Você Foi Humilhado! - Capítulo 9.1
Ponto de vista do Max.
O comportamento de Izumi mudou desde que Ui entrou no time. Era como se ela fosse a luz necessária em sua vida. Senti ciúmes, mas também fiquei feliz. Ela era maluca e extrovertida, o tipo de pessoa que Izumi costuma odiar.
No entanto, parecia que ele havia desenvolvido um afeto por ela, de alguma maneira, e eu esperava que ela pudesse salvá-lo. Quando ela rasgou o mapa, pensei:
Ah! Ela morrerá.
Tudo terminou bem. Ela podia ser insana, mas sabia como fazer o Izumi mudar de ideia. Era uma pena que ela só tivesse olhos para ele.
Durante a luta contra os demônios na floresta, percebi a verdadeira força de Izumi. Senti que estava ficando para trás e decidi que era hora de arriscar e me tornar mais forte daquele momento em diante.
Ao chegarmos ao quartel-general, percebemos que era um pouco diferente do que havíamos imaginado. O destemido nos recebeu sem ameaças e nos forçou a participar de seu jogo. Eu senti que isso não estava indo bem e sugeri que elaborássemos um plano, mas Izumi discordou.
Então, formulei um plano com o restante do grupo. Eu lideraria na vanguarda com Ui, e Idalme nos daria suporte. Eu seria o atacante principal, enquanto Ui atuaria como secundária. Assim, seguimos adiante com esse plano.
Quando chegamos ao andar zero, todos os demônios estavam no chão. Izumi não teve dificuldades em derrotá-los. Contudo, surgiu outro que irradiava uma força extraordinária, mas Izumi o venceu facilmente. Era exatamente isso que ele queria que acreditássemos.
Izumi foi devorado.
Ele era conhecido por sua personalidade arrogante, mas eu sempre acreditei que nada era impossível. No entanto, estava enganado, pois era ingênuo demais. Antes mesmo de perceber, a raiva me dominou.
— O que você fez, infeliz!?
— Morreu. Está bem aqui no meu estômago, que refeição boa! Vocês serão os próximos!
— Eu vou te explodir! — Eu disse, apontando meu dedo indicador.
— Me matar? Eu o Gosmetico? Nem mesmo aquele tampinha conseguiu, e acha que consegue?
Bala explosiva!
Boomm.
— Aarrgghh! O que foi que você fez?
— Não penses que vais me vencer. Podes ter vencido meu irmão, mas infelizmente. Sou o seu pior inimigo. Vais morrer, Gosmetico!
— Meu pior inimigo?! Não seja convencido humano!
O demônio investiu com um ataque direto, buscando me consumir com seu corpo feito de gosma fedorenta, convencido de que isso funcionária comigo. No entanto, minha raiva era tão intensa que isso estava longe de ser suficiente para me afetar. Suas expectativas se revelaram completamente equivocadas.
— Chapada inversa explosiva!
Boomm.
— Aaaaarrrrgggghhhh!!!
— Chute explosivo!
Booomm.
Gosmetico foi de encontro à parede, contorcendo-se de dor. Rapidamente, abaixei-me, e minha mão encontrou o chão frio. Posicionei os pés com firmeza e, diante da iminência do próximo movimento, preparei-me para a continuação do confronto.
— Impulso explosivo!
Avancei em sua direção com uma explosão que irrompeu dos meus pés, destruindo meus sapatos e causando danos à minha calça. A força da explosão foi tão intensa que até o solo sob meus pés foi danificado.
— Cruzada explosiva!
Boooommmmm.
Com as mãos firmes, executei um golpe certeiro no demônio, cortando-o de maneira precisa. A parte em forma de “x” em seu corpo, alvo da minha investida, explodiu de forma espetacular.
— Arrrggghhhh! Não pode ser. Eu gosmetico, perderei?!
Mesmo após ter explodido várias vezes, apenas um terço de seu corpo havia sido obliterado.
— Preciso fugir.
— Tarde demais.
Durante todo esse tempo, enquanto o demônio sentia a agonia, eu me preparava meticulosamente para outro ataque ainda mais explosivo. Percebendo sua tentativa desesperada de fuga, reagi com um impulso explosivo, aproximando-me rapidamente. Em um gesto preciso, coloquei a palma da minha mão em seu corpo, segurando meu braço com a outra mão.
— Palma explosiva!
Booooooommmmmm.
Com a explosão potente que se seguiu, destruí metade do seu corpo.
— Me diga gosmetico. Quem é a refeição agora?
Eu estava repleto de raiva, no entanto, conseguia manter uma calma aparente. Não sabia se era porque Izumi não era tão significativo para mim ou se isso fazia parte da minha natureza. Eu esperava sinceramente que fosse a última opção, pois meu amor por Izumi era tão profundo que a simples ideia de não sentir raiva por ele seria inconcebível.
— Seu humano repugnante. Não pense que venceu. Quando eu consumir por inteiro o seu amigo. Vocês vão morrer!
— Cala a boca! — falei enquanto desferia uma chapada explosiva. — Os fracos obedecem aos fortes. Devolva Izumi ou morre.
Ao me enredar nesse dilema angustiante, decidi que a criatura não teria uma morte fácil como punição.
— Me mate.
— Mato sim.
— Essa voz, Izumi?
Ao ouvir essa voz, percebi que ele não poderia ter sido derrotado por esse demônio. Minhas esperanças se renovaram.
— Sim, é a voz do Izumi. Eu sabia que ele não ia morrer assim — disse Ui.
— Não pode ser. Eu nunca perdi. Isso é impossível!
— Forma especial. Kotxi giratório de chamas consecutivas.
— Uma pena que ele está vivo — exprimiu Idalme.
— Não! Não! Não! Não! Uuuuuhhhh…
O corpo do demônio começou a se encher e, de repente, desapareceu. E lá estava Izumi, com um sorriso no rosto, parecendo alguém que estava se divertindo. Eu sabia que, no final das contas, tudo daria certo com ele.
Continuamos para o próximo andar e me surpreendi com o que Izumi havia feito.
Primeiro: Sua velocidade aumentou novamente, ou talvez ele nunca tenha mostrado todo o seu potencial, e eu senti uma pontada de inveja percorrer meu ser, misturada com uma admiração silenciosa.
Segundo: Sempre imaginei que ele iria exterminar todos os demônios, mas dessa vez, ele poupou um deles. Fiquei intrigado, sem compreender completamente o motivo por trás da decisão de Izumi. Apesar disso, aceitei a escolha dele, mesmo que a razão permanecesse envolta em mistério.
Tentei persuadir Izumi, mencionando Ui, mas parecia que ela ainda não tinha muita influência sobre ele, ou talvez ele estivesse apenas fazendo jogo duro. Insistir em algo com Izumi só o deixaria irritado, então abandonei o plano de trabalhar juntos.
Dividimos em duas equipes. Izumi e Ui seguiram em frente, e eu e Idalme continuamos no andar, em busca de mais informações.