Você Foi Humilhado! - Capítulo 6.2
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- Capítulo 6.2 - Então vamos disputar quem é o mais sanguinário
Persistimos na luta, e com a valiosa informação que obtive ao continuar nosso confronto, comecei a igualar minha performance com a dele.
— Como é possível? Como você sabe qual habilidade vou usar?
— Eu evoluí, seu inútil.
— Quê?!
— Você deveria ter me matado quando teve a chance, mas agora acabou para você.
— Arrrggghhh! Como é possível? Eu deveria ser superior a você. Me diga o que tu fez, humano!?
— Simplesmente fiquei mais forte.
— Impossível!!! Eu sou igual a você.
— Nunca foste. Agora vou te mostrar a diferença entre o nosso poder. Speed Iz Brute force. LHIAAAAAAAAHAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!
— Impossível! Não tem como usar ao mesmo tempo.
Enquanto soltava gritos e forçava meu corpo a atingir um novo nível, o demônio demonstrava incredulidade diante do que presenciava. O desespero tomava conta de sua expressão facial.
— Speed Iz Brute force alcançado!
— Mas devia ser impossível!
— O impossível não existe para um Mira.
— Que diabos é esse mira!?
— Mira o cu que eu vou esfolar a sua vida. Quarta forma Kotxi Veloz!
A cópia virou as costas e começou a fugir desesperadamente, mas no instante em que me movi, uma surpreendente velocidade me tomou de assalto. Minha intenção inicial era desmembrá-lo meticulosamente, mas acabei dividindo-o ao meio de forma abrupta.
— Arrrrgggggghhhhh!
— Você foi humilhado!
Caminhei lentamente até o demônio, agachei-me, segurando-o firmemente pelo cabelo, e fixei meus olhos nos dele.
— No fim, a sua derrota já estava escrita por mim.
— Impossível…
O corpo da cópia desvanecia-se gradualmente, e o local começou a tremer.
— Impossível! Impossível! Impossível!
Essa voz continuou ecoando por cerca de um minuto, no entanto, eu permaneci calmo e me curando, preparado para agir no momento apropriado perante a situação.
— Morra de uma vez! — declarei, deixando minha intenção assassina se manifestar.
O ambiente começou a se transformar em uma substância viscosa e amarela, semelhante ao que tinha visto anteriormente, enquanto os lamentos do demônio ecoavam, evidenciando sua agonia ininterrupta.
— Não quero morrer, por favor, não me mate, não me mate!!
— Mato sim.
Pulei e ativei o meu speed Iz Brute force em pleno ar.
— Primeira Forma especial. Kotxi giratório de chamas consecutivas.
Com essa técnica, desferi uma série de ataques contra a substância viscosa que continuava a se contrair a cada momento.
— HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!
Quando pousei no chão, fui tomado pelo inconfundível aroma de pessoas conhecidas. Ui começou a correr em minha direção, seus braços estendidos de forma desajeitada e sem nenhuma postura defensiva. O que ela estava tentando fazer? Eu me esquivei, e ela acabou caindo no chão.
— Izumi, por que esquivaste?
— Foda-se!
— Izumi seu malvado!
Essa garota parecia ter algumas ideias malucas. O que ela pretendia fazer se eu não tivesse me esquivado daquele ataque? Com certeza estava tramando alguma coisa horrível.
— Izumi, está vivo?
— Não idiota. Estou morto.
— Bem que poderia — intrometeu peitos caídos.
— Não morrerei até ceifar a sua vida.
— Idiota.
Dei um leve sorriso e continuei a avançar em direção ao próximo andar. Ao atravessar a porta, deparei-me com uma escada de formato zigue-zague. Subimos as escadas sem contratempos, mas ao chegarmos ao andar, percebi o inconfundível odor de um demônio pairando no ar. Logo em seguida, comecei a ouvir algum tipo de movimentação se aproximando.
— Aii!
— O que aconteceu Ui? Kyaaaa!
— Cuidado Izumi. Alguma coisa encostou na minha pele.
— Eu sei o que é.
— Cuidado! É um inseto.
Percebi que Ui também estava ciente da situação. O demônio, ao me deixar como o último alvo, talvez acreditasse que eu fosse o mais forte, mas se as coisas fossem o oposto, ele pagaria com a própria vida.
Speed Iz!
Ativei minha habilidade e neutralizei o seu ataque, e na segunda investida, esquivei com destreza.
— És rápido para um inseto.
— Inseto? Olha no espelho.
— Cala boca, inseto. O inseto é você. Meu nome é Ziro. O mais rápido do mundo.
— Hoje conhecerás o mais rápido do mundo.
— Falar é fácil. Quero ver se me acompanhas.
— Gostei dessas palavras, inseto.
— Não me chame de inseto!!!
Persistimos no intercâmbio de golpes, e a experiência era emocionante. Até aquele momento, jamais encontrara alguém capaz de acompanhar minha velocidade.
— És realmente rápido para um inseto.
— E és demasiado lento para um inseto.
Um sorriso se desenhou em nossos rostos enquanto mantínhamos a batalha em andamento.
— Izumi, cuidado. O veneno desse inseto é paralisante — Max gritou.
— É paralisante se me acertar. Não é mesmo, inseto?
— Claro.
— Há? Ele nem ligou para meu alerta.
Em termos de velocidade, eu estava em vantagem, mas atingir um alvo tão pequeno com um ataque crítico era uma tarefa desafiadora. Ainda assim, ele demonstrou ser um oponente digno. Em sua derrota, planejava fazer um banquete com seu corpo e saboreá-lo até não restar mais nada.
— Inseto. Vou te mostrar o que é velocidade de verdade.
— És só papo, inseto.
— Speed Iz Brute force!
Iniciei um frenético movimento em alta velocidade ao redor do inseto, e pela reação dele, parecia que ele nem conseguia me acompanhar visualmente.
— Vocês conseguem ver o Izumi?
— Antes eu podia notar alguma coisa, mas agora não vejo nada.
— Sim. Já lutei com ele antes, mas nunca o vi tão rápido. Eu nem sei se ele realmente está visível. Desgraçado do Izumi. Quando foi que ele ficou mais forte?
— Então inseto, você consegue me ver?
— Claro que consigo. Você esta aqui — Inseto falou enquanto fazia uma tentativa de me atacar.
— Errou. Lhiahahahaha!
— Seu inseto!!!
Ele persistiu em seus esforços para me atacar, porém, sem sucesso. Ficou evidente que, aos olhos deles, minha velocidade havia atingido um patamar imbatível.
— Inseto, é hora da sua morte.
No momento em que eu estava prestes a encerrar a sua vida, estranhas memórias ou visões ecoaram em minha mente. Fiquei confuso, pois via o inseto em minhas lembranças, mas não compreendia o motivo. O que estava acontecendo? Estaria aquele ser tentando me comunicar algo, pedindo para não ser morto?
— Por que parou? Não ias me matar?
As informações vindas daquela visão do futuro me deixaram perplexo. Por que ele estaria me instruindo a proteger Ui? Ainda que não entendesse completamente, tomei minha decisão.
— Não tem porque te matar e você não é um demônio que mataria as pessoas. E não estavas lutando para me matar, mas para provar que és mais rápido.
— Como podes ter certeza disso?
— Se quisesse matar, aquelas inúteis não estariam vivas.
— Eu não sou inútil!
— Izumi. Achas que sou inútil?
— Mapas não falam.
— Então serei o melhor mapa do mundo para ti — exclamou enquanto corria para o meu lado, pronta para me atazanar.
— Sou a melhor, neh Izumi? Sempre vais me usar, neh Izumi? Fala algo Izumi. Me responde Izumi. Sou a melhor, neh Izumi?
Decidi não dizer nada, evitando piorar a situação, mas a tentação de desembainhar minha espada e silenciar aquela provocação da víbora era quase irresistível.
— Inseto, cuidado com o demônio do próximo andar. Ele é um sanguinário.
— Então vamos disputar quem é o mais sanguinário.