O Conselheiro da Rainha - Ato 5
No castelo todos viram a mudança de roupa do conselheiro da rainha enquanto subia as escadas do castelo, todos ao redor pensaram que eram um aventureiro por causa da roupa, mas logo notaram que era só o conselheiro, eles gostaram da roupa — combinava com ele de alguma forma.
Dentro do castelo eles seguiram o caminho para o salão real, onde a mesa estava bem a postos e a rainha fez questão de esperar Nhomuhcsiah para comer junto dos demais, e assim ocorreu.
Papo vai papo vem, até mesmo na mesa, Muhimoketsu chama seu irmão para lutar, não só isso, mas para treinar também caso precise lutar contra alguém forte que queira matar a rainha por algum motivo. O treinamento era bem apoiado pela rainha e pelo pai deles. Em outra parte, Cain falou para o menino ir lutar e que seria necessário.
Se até o demônio falou, discordar não é uma boa opção.
Depois do almoço real Csisál voltou para a sua lojinha de roupas, e Nhomuhcsiah com seu irmão foram para a arena do castelo, e lá estava o instrutor de treino de Muhimoketsu, notando a presença do outro menino, o instrutor apenas sorri com aquilo e espera ambos se aproximarem.
Mais perto Muhimoketsu apresenta seu irmão ao mestre que o comprimenta de maneira simples, e depois fala um pouco sobre como lutar, um pouco de acordo com o que o irmão dele aprendeu. Depois disso, pediu para que ambos se aquecerem e que fossem para cada um dos lados da arena. O mesmo já sabia as intenções dos dois irmãos.
— Deixa eu te ensinar uma coisa — Nhomuhcsiah se assusta com Cain, ele aparecia, mas ninguém o via — sempre assustado, olhe, você consegue sentir a magia fluindo pelo seu corpo, não finja que não sabe pois depois que a usou, foi o que você mais sentiu, quero que levante apenas uma mão.
“Que incrível, recebendo ordens de um demônio… a que cúmulo eu cheguei?” pensava ele com um olhar de raiva.
Tentando disfarçar, o menino levanta o braço direito e olha para a mão. Ele sentiu seu poder mágico, a eletricidade passando por seu braço, era estranho e fazia um formigamento praticamente no corpo todo, mas ele se acostumou com isso.
— Tá sentindo isso, é claro, agora use a sua imaginação; imagine qualquer coisa mas o mais comum é a esfera.
Ouvindo isso com uma cara de deboche, Nhomuhcsiah olha melhor para a sua mão e começa a imaginar uma esfera, e fora daquela imaginação, todos viam a eletricidade correndo pelo braço do menino e na mão dele, a esfera formada, crescendo mais e mais com o tempo.
— Hum… interessante — falou impressionado — acho que hoje eu vou lutar usando meu poder — disse Nhomuhcsiah entendendo o que era pra fazer.
— Mas tome cuidado, a magia não é ilimitada, uma hora acaba e tu fica na mão — alertou Cain sumindo como poeira ao vento.
— Ótimo! Muhimoketsu estava aprendendo sobre magia e a manipulação dela hoje mesmo, vai ser um embate bem interessante já que meu aluno agora vai aprender a cobrir suas fraquezas; é que trovão é mais forte que vento — explicou o professor enquanto se afastava para dar início a luta.
— Pera, é o que? Eu sou fraco contra meu irmão? — perguntou Muhimoketsu rapidamente sobre o assunto, ele estava impressionado.
— Exatamente meu discípulo, você está em desvantagem, agora lutem!
Ouvindo a ordem Muhimoketsu foi o primeiro a se mover, criando um grande turbilhão na direção do irmão, que se assustou e lançou a esfera que passou por dentro do vento, recebendo o golpe após isso. Muhimoketsu recebe o golpe do irmão, era muito forte e causava uma dor excruciante.
“Droga, a força dele é muito alta” pensou Muhimoketsu se levantando rapidamente após o golpe, já usando outro na sequência;
Agora diferente, ao invés de atacar ele faz a areia da arena se levantar, dando uma vantagem para si, o mesmo fez isso balançando as mão virada para baixo e fazendo um movimento circular.
A areia subia lentamente no início, mas depois ficou mais rápida e a tempestade estava feita em toda a arena, fazendo Nhomuhcsiah esconder os olhos.
“Interessante, um golpe passivo que causa efeito negativo na precisão inimiga, pensou bem” era o que se passava no momento no pensamento do professor, que estava na arquibancada “agora eu quero ver se você consegue, a areia é semelhante à terra, isso enfraquece a eletricidade! Fora a visão estando obstruída”.
— Olha só, usando o campo ao favor dele, bem notório de um usuário de vento — disse Cain surgindo em meio a tempestade.
“Como posso atacar se não vou ter vantagem? To sentindo meu poder externo enfraquecendo e eu não enxergo nada!” pensava o menino com os braços no rosto para tapar os olhos.
— Simples, utilize-a, eletricidade pode ser feita por atrito, faça as pedrinhas de areia gerar eletricidade pra você, você leu isso naquele livro — instruiu Cain.
Ouvindo isso, Nhomuhcsiah então bateu as duas mãos à sua frente pegando um punhado de areia que flutuava pelo vento do irmão. Esfregando as mãos rapidamente, ele sentiu a energia fluindo com o atrito dos grãos, era pouca mas com o tempo foi aumentando.
— Como eu adoro isso! Gerou uma magia que nem é dele — comentou Cain para si — sim, falo da sua magia — olhava para o céu antes de sumir mais uma vez.
Muhimoketsu flutuou com um pouco de vento nos pés, avançando usando a propulsão.
O de cabelo longo com o punhado de areia nas mãos, gerava mais e mais energia a ponto de grandes fios elétricos surgirem ao redor das mãos e braços, isso deixou o professor de seu irmão bem impressionado, e Muhimoketsu um pouco nervoso.
Se aproximando mais, Nhomuhcsiah atira uma flecha de energia em seu irmão que voa para longe, foi um golpe forte.
“Uou… isso foi… interessante” pensou o menino após soltar essa energia.
A tempestade de areia cessou por completo após o golpe acertar, isso deixou Nhomuhcsiah muito nervoso e com um certo medo de ter feito seu irmão desmaiar, mas algo ocorreu. Muhimoketsu se levantou lentamente fazendo seu irmão sentir um alívio, o olhar do menino que levantou era um bem neutro com olhos bem abertos, mas logo um sorriso surgia.
O olhar do irmão ficava mais animado, um sorriso bem aberto no rosto e uma poeira o envolvendo em ondas, a magia dele era vista, era uma aura amarela com várias imagens de quadrados — mas não era pra ser azul? Hehe…
“Estranho… um pseudo despertar? Pensei que seria algo mais brilhante…” pensava Cain sentado em uma das grandes paredes que rodeavam a arena.
Se alongando mais uma vez, agora gerando estalos, o de cabelo curto andava em passos lentos na direção do irmão enquanto ainda se alongava, a areia ao redor dele fazia uma breve imagem de orelhas de lobo no topo da cabeça e uma cauda também de lobo ao fim da coluna.
— Olha, eu pensei que agora com meu treino mais intensivo eu seria capaz de te derrotar facilmente, mas vejo que o seu patamar é bem diferente do meu, eu estava pegando um pouco leve, mas agora vou com tudo, sabendo claramente que você é mais forte que eu em diversos aspectos — se posicionava para lutar.
Agora sua posição estava diferente de antes, mais baixa e bem rígida, uma mãos para frente e virada para baixo com os dedos parcialmente fechados, como se fosse arranhar algo. A outra mão estava mais para trás e bem perto do corpo, fechada na altura da cintura.
“Admito, estou com medo, acabei descobrindo que meu irmão está sendo pertubado por um demônio, então ele pode estar dando poder mágico para ele esse tempo todo, a magia dele deve estar bem forte” pensou Muhimoketsu.
“C-Cain? Me diga, você sabe lutar, isso tá na cara, quero que me ensine o básico de uma luta equilibrada”.
Nhomuhcsiah falou em pensamento para o demônio, que apenas apareceu ao seu lado.
— Simples, seus punhos são para atacar, não só eles mas o pé também, o foco de uma luta é derrubar o inimigo. Ataque os ombros, o peito, a cabeça e as pernas, e misture com seu poder mágico para potencializar mais o impacto, e suas pernas são a velocidade, não se esqueça disso, e também, não leve uma rasteira.
“Entendi”.
A luta então recomeça com a ordem do professor, desta vez o menino do vento pegaria pesado contra seu irmão, Cain notava isso facilmente. Em sua visão o mesmo podia ver detalhes estranhos, ao qual mostrava desempenho, nível de poder, a saúde no combate e algo que parecia ser uma tabela de status.
“Hum… algo realmente mais avançado, os status dele aumentou um pouco após esse golpe com o trovão, a melhor coisa é que isso não é uma passiva” analisava Cain “isso realmente é um pseudo despertar… isso me lembra aquele menino loiro com a raposa demônio no corpo”.
Socos e chutes foram desferidos em uma alta velocidade e de maneira diferente de antes por parte de Muhimoketsu, ele parecia atacar mais como uma fera de quatro patas, como um lobo, assim como mostrado pela areia ao redor dele.
Nhomuhcsiah tentava manter a estabilidade de seus pés enquanto recebia alguns golpes, que por sinal aumentava de velocidade a cada movimento de seu irmão.
“Parecido com Térians, uma postura bem baixa, pés bem afastados e braços bem abertos e rígidos para golpes rápidos e letais, já havia me imaginado lutando contra um desses depois de ler um livro narrativo, acho que posso tentar…”
Nhomuhcsiah então pôde lembrar de certos movimentos que usou em sua imaginação, aparentemente funcionou, o bloqueio com os braços e chutes baixos, uma espécie de dominância com quebra de resistência para fazer seu oponente ir ao chão mais fácil.
“Ele realmente sabe como lutar contra um ser desse naipe, é, ele é o certo, roteiro safado” pensou Cain antes de desaparecer.
A luta continuou com ambos os irmãos tendo um combate mais que equilibrado, não se sabia certamente quem iria vencer, mas aquele professor sim, ele sabia que Nhomuhcsiah iria vencer. Com o decorrer da luta foi se notando tanto as melhoras de Muhimoketsu quanto as de seu irmão, os dois eram gêmeos então era plausível que os dois iriam ao chão ao mesmo tempo.
— Posso dizer que sim, esses meninos realmente não são qualquer coisa — dizia o mestre na arquibancada, ele apenas relaxava vendo a luta seguir rumo — eles são prodígios.
Após a luta, os irmãos foram descansar no quarto, e lá dentro, Nhomuhcsiah retira aquela roupa e coloca a sua antiga. Suspirando por estar agora um pouco mais confortável que antes, depois dormiram com um vento controlado por Muhimoketsu, refrescando aquele quarto.
Csisál estava vendo tudo desde o início, e viu que a roupa feita era realmente boa.
Após os meninos se deitarem, a mesma sai com um sorriso no rosto para fora do castelo, onde ela pára no meio da descida dos degraus, serrando os punhos, ela deu meia volta e seguiu de volta para dentro, seu destino era o calabouço, lá dentro, mesmo com medo e uma ânsia, ela foi conversar com sua irmã presa.
O assunto era básico, simples e sem muita enrolação; se estava bem, se estava precisando de algo e assim por diante. Csisál estava realmente preocupada com ela mas ao mesmo tempo com raiva, e em sua conversa com Cecília, a mesma queria esganar sua irmã como punição, mas não fez por medo.
“Ela estava bem, bem suja, as manchas escuras em sua pele parecia vir de algo molhado; nunca vi uma pessoa assim, é apenas o segundo dia dela e o estado já é deplorável, e é isso que nos é submetido quando cometemos um crime? Agora eu não desejo isso para ninguém” pensou Csisál triste pelo estado de sua irmã, suja e sem uma roupa limpa ou decente para se vestir.
Depois de sair do calabouço choramingando de tristeza por sua parente, Csisál segue para a sua loja, a reabrindo mais uma vez, tornando a trabalhar com seus tecidos, e suas agulhas.
A loja começou a receber mais clientes, nesse dia houve um movimento mais baixo que os demais dias, desde do dia anterior poucos clientes apareceram, talvez porque eles sabem quem é ela…
“Eles devem saber, talvez tenham raiva de mim também” pensava Csisál enquanto costurava uma roupa simples enquanto chorava por receio de ser isso mesmo, por ser a irmã de uma abusadora de menores.
Nesse momento uma mulher com uma roupa pouco rasgada e bem suja entra rapidamente quase tremendo o lugar por inteiro quando abriu a porta.
— Com licença, tem alguma roupa que sirva pro meu corpo e que não aperte os meus peitos? Essa coisa tá me matando! — a mulher vai andando mais para dentro, nisso ela puxa o vestido na área dos bustos.
Ela afasta a roupa e seus seios que agora a mostra pareciam maiores, o sutiã aparentemente não apertava como o vestido.
— Tudo bem, tire a roupa então, se tá apertando é melhor retirar para dar mais conforto — disse Csisál se levantando de sua cadeira, deixando o tecido de lado e abrindo uma gaveta que tinha em uma mesinha ali do lado;
Tirou uma fita métrica e foi para perto da mulher que já havia tirado o vestido aos trapos, nela, Csisál tirou as medidas de braços, pernas, bustos e quadris;
— Bem, medidas tiradas, agora… — pegava um pano branco grosso e cobriu a mulher — melhor se cobrir, se aparecer um homem, ambos os dois podem ficar envergonhados.
Ouvindo isso ela se cobre bem, enquanto Csisál se afasta falando para esperar um pouco, que iria pegar um vestido para ela que caiba nas medidas do corpo. Ou alguma roupa que também caiba.
Não demorou muito e Csisál apareceu com um pequeno conjunto de tecidos vermelhos com laranja. A tal mulher se encanta pois os tecidos brilhavam um pouco, não por serem novos, mas por conta de glitter, uma coisa bem rara de se encontrar em lojas para roupas, e quando se encontram é muito caro.
A costureira falou o preço, não era muito alto, a roupa coube na mulher que comprou pois não apertava os seios como o anterior, pagando e saindo dali alegre e mais confortável.
Mais para a tarde o movimento aumentou, foram chegando três, quatro e até mesmo dez pessoas de uma só vez, homens e mulheres com interesses em roupas mágicas que aumentam os status de combate ou acessórios semelhantes — a maioria eram aventureiros.
“As vendas foram boas hoje, não houve um dia assim em nenhum momento de antes, hoje foi um dia especial”.
No fim do dia, no anoitecer total onde a lua estava ao topo, Csisál fecha a sua loja, nisso ela pega o dinheiro do dia e começa a contar ele, calmante, moeda por moeda.
— Hum… Duzentos e treze mil Melatro, é um bom dinheiro, se tivesse alguém de Ancestra seria bom, receber em Arcanium… — falava sorrindo vendo o pequenos pilares de moedas.
Após um bocejo, ela apenas recolhe as moedas e coloca em um grande balde de madeira, ao qual ela possui uma leve dificuldade para levantar. Então, foi arrastando ele para uma sala abaixo do lugar com outros baldes, alguns barris e potes cujo todos estavam cheios de moedas — o valor era incontável ao olhar.
Ouvindo um barulho de sino, que era o de sua porta, ela rapidamente subiu e olhou quem era, segundo seus olhos era seu irmão, Nhomuhcsiah que acabará entrando na loja — mas a essa hora?
Ela aparecia, dizendo ter se assustado com ele, e que aquela hora era muito tarde para estar andando pelas ruas do reino, e que era perigoso por conta de bandidos e sequestradores.
— Não me dirija a palavra, Csisál — a voz claramente não era de seu irmão mais novo, a deixando assustada.
Um vento passa por ela sacudindo seus cabelos lisos, todas as portas e janelas abertas se fecham, a lamparina que iluminava o lugar se apagou, deixando apenas a luz da lua pelo lugar.
— Você… você não é meu irmão — disse a mulher tremendo, rangendo os dentes e se afastando pelo medo do tal ser que se passava pelo seu irmão;
Terminando a fala ela pôde ouvir uns estalos que vinha do corpo daquele “menino” que crescia de tamanho, ganhando depois, orelhas e cauda de gato;
— Você realmente não é meu irmão!
— Não sou, me chame de Cain, e você sabe um dos maiores problemas de uma alfaiataria? — não obteve resposta — sim, isso mesmo, ferro, os apoios das prateleiras, os parafusos e pregos, as agulhas, as facas e até mesmo os isqueiros, os ferrolhos das portas e das janelas; um poder de eletricidade, uma variação do fogo tem outra variação, o magnetismo.
— Então vai me matar com todos os tipos de ferro e metal daqui? — engoliu seco enquanto ficava com uma raiva misturada com medo.
— Sim, todos eles.
Por um tempo o silêncio pairou pelo lugar, ouvindo apenas o som do vento balançar a areia do lado de fora.
— Mas o que diabos é você…
— Eu não sou um diabo, muito menos gosto dele, eu sou um demônio então fazer os outros sofrer com o próprio erro é satisfatório, mas você não tem nada de errado, nada do que se arrependa, então te matar não tem sentido pro inferno, mas eu tenho de fazer para o meu bem; essa família só atrapalha muito mais do que ajuda, e nessa linha eu faço questão de olhar para você, e falar contigo, contarei como vais morrer — ele se aproximava de Csisál a passos lentos;
A uma certa distância ele para, levantava a sua mão esquerda e a mesma emana eletricidade;
— Primeiro te acertarei, e irei furar sua pele com todos os ferros que citei, arrancarei suas roupas, olha que pena, todas elas estão junto a metal banhado a ouro, farei com que pensem que lhe violaram, e depois te mataram de forma bruta e enigmática;
Enquanto falava, tudo aquilo que ele disse ia acontecendo aos poucos, cada metal daquele cômodo saiu de seus lugares e foram batendo nela, furando sua carne e a empurrando para perto de Cain com o impacto. A jogando de joelhos no chão, pressionando enquanto ela sangrava, suas peças de roupa foram arrancadas pelo magnetismo dele;
— Todos irão lembrar de você como a irmã do conselheiro da rainha, a gananciosa por moedas do reino, Csisál de Sáldistsu, A Costureira — falava e eletrocutava ela aos poucos até que esteja morta.
Agulhas, facas e outros metais, todos dentro de sua pele, pernas, braços, cabeça e principalmente nas costas da mulher, ajudaram na sua morte. Sangue e mais sangue escorriam pelo corpo dela. Cain dava as costas e seguia para fora, antes de sair ele levanta os braços e os manequins do estabelecimento começam a se movimentar, e se aproximam de Csisál, fazendo uma pose de surpresa ou desespero.
— Essa foi a morte mais emocional que já cometi, inútil, demorei de mais para matar. E vocês ainda estão lendo? O capítulo se encerra aqui.