue no local. Aquilo era uma armadura viva com um escudo em uma de suas mãos e uma clava gigante na outra, seus olhos brilhavam em vermelho quando ele localizava um inimigo.
— Droga, não podemos derrotar isso!
— Aqueles desgraçados sabiam que estávamos aqui?!
Os humanos naquele tempo não tinham muita afinidade com suas habilidades então sempre escolhiam usar um combate corpo a corpo. Mas contra um oponente como aquele as suas artes marciais seriam inúteis, faltava poder por trás de seus golpes.
Os elfos eram inteligentes e podiam criar tecnologias avançadas para a época, como aquela armadura poderia se mover era um mistério para os humanos, mas para os elfos era um tipo de robô. Engenharia não era o forte dos elfos, então suas masmorras e construções tinham muitas falhas.
Han era o homem que estava encarregado de liderar o grupo, mas devido a sua idade avançada ele não podia fazer nada contra aquilo, ele sabia seus limites mesmo sendo um dos melhores artistas marciais dos humanos naquela época.
Ele não tinha escolha senão recuar e voltar para seu reino com as mãos vazias, mesmo assim aquilo seria melhor do que deixar seus homens morrerem. Mas quando tentaram correr aquela armadura viva avançou contra eles, Han quase perdeu sua perna no ataque, não foi grave mas ele não conseguia mais se mover com maestria.
Os soldados quando viram Han cair no chão ferido tentaram ajudá-lo, mas a criatura estava tão perto que os fez tremer de medo. Aquilo tinha mais de 5 metros de altura, mesmo relutantes os 4 soldados que estavam ali correram e deixaram seu comandante para trás.
No chão Han podia sentir que tinha alguém o observando, ele tinha certeza de que os elfos estavam escondidos em algum lugar esperando ele morrer para se revelarem. Aquelas criaturas gostam de se manter escondidas e atacar seus inimigos em um momento de fraqueza.
— Maldição..— ele disse tentando caminhar —, o pior é que não posso nem culpar aqueles idiotas…
Ele se encostou em uma parede e ficou lá, não tinha como ele voltar pelo caminho que veio, havia uma grande escadaria lá. Ele sabia que morreria ali de qualquer jeito, então ele aceitou e ficou parado esperando o próximo ataque da armadura.
Ele queria ver o rosto de sua esposa mais uma vez, tinha uma foto dela em seu casaco, mas a correria o fez cair no chão. Naquele último segundo ele recolheu seu casaco antes da criatura atacar, o cristal que ele tinha pego estava brilhando, ou melhor, crescendo.
No momento em que a clava estava prestes a esmagar a sua cabeça o cristal se rachou e uma fumaça negra cobriu o ambiente, o soldado fechou seus olhos segundos depois. Ele podia jurar que havia morrido ali, não tinha como ele sair vivo seria um milagre, mas para sua surpresa um milagre aconteceu.
Ele abriu seus olhos e viu que ainda estava vivo, não entendendo ele olhou para a criatura que estava prestes a tirar sua vida, mas tudo que viu foi uma figura pequena nua, sua pele era branca e lisa, em seus pés e mãos haviam garras pretas, seu rosto se assemelha a de uma garota com olhos dourados, seus cabelos eram de uma cor verde claro.
A clava da criatura que era três vezes maior do que ele foi parada no momento em que acertou a cabeça daquela criança. Mesmo com toda a sua força, aquela criança não se movia do lugar, a garota também não estava reagindo só observando o soldado incrédulo no chão.
Mas o monstro pressionando sua clava sobre sua cabeça começou a incomodá-la um pouco, sua expressão que estava serena e sem nenhuma emoção começou a mudar para uma de ódio.
Com sua mão ela segurou a clava e a cortou em picadinho com suas garras. A armadura tentou se defender do próximo ataque com seu escudo, mas a mão da garota simplesmente ignorou sua defesa e atravessou o escudo como se ele não estivesse alí.
*O que é isso? Como é tão forte?*
Aquilo não fazia sentido, um monstro com mais de 5 metros de altura, com uma defesa incrível está sendo derrotado por uma garota que era menor do que Han. Ela esmagava sua armadura apenas com a força do aperto de sua mão, seus dentes arrancavam pedaços do monstro com facilidade.
Em alguns segundos de luta aquela armadura foi derrotada, ou melhor, foi devorada. Não sobrou nada além dos pés, toda a parte de cima de seu corpo simplesmente desapareceu.
O homem então percebeu que aquilo veio do cristal que estava em suas roupas, uma criatura que nasce de um cristal mágico, só existe uma raça com essa capacidade.
— Um… Metamorfo?
Quando a garota ouviu isso voltou a encarar Han, ela se sentou igual a um cachorro em sua frente e olhava no fundo de seus olhos. Sua expressão estava calma, sem nenhuma emoção em seu rosto.
A garota esticou seu braço e puxou o casaco de Han para perto, ela pegou uma foto em que Han estava do lado de sua esposa, ela encarou a foto por um momento e entregou para Han sem demonstrar nenhuma agressividade.
Quando Han pegou a foto ela juntou suas mãos e fez alguns movimentos leves batendo as palmas uma na outra. Ela parecia estar feliz que Han entendeu que ela queria que ele pegasse a foto.
— Você me ajudou porque foi acolhida por mim quando…. você era uma pedra?
Ela não parecia ter entendido o que ele disse, mas mexeu sua cabeça para a esquerda e para a direita, como se estivesse pensando em alguma coisa.
— Pedra. — ela falou
— Isso! Você… Pedra. Entendeu?
— Você pedra, entendeu?
Ela estava imitando o que ele dizia, mas em sua segunda tentativa ela conseguiu até mesmo fazer um tom de pergunta. Ela não sabia o que estava falando, mas tinha uma ideia de alguma forma.
— Fala sério… Já estou velho pra essa merda… — ele disse sorrindo, mas seus olhos estavam lacrimejando um pouco
Ele estava feliz de estar vivo e sentiu uma gratidão com aquele metamorfo em sua frente. Como ela não demonstrava nenhum interesse em matá-lo, ele pensou que talvez ela pudesse ajudá-lo a sair daquele lugar.
— Velho de merda! — ela disse com um sorriso no rosto
— Agora você acabou de me insultar sem motivo nenhum e nem foi isso o que eu disse.
***
Zara teve seu peito perfurado por uma garota de cabelos azuis, mas ela não parecia estar incomodada com aquilo, apenas surpresa.
Ela segurou o braço da garota com sua mão direita e com a esquerda ela quebrou seu braço. Sem dar tempo para outro ataque, ela deu uma cotovelada no meio da cara dela fazendo seu nariz sangrar muito.
O garoto tentou atacar mas ela deu um chute baixo e o impacto o fez ficar de ponta cabeça no ar, logo outro chute veio, acertando seu rosto.
Zara então me abraçou e saltou para longe. Ela queria me levar para longe do perigo. Quando ela me soltou eu apenas me sentei no chão, não conseguia me mexer.
— Ei, você está bem? — ela perguntou
— ….
— Olha só, eu estou bem, está vendo?
— B-e-m… Você… está… bem? — eu disse com uma voz de choro
— Sim, estou bem. Não precisa chorar, ok?
Eu não sabia o que estava acontecendo, meu corpo parou de me obedecer e eu estava falando coisas sem eu querer. Minha visão estava ficando vermelha, mas Zara estava bem, aquilo não vai matá-la certo? Então por que eu estou tão preocupado?
Será que esse corpo está agindo sozinho por ela ser aquela de onde ele veio? Eu nunca tive problemas com ele até este momento, mas preciso me concentrar e voltar ao normal.
— Aí está você!
— Aquilo doeu pra caramba…
Aqueles dois voltaram, os ataques que Zara deu neles machucou tanto que os olhos deles estão lacrimejando, o nariz da garota até quebrou com aquela cotovelada e seu braço também está imóvel pois foi quebrado.
— Vocês dois, são San e Sen, não são? Os filhotes daquele rei de Bahad? — perguntou Zara
— Correto! Nosso papa nos mandou eliminar vocês dois! Eu sou a San por sinal!
— Isso mesmo, usando nossa tecnologia nós cancelamos os seus poderes! Eu sou o Sen por sinal!
— Tecnologia? Vocês não usam suas habilidades?
— Claro que não! Por que faríamos isso? Nossa tecnologia é superior a essas coisas, não é irmão?
— Sim! Com ela nós podemos fazer isso….— ele parou e olhou para San—, posso fazer aquilo irmã?
— Claro que pode meu garoto!
E então, clones, clones e mais clones, eles estavam pintando a floresta de azul com tantos clones que estavam fazendo. Eles não usavam habilidades, nem mesmo armas, apenas desativam os poderes do oponente com algum dispositivo e depois partem pra cima com milhares de clones.
— Hmm… Que truque interessante, mas é inútil.
— Você está blefando..— uma explosão ocorreu, dizimando boa parte dos clones —, mas que merda é essa?
O braço de Sen foi levado junto de seus clones, parecia que toda a floresta foi embora também, todas as árvores desapareceram até mesmo parte do solo deixando uma bela vista do horizonte, dava para enxergar até às montanhas que estavam distantes daquele local.
Zara então abaixou a sua perna e quando bateu seu pé no chão fez um som estrondoso, como se estivesse ocorrendo um terremoto ali. Ela deu um chute, um chute muito forte.
— Você se clona e tira todas as habilidades que a Voz me deu. E daí?
É mesmo, metamorfos são muito poderosos fisicamente. Eu mesmo não estou no mesmo nível de Zara, mas me lembro que no meu primeiro dia nesse mundo um soco com força total meu mandou um homem voando por quilômetros de distância. A tendência seria ficar mais forte conforme envelhecemos graças a habilidade 『Adaptação』, Zara tem 35 anos e é um metamorfo classe S. Mesmo que tirem seus poderes concedidos pela Voz, ela ainda possui habilidades de espécie, esses dois não podem matá-la.
— Normalmente bruxas não são fortes em combate corpo a corpo. Mas parece que você é diferente, então que tal isso?
San levantou sua mão e o tempo começou a fechar, nuvens escuras se formaram no céu e raios estavam começando a cair. Zara me abraçou para me proteger do que viesse, Sen então usando um pequeno robô apagou o solo embaixo de nós, deixando a gente em um poço.
— Essa é a 『Lança Sagrada』. Os monstros são fracos contra elementos sagrados, inclusive essa habilidade é mais forte conforme a energia usada para invocá-la. Como quem está fazendo isso é uma máquina com energia ilimitada, o quanto você acha que vai doer?
Um clarão cobriu toda a minha vista, eu fechei meus olhos esperando o impacto mas no final eu apenas ouvi Zara soltando um grito de dor, o dano estava focado nela, então eu não sentia tanta dor assim. Mas os raios continuavam caindo, um após o outro.
Minha mente estava ficando branca, estava tão branca que eu já não estava escutando mais nada. Eu me sentia caminhando sobre um lago, calmo e silencioso, apenas eu.
— Você está feliz agora?
Essa voz eu reconheço, sou o eu deste mundo, Jarabahad. Eu voltei com o meu corpo antigo, com meu cabelo bagunçado e castanho, com minhas roupas nem um pouco estilosas.
— O que?
Eu estava de frente para mim mesmo, aquele monstro estava falando comigo, mas ele era diferente. Era mesmo Jarabahad, mas seus olhos estavam vermelhos.
— Estou perguntando se conseguiu essa felicidade que queria, Victor. O meu corpo te ajudou a chegar pelo menos perto do que você queria?
— Seu corpo? Você sou eu, não é?
Ele suspirou e virou seu rosto, parecia estar irritado com minha resposta. Sim, ele estava furioso só de olhar para a minha cara.
— Eu te odeio. Você é fraco, indeciso, se prende a coisas inúteis, machuca quem está perto, tudo seria melhor se você não existisse. Por que está aqui?
— O que está dizendo? Eu estou aqui para melhora..! — ele me interrompeu com um soco em meu estômago —, o que foi?!
— Mas você não melhorou em nada! Você faz ideia do quanto eu estou furioso só de olhar para você?! Acho que consigo entender o motivo do nosso pai ter nos deixado para trás, quem iria querer cuidar de um inútil como você?
— O que está dizendo?
Ele me segurou pelo colarinho da minha camisa e me puxou para perto.
— A nossa mãe engravidou de você quando tinha apenas 14 anos, ela passou por muitos problemas, a vida dela virou o próprio inferno por causa de você, mas mesmo assim ela te criou até a fase adulta com um sorriso no rosto. Isso é tudo o quê você consegue fazer para retribuir? Não conseguiu nem mesmo se tornar um adulto normal, parece que virou alguém destinado ao fracasso.
— Eu… Eu tentei….
— Eu sei que você tentou, mas o que adianta se tudo que você faz você faz errado? Você acha mesmo que tem o direito de ser feliz? Você tentou orgulhar a nossa mãe, admito que você tentou, mas agora que você está aqui, vivendo essa sua falsa felicidade você em algum momento pensou no que ela sentiu quando acordou de manhã e viu que você não estava mais lá?
Meu corpo gelou, meus dedos estavam tremendo. Eu estava lutando para segurar o choro, mas estava difícil, muito difícil.
— Eu… Não…. Eu não queria…
— Isso mesmo, você não queria pensar, não é?
Aquele cara, sabia dizer tudo que eu pensava, ele sabia verdades sobre mim que eu nem imaginava que existiam e estavam jogando na minha cara. Sem perceber, lágrimas começaram a sair dos meus olhos e eu não sabia mais de nada, simplesmente me senti chorando como um bebê recém nascido.
*Oh! É um menino!*
*Que fofo! Tem os olhos da mãe.*
Essas vozes são do dia do meu nascimento. Essas memórias estavam invadindo a minha cabeça com tudo naquele momento.
*Ei Victória, por que você deu o nome dele de “Victor”? Não é comum demais? Não me diga que foi só pra combinar com o seu nome, se for você realmente ainda é uma garotinha.*
*É porque eu quero que ele seja um vencedor. Que seja vitorioso, por isso que eu vou cuidar dele até lá.*
*Como que uma criança como você pode ser mãe tão cedo? Mas não se preocupe, sua irmãzona aqui vai te ajudar como puder. Foque nos estudos, certo?*
Tia, tenho várias memórias dela, sempre brincava comigo quando eu era pequeno. E sempre vinha com aqueles papos vergonhosos sobre tipo “como vão as namoradinhas”. Também sempre brigava comigo por não ser nenhum especialista em moda.
*Victor olha só! Teve festa junina na minha escola e eu fui a noiva, o que acha do meu vestido?*
Ela sempre parecia estar feliz quando falava comigo. Não me lembro uma vez que não estava, fazendo perguntas deste tipo para um bebê de 2 anos era estranho, mas ela gostava de conversar bastante.
*Ei, quer ir ao mercado comigo?*
*Você tem um passeio na escola, tem certeza que não vai? Eu te dou permissão.*
*Como foi seu dia?*
*Então? Você fez muitos amigos?*
— Me desculpe…. Eu não fiz muitos amigos! Eu não…. Eu não fiz nada…
*Está tudo bem, você não precisa ser bom em tudo, também nunca fui bom em matemática. Mas não desista tão cedo, tá bom?*
A sala branca estava desaparecendo, conforme eu chorava deitado no chão cobrindo meu rosto com meus braços.
*Você se machucou?*
— Ei, você se machucou?
Quando eu abri meus olhos ainda embaçados por ter chorado muito, eu vi Zara deitada de frente pra mim, seu corpo estava se desfazendo aos poucos, mas ela estava com uma expressão tão pacífica.
— O que você está fazendo? Você vai morrer….
— Não tem problema. Se você conseguir continuar vivo já está bom para mim. — ela disse tentando sorrir
— Mas se eu sair… Aqueles dois vão me matar do mesmo jeito.
— Se o meu esforço te deu mais um minuto, ou mais um segundo de vida, quer dizer que fiz um bom trabalho, não é?
*O que está dizendo? Eu não entendo, você é superior a mim, por que está tão determinada em me salvar?*
Estávamos soterrados por pedras, eu não podia me mover, provavelmente Zara também não tem mais forças para se mexer, quantos ataques ela levou para ficar neste estado?
— Uma vez eu perguntei para uma mulher especial para alguém que era especial para mim, “o quê é esse amor, que você tanto fala”. Eu não entendi o que ela disse na época, o amor verdadeiro é aquele que você morreria para deixar a pessoa que ama viva, nem que seja por um segundo a mais então….
Os olhos dela estavam se fechando aos poucos, o seu abraço estava ficando mais frouxo. Mas ela continuou mesmo assim.
— Acho que entendi agora…. Eu amo você….
E então seus olhos se fecharam e sua respiração parou. Mas ela estava com um sorriso leve no rosto, ela estava feliz de morrer assim?
Seu corpo estava desaparecendo, igual aconteceu com o demônio da neve. Eu me esforcei, mas consegui tocar seu rosto com minha mão esquerda.
Ela ainda estava quente, eu tirei seu cabelo do seu rosto para que eu pudesse vê-la bem.
— Mãe… Mãe… Mãe… Mãe…
Eu continuei acariciando seu rosto enquanto a chamava, eu a chamei e a chamei. Não estava preocupado com aqueles dois lá em cima, naquela hora eu só queria paz, mas eu estava com raiva, com muita raiva.
*A minha mãe morreu…. Ela morreu….*
Com raiva de muitas coisas. Com muita raiva mesmo, era certo dizer que nunca fiquei tão irritado na minha vida, toda a raiva que eu senti na minha vida não se comparava com aquilo. Aquela era a primeira vez que eu fiquei irritado de verdade.
Mas no fundo eu não sabia quem estava falando, eu me sentia como se estivesse outra pessoa me controlando.
*» Indivíduo Victor Jarabahad foi aprovado para evoluir. Preparando evolução… Iniciando…«*
*Eu quero matar eles, posso matar eles? Eu não me importo se são filhos do rei, vou matar ele também….*
Minha visão ficou completamente vermelha, mas logo se estabilizou. Eu estava sentindo meu corpo se curando.
*» Evolução para classe S 『Suprema Metamorfose』 concluída. Condições atendidas, arma 『Shapeshifter』 adquirida.«*
*Boa noite, Victor. Durma bem.*
Naquele momento, com aquela última memória, Victor dormiu deixando apenas Jarabahad para trás.